Associação dos Sem Carisma #58
Ficha dos emprés
E mais uma vez essa Associação faz tudo. Segue a nossa ficha de empréstimos pra você não perder nenhum dos seus preciosos livros. A minha ficha já está devidamente impressa e com anotações, viu, Bruno Porto que pegou meu livro O Impulso?
Aliás, falando em O Impulso, por favor, leiam esse livro, que li à convite da editora Paralela. No começo eu achei que era um livro sobre os percalços da maternidade, mas não, é muito mais que isso, na real é um suspensão dos mais tensos e viciantes. Li em 3 dias de tão viciante que é, clica aqui pra comprar com desconto na Amazon.
É o primeiro livro de Ashley Audrain, uma canadense que já trabalhou em uma editora e começou a escrever O impulso quando seu filho tinha apenas seis meses, enquanto tinha altas nóias sobre a maternidade. E aí fez uma história sobre uma mãe que enxerga comportamentos perigosos na filha e não tem com quem falar sobre isso. Tem muita coisa sobre o que se espera da maternidade e o que se espera de uma mãe, mas contado de jeito cheio de suspense e que te deixa apreensiva o tempo todo.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha
Por Bertha Salles
Uma coisa que venho entendendo conforme os anos vão passando é que, quanto mais velho a gente fica, menos amigues a gente tem. Uma proporção inversa da vida que eu estou constatando aqui no meu IBGBET, que eu achava meio triste até pouco tempo atrás, mas hoje em dia vejo que é um luxo.
São vários processos e fases onde as pessoas parecem que vão se dissipando que nem um punzinho.
Você entra na escola e aí tem uma galera, o seu rolezinho, daí você sai da escola e vai para a faculdade ou para algum outro caminho, e aí já vai embora um percentual de amigues ali do colégio, sabe? Daí, quando sai da faculdade é mais uma dissipadinha de amires que rola, e assim a vida vai seguindo a cada fase do jogo que passa até quase secar o cool, aloca.
Mas, voltando, a vida adulta se resume a isso, ao restinho e o que sobrou das amizades. Porém, isso, na maioria das vezes, é um sinal de maturidade e de que estamos selecionando melhor as pessoas que nos rodeiam.
Nossa vida é corrida, os tempos e espaços são disputados, recheados de responsabilidades e exaustão, então amigues que só existem nas horas boas ou quando bem os interessam acabam não entrando no quadro de pessoas que estarão lá quando você realmente precisar, ou as que dividem contigo as tarefas mais chatas do mundo, tipo ir no Poupa Tempo com você e acabar transformando isso em um momento incrível.
O papo de quantidade não é qualidade nunca foi tão real, e eu nunca achei que fosse falar isso. Essa frase é 100% minha mãe, mas olha, é verdade.
Pessoas especiais e queridas passam pela nossa vida e acabam indo embora, marcam a nossa história e quem a gente é. Algumas a gente vai perdendo a afinidade, outras acabam nos decepcionando, outras sei lá o que acontece no meio do caminho, tem gente que só quer estar contigo quando interessa e assim a gente vai seguindo e entendendo os pouquinhos que são tão grandes e que nos restam.
Um beijo aos meus poucos e maravilhoses amigues,
Bebetinha.
Mães noiadas
Por Taize Odelli
Como uma pessoa que não pretende ter filhos, nunca gostei muito de histórias onde tudo acaba feliz com a mulher sendo mãe e encontrando seu propósito na vida. Claro que não sou contra mães, inclusive tenho uma (rs), mas é que sentia como se essa felicidade da maternidade estivesse sendo imposta a mim. Imposta a todas as mulheres.
Temos muitas narrativas que falam do amor incondicional materno, das alegrias de ser mãe, de como essa é a coisa mais mágica do mundo. Mas e o contrário? E a maternidade conflitante, as mulheres que não querem ter filhos, o lado "negativo" de criar um filho? Essas narrativas não merecem ser contadas? Ah, merecem.
Como já falamos aqui sobre O impulso, que já indiquei numa newsletter passada e adorei, selecionei mais alguns livros cheios de suspense e tretas entre mães e filhos. Vem comigo.
