Se você não está vivendo o espírito olímpico, você está errado. Porque um evento esportivo de abrangência mundial sempre reaviva o nosso carisma. Afinal, são duas semanas de competições que servem como desculpa para que a gente procrastine o trabalho, a vida social e demais obrigações da vida.
Vamos torcer muito pelo Brasil? Sim, vamos, em todas as modalidades. Assim como vamos torcer para aquela sul-coreana estilosa e o turco que nos lembra nossos pais (vai pra terapia!) do tiro ao alvo. Nas Olimpíadas, todo esporte é bom.
Só nos falta carisma, mesmo, para praticar alguma coisa, né? Então pensamos aqui nas nossas próprias Olimpíadas que um sem carisma com certeza ganharia uma medalha de ouro.
Qual modalidade você escolhe?
Mabel e Cisco
Eu ainda fico chocada quando conheço alguém que acha que todos os cachorros são inimigos declarados dos gatos. É muito engraçada a cara de espanto de alguns quando conto que tenho dois cachorros e quatro gatos: “Mas eles não brigam?”. Por aqui, nunca, a não ser que envolva comida, aí pode dar briga de cachorro com cachorro ou gato com pessoa, ou qualquer outra configuração, mas fora isso, não existe nenhum atrito.
Agora, inclusive, com a chegada de Mabel, a nova cachorrinha que resgatamos de um canil clandestino, existe uma amizade linda e apaixonante com Cisco, nosso gato de 6 meses. Eles se amam, vivem grudados, brincam de lutinha, dormem juntos, é a coisa mais fofa do mundo, e foi totalmente natural, uma escolha deles. Assistindo a essa amizade acontecer todos os dias, eu só posso concluir que gatos e cachorros podem se dar bem sim, podem inclusive ser loucos um pelo outro. Recomendo.
Hoje Arthur chegou da escola todo bravo, contando que ninguém acreditou quando ele disse que Mabel e Cisco são amigos. Amanhã ele vai levar as fotos que provam, quem sabe assim as crianças ensinam os pais…
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Seres humanos maravilhosos
Olimpíadas é meu evento esportivo favorito, assim como o de milhões de pessoas que vivem neste mundão. É quando eu volto a gostar do ser humano, porque não tem como não se surpreender com o que essa galera consegue fazer com o próprio corpo e a mente. O mundo pode estar todo cagado, as pessoas podem estar completamente abublé das ideias, mas putaquepariu, ver esporte é bom demais.
Eu me maravilho com esses atletas porque eu sei que jamais seria capaz de me dedicar a algo do jeito que eles se dedicam ao esporte. São ininterruptas horas de treino, exercícios, restrições, dores no corpo inteiro. Tem que ter um mental muito forte para dar conta de tudo isso e se manter calmo. Eu sou daquelas que já desiste logo na primeira tentativa, que entrega os pontos porque sei que não daria conta da pressão. Se já sou assim com coisas básicas da vida, não teria como sonhar com uma carreira de atleta. Nunca sonhei com isso, mas é impossível não desejar ser uma pessoa habilidosa como Rebeca Andrade depois de ver o que ela fez lá em Paris.
Pratiquei pouco esporte na juventude. Joguei vôlei na época do ensino fundamental, fiz até parte do time da escola, mas era uma jogadora mediana sem pretensão de ir além. Tênis de mesa eu adorava, meus primos (que moravam na mesma rua que eu) tinham uma mesa e a gente jogava direto, mas era pura diversão. Quando houve o boom do skate no Brasil (obrigada, Charlie Brown Jr.!), eu patinava de roller quase todo dia num espaço minúsculo, a calçada da casa da minha vó, porque a rua era de terra e não tinha outro lugar pra gente andar. Tênis eu nunca nem pedi para tentar jogar, já que a quadra existia só no clube da cidade, e a gente era pobre. Mas tinham umas raquetes doidas que eu e meus primos jogávamos durante um tempo, com uma bolinha de borracha, na rua na frente de casa. Nunca pude cogitar levar um esporte a sério porque não tinha estrutura pra praticar nada que não fosse futebol, um esporte que eu só gosto de assistir mesmo.
Como eu, muita gente não teve e não tem acesso à prática de uma série de esportes que exigem equipamentos e locais específicos, então ver pessoas com origens ainda mais humildes do que as minhas conquistarem espaço no esporte mundial é maravilhoso. Porque ainda há muita dificuldade para a prática profissional do esporte aqui no Brasil. Imagina se a gente tivesse um pouco mais de investimento e estrutura, quantos atletas apareceriam! O espanto com essa galera só aumenta conforme a gente descobre o que eles tiveram que passar para chegar a Paris, para continuarem se dedicando ao esporte. Eu acho foda, queria ter esse talento e essa vontade.
