Associação dos Sem Carisma #95
É bom demais…
Olha quem está de volta aqui nessa newsletter: A VINHO 22!
Vocês curtiram bem o conteúdo que fizemos com eles apresentando o vinho em lata e desfazendo alguns mitos sobre os sem carisma.
Então hoje decidimos pegar algumas das dicas de vocês para mostrar mais uma vez que ser sem carisma é bom sim, e vinho em lata também é.
É isso, nação não carismática! A Vinho 22 deu pra gente um cupom de 20% de desconto para você conhecer a novidade do vinho em lata e outros rótulos da marca. É só entrar no site e usar o cupom ADSC22. Então aproveite, mas sempre com moderação!
40 primaveras
Por Camila Fremder
Eu vou fazer 40 anos semana que vem e preciso avisar pra vocês que ter 40 é ainda muito jovem. Vocês acreditam em mim? Eu ainda gosto de música, de cultura pop e de fofoca. Eu consigo correr na esteira e eu transo direto, sim eu super transo com o Codré. É muito estranho ser dessa minha geração e fazer 40 anos, porque quando eu tinha 20 e poucos alguém de 40 anos era uma pessoa velhíssima. Nós não somos, entende? Nós somos tipo vocês de 20 ou 30, só que com mais tempo de vivência (leia-se papel de trouxa).
Tá tudo bem, tá? Achei que precisava avisar vocês. Podem vir sem medo, os 40 são legais, eu tô feliz e sem grandes traumas. Quando eu postar a foto no dia do meu níver, me deem parabéns, eu tô super feliz em ser quarentona. Nem um pouco velha, talvez na lombar, mas isso é computador demais. Preciso levantar dessa cadeira agora e fazer um chá. Chá é coisa de velho? MEU DEUS EU VOU FAZER 40.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Por Bertha Salles
Final de ano sempre me traz uma sensação um tanto quanto agridoce.
Ao mesmo tempo em que fico muito feliz com coisas como as músicas de Natal, especialmente “All I Want For Christmas is You”, da Mariah Carey, as luzes na cidade, o sentimento de celebrar o fim de um ciclo e agradecer por ele, também me sinto pressionada com a ideia das resoluções de final de ano.
Principalmente com as que no fim eu não cumpri, mais uma vez, risos.
Parece que junto dos presentes do Papai Noel (inclusive, saudades de ganhar presentes de Natal), vem também uma leve sensação de angústia atrelada à oportunidade de um recomeço, e desse recomeço que depende exclusivamente e totalmente de nós mesmos.
Um mix de esperança com ansiedade, sabe?
Na minha vida, essa época do ano sempre esteve ligada a muitas mudanças, como, por exemplo, a separação dos meus pais, que foi no dia 24/12 mesmo. Presentop de Jesus, kkkry. Brincadeira!
Uma situação que ao mesmo tempo em que foi boa e necessária, foi horrível e devastadora.
E quase 19 anos depois, ainda tenho o mesmo receio do que pode vir nestes tempos.
Não sei se é o retorno de Saturno, o fato de estar chegando perto dos 30, ou quem sabe também a retomada da vida social, mas esse ano está com um peso um pouquinho diferente para mim com relação ao futuro.
Mas sei que, independente de ser bom ou ruim, afinal a gente não tem controle de nada, penso no quanto é importante esse momento para refletir e ressignificar a vida, e consequentemente ter uma esperança, o que é um tanto quanto reconfortante.
Beijos esperançosos e um pouco ansiosos,
Bebetinha
Cuidado com gente dodói
Por Taize Odelli
No último fim de semana comecei a ver uma série documental na HBOMax que me deixou pensando até agora. Se chama Q: No olho da tempestade, feito por Cullen Hoback e Adam McKay. É o tipo de coisa que você precisa assistir antes das eleições do ano que vem.
Eu sei, mais uma vez um assunto sério aqui. Mas é preciso ser séria vez ou outra. Q investiga quem são as pessoas por trás de um grupo anônimo que espalha fake news e terror pela internet. Q é uma "pessoa" que, segundo seus seguidores, era muito próxima ao governo Trump que começou a postar em sites como o 4Chan e o 8Chan teorias conspiratórias e informações totalmente inventadas sobre os rivais do ex-presidente. Sabe os rolês de que Hillary Clinton seria uma devoradora de criancinhas? Foi o Q.
As postagens num site sem regras e não conhecido pela maioria dos internautas — olá, internautas — não teriam visibilidade se não fosse pelos qtubers, pessoas que interpretavam e espalhavam os absurdos que Q insinuava. Sim, aquela galera branca, classe média e patriota que acredita que vacinas não funcionam e que a Terra é plana. Já dá para sentir o nível de loucura da coisa.