Precisamos falar sobre o Kevin, de Lionel Shriver
Essa é uma das histórias mais conhecidas sobre uma mãe e a relação turbulenta com seu filho e a maternidade. Através de cartas enviadas ao marido, a protagonista desabafa sobre a vida tempos após o filho ter feito uma chacina em sua escola e ido para a prisão. É uma história sombria e bem dolorosa.
Maternidade, de Sheila Heti
Sheila é uma escritora que vive um dilema: ser ou não ser mãe? Esse livro foi escrito para tomar uma decisão, pesando todos os prós e contras dessa escolha na sua vida profissional, pessoal, no seu relacionamento… Eu gostei muito da leitura por ela levantar uma discussão sincera, sem sentimentalismos, sobre como a maternidade é vista no mundo e como tentam vender essa ideia de amor e felicidade extremos.
Meu nome é Lucy Barton, de Elizabeth Strout
Ao contrário dos demais livros, esse não é sobre uma mãe e seu bebê, mas sim sobre duas mulheres adultas, mãe e filha, e a relação entre elas. Lucy Barton é uma escritora que está internada por conta de uma cirurgia, com pouco contato com a sua família. O ambiente pobre em que cresceu é bem diferente da vida que ela tem agora, na cidade grande, casada, com filhos. Quando sua mãe, com quem não fala a anos, aparece no hospital, começa um movimento de reaproximação e entendimento. É lindo lindo lindo, mas cheio de tristeza também.
Morra, amor, de Ariana Harwicz
Recém-casada e com um filho pequeno, a protagonista dessa história não sabe se está vivendo ou apenas existindo. Ela vive numa vila francesa, é estrangeira, e sente que esse não é o seu lugar. O casamento que foi tão desejado se tornou um estorvo, e internamente ela alimenta várias atitudes destrutivas em relação à maternidade e à vida conjugal. Se você curte uma leitura daquelas bem perturbadoras, vai gostar desse livro.
São essas as indicações! Para quem não quer ser mãe, para quem quer ser, para quem já é, para quem nunca pensou no assunto… Não existe uma só narrativa, e nem todas são felizes. E acho que devemos ler todas.
Segura essa dica
Dicaize
Tem uma série que assisti no ano retrasado na conhecida plataforma de streaming Netflix que nunca vi sendo muito comentada pelo pessoal, e agora, em 2021, ela ganhou uma segunda temporada: Amizade dolorida.
É sobre um cara gay que começa a trabalhar como assistente para sua ex-namorada da escola, pois a grana tá foda. Acontece que o trabalho dela consiste em ser uma dominatrix, então esse carinha todo inocente e envergonhado vai entrando no mundo da dominação. É uma série super leve, engraçada, e gostei muito do jeito que a amizade entre os dois foi construída. Vale muito ver naqueles momentos que você só quer dar uma risada e sentir um quentinho no coração.
BEBEDICASH
Hoje eu vou dar dica da coisa que eu MAIS AMO FAZER NESSA VIDA: COMER!
Descobri duas pizzas para celíacos ou para pessoas que não comem glúten como opção, né, que são MUITO GOSTOSAS.
- ITZZA e SALA VIP.
O Itzza está no Ifood e o Sala Vip também.
No Itzza você pode pedir massa de couve-flor ou batata doce, brócolis, e tem várias opções de recheios gostosos. Já no Sala Vip eles usam a farinha sem glúten e a pizza fica deliciosa. Não fica borrachuda ou molenga como a maioria das pizzas sem glúten, então vale experimentar.
Papazinho perfeito para a sexta à noite vendo um filminho ou uma sériezinha, ainnnn.
P
O
D
C
A
S
T
S
Essa semana no É Nóia Minha? teve papo sobre síndrome da impostora com Leila Germano e Bruna Olliveira. Vai lá ouvir pra se sentir mais normal <3
No Calcinha Larga teve apenas Fernanda Lima. Vai lá ouvir porque foi demais!
No PPKANSADA teve uma conversa sobre ser solteira, seus prós e contras. Para solteiras ou não ouvirem!
Bye, bye, Brasil!!!
Em comemoração às 400 camisetas Sem Carisma vendidas, nós liberamos um código de desconto pra vcs: CARISMA400 te dá 10% de desconto no valor da camiseta, olha que amor. E sim, como sempre #vemcoisaboaporaí no final de março, olha ela fazendo o mistérioooo, muito escorpiana, né? Obrigada pela preferência <3
bjs,
Minas Lindas