Mas como agora me sinto medrosa demais para tentar qualquer coisa que possa acarretar numa fratura ou contusão, me contento com ver todas as modalidades possíveis nas Olimpíadas. Até 11 de agosto, só quero me entreter com assuntos esportivos e admirar o povo sendo maravilhoso.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
esses dias eu estava falando na terapia sobre a dificuldade que tenho em pedir ajuda.
na verdade, eu não cheguei com essa pauta pronta, PLAFT. eu estava falando de algumas questões e dificuldades que venho enfrentando, e ela, a terapeuta, só soltou um mísero (no seu monotom mais tranquilo do mundo):
— tá, mas por que você não pediu ajuda?
e PUM!!!!!! minha mente explodiu, KKKKK.
cara, e aí eu lembrei da minha amiga olivia, mais uma vez. ela já me falou disso um zilhão de vezes, de que não dá nunca pra saber que eu tô mal porque eu nunca falo ou peço ajuda.
tem um lance que eu penso que é eu não quero trazer problemas e ser um peso na vida dos outros, sabe. aquele velho: ah, eu não quero incomodar?!
mas até que ponto isso vale a pena também? até que ponto vale sustentar um pensamento de que a gente é auto-suficiente e dá conta de tudo?
eu nunca esqueço do dia em que eu tava produzindo uma publicidade, e aí em uma mão eu estava com 10 sacolas de marmita, na outra 5, um rádio na orelha pendurado no meu shorts que estava caindo, uma garrafa de coca em cada mão e indo a pé para a locação de volta, a pé para economizar o uber e não gastar pro cliente kk, e aí um TRANSEUNTE me olhou com cara de pena e me disse: você precisa de ajuda?
e eu disse, NÃO, PÔ! TÔ TRANQUILA! kk
mona, eu não tarra tranquila.
voltando à terapia, eu entendi que pedir ajuda nem sempre é ligado a algo que seja UM PESO PRO OUTRO, saca? só se for 10 sacolas de marmita, claro. mas no geral, você precisa comunicar e transparecer, e saber também para quem e quando pedir.
tá tudo bem pedir ajuda, não te torna mais fraco, e a gente não precisa e nem deve carregar o mundo nas costas.
ok, anotado no meu consciente! agora vou tentar praticar e conto para vocês o teste, meninash Q
Eu quero uma vida de loira platinada
Chega de palavrão
Minha semana tomada de acontecimentos monótonos, como sofrer para lavar a louça, fazer o almoço e cantar no banho um álbum inteiro da Sophie Ellis Bextor sem a menor preocupação do meu Lorenzetti estourar em cima da minha cabeça, foi levemente abalada por um fenômeno um tanto específico e curioso, chamado Pensar Em Voz Alta.
Pensar em voz alta é algo extremamente normal e todos os mais sãos praticam dessa arte. Claro, é um pouco constrangedor quando ela é praticada em lugares públicos, como no mercado, na faculdade ou no trabalho, dá muito medo de ser pego por algum conhecido enquanto soltamos a voz dos nossos pensamentos sem ter a mínima intenção. Só que, no meu caso, a vergonha não está na prática em público, mas sim no que anda sendo falado sem parar.
Eu não fazia ideia da quantidade de palavrões que eu pensava até externalizá-los pela minha casa. Meu celular, que geralmente chamo de celular, recebeu o nome de "porr*, cadê aquela porr*?” Meu rodo se transformou em “cacet*” e minha pá de catar poeira virou “drog*”. Resumindo, limpar a casa em voz alta virou um monólogo de xingamentos, e falar essa quantidade de palavrões que eu costumava apenas pensar ao longo do dia me fez sentir algo bem amargo dentro de mim. É como se, toda vez que eu falasse “porr*, drog*, cacet*”, o meu humor fosse piorando e meu dia ficando cada vez pior, e não quero mais me ver refém desse hábito.
Para me ver livre desse círculo vicioso de palavrões falados em voz alta, ando me corrigindo ao máximo e parando de falar o palavrão na metade. A palavra “drog*” se reformula em três segundos e se transforma em qualquer outra coisa que possa não ser tão ruim de falar, como “drogaria é um lugar que vende remédios para ficarmos bem”, rs, espero que tenha feito sentido. Esse método de ressignificar palavrões está me deixando cada vez mais fora dessa vibe negativa que venho acumulando ao longo dos meus dias. Ainda estou no processo de cura, mas digo que já me sinto mil vezes mais leve e livre desse hábito de m*.
Podcast para ver e ouvir
Esse é o nosso espacinho para divulgar os podcasts das sem carismers da equipe. Não deixa de seguir cada um lá no seu Spotify e deixar aquelas 5 estrelas de avaliação. É muito importante para nós! <3
O É Nóia Minha? dessa semana é em vídeo! Pamela Barja e Dandara Pagu foram papear com a Camila sobre o ato de sabonetar. Vem assistir!
No álbum de família guardamos fotos, lembranças e tretas! Vem ouvir E os namoradinhos? dessa semana.
No Conselhos que você pediu, Isabela falou sobre dar a volta por cima. Ouve aí!
E temos mais uma história delicinha e sedutiva no Amor ao pé do ouvido!
Ah, e antes de encerrar, ouça esse aviso extra da nossa presidenta!
Beijos olímpicos!
Encerramos mais uma edição com sucesso e ótimas dicas:
Adote um gato para o seu cachorro ou um cachorro para o seu gato;
veja as Olimpíadas;
peça ajuda e;
evite palavrões, porra.
Esperamos que, com isso, você tenha um ótimo fim de semana.
Beijos olímpicos,
Camila, Bertha, Taize e Cláudio
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