Cullen começou a investigar esse grupo desde que ouviu falar sobre ele pela primeira vez. E o documentário é cheio de entrevistas com os envolvidos nessa treta para tentar chegar até a identidade real de Q. Ele fala com qtubers, com jornalistas atacados pela horda de QAnons (seus seguidores), com o criador do 8Chan e os atuais donos do site. Mas mais importante do que isso, ele expõe como essas teorias infundadas criadas na internet influenciam muito a vida real.
Tá, mas por que você deveria ver esse documentário estritamente norte-americano? Bem, porque temos um presidente que ama lamber as botas dos norte-americanos. E muitos dos absurdos ditos por Bolsonaro nos últimos anos não são nada além do que coisas criadas nesse longínquo lugar da internet e compartilhados por gente totalmente dodói. É esse o esquema que ele usa para desinformar, e é desse esquema que ele se alimenta.
Se você juntar um número suficiente de pessoas burras, influenciáveis e paranóicas, você consegue formar um grupo perigoso para a democracia e o bom senso. Pessoas que acham que liberdade de expressão é poder ofender e ameaçar qualquer ser humano que pensa e vive de um jeito diferente do que o deles. São as Anas Paulas do vôlei, as Joices, os Fernandos Holidays, os Heinzes, as Zambellis…
Depois da eleição de Biden e do jeito esdrúxulo com que Trump finalmente saiu do poder, parece que as coisas voltaram ao normal. Mas essa ameaça segue existindo sempre enquanto as empresas de tecnologia não se responsabilizarem pelo que seus usuários postam nela — essa é outra questão importante tratada nesse documentário. E assistindo Q: No olho da tempestade, a gente já fica tentando antecipar o que será que pode acontecer em 2022. Podemos não saber, mas precisamos ficar espertos.
Fica a dica para esse fim de semana.
Diquinhas
Dicaize
Não sei se vocês sabem e nem se vocês se interessam, mas neste fim de semana tem o Grande Prêmio de Fórmula 1 de São Paulo — desculpa, Bebeta. Eu, como fã do esporte, estou enlouquecida por estar respirando o mesmo ar poluído da cidade que os pilotos estão respirando. E ainda consegui a graça de ser convidada para ver o treino no sábado lá em Interlagos, um sonho se tornando realidade. A dica, então, além de acompanhar a Fórmula 1 nessa semana, é assistir alguns dos filmes e documentários sobre o esporte que eu amo.
Rush, que tem na Netflix, é um filme maravilhoso sobre a rivalidade/amizade do Niki Lauda com o James Hunt. Senna é um documentário de 2010 sobre a trajetória do Ayrton, com entrevistas, vídeos caseiros, os principais momentos da sua história e é muito legal para conhecer ele caso você tenha nascido depois de 1994 ou era muito pequeno na época para acompanhar. Está disponível no Globoplay. Outro documentário bom é Fangio — o rei das pistas (Netflix), sobre o piloto argentino que ganhou cinco títulos mundiais nos anos 1950, comecinho da Fórmula. E para encerrar, claro, tem a série Drive to survive, feita pela Netflix, que acompanha os pilotos e equipes em cada temporada.
Perdão. Mas eu amo, fazer o quê.
Póudi Questi
É Nóia Minha?: Eu agora noiei que estamos todos presos em personagens, tô loka? As humoristas Raquel Real Oficial e Alana Azevedo concordaram comigo e talvez a gente tenha se perdido por completo na personagem nesse episódio. Confere lá!
Calcinha Larga: Voltamossss! E com Natuza Nery, que é sim perfeita, aquela amiga engraçada e inteligente que todo mundo quer ter. Então ouve lá pra se apaixonar por ela mais um pouco!
PPKANSADA: As ppkers sem carisma também voltaram, e voltaram falando sobre vingança. Com apoio do filme A profissional, que acaba de estrear nos cinemas. Então dá o play no pod e depois corre pro cinema assistir.
Até mais
Obrigada por ler mais uma edição desta newsletter que tanto amamos e nos orgulhamos de fazer. Estamos chegando perto da edição 100, olha só quanta coisa já falamos por aqui… Aliás, qual é a sua edição favorita até agora? Lembrando que dá para ler todas as edições enviadas aqui.
E obrigada para a Vinho 22 que mais uma vez apoiou a news.
E fica aquele avisinho de sempre: segue a gente no Insta.
E o outro avisinho: use Sem Carisma Wear, nossa coleção lá na Tangerina Moon:
Beijos, e até loguinho,
Camila, Bertha e Taize