Associação dos Sem Carisma #59
Requerimento de Transas
Desde que começou o PPKANSADA, recebemos várias mensagens de mulheres falando de como transar, hoje, é algo burocrático. Primeiro é achar uma pessoa, depois é conseguir combinar algo, depois é conseguir se ver, se a pessoa não miar o rolê. E na pandemia então, nem se fala, porque quem vai querer se arriscar para uma ficadinha, né? E segundo relatos, até na vida de casada/namoro está complicated, Avril Lavigne.
Foi pensando nisso que elaboramos esse Requerimento de Transas para você organizar direitinho e deixar sua intenção registrada para a pessoa em questão. Aproveite, mas com bom senso e segurança.
E enquanto você espera o requerimento ser preenchido, ouve o PPKANSADA para aliviar esse cansaço interno que sentimos, hoje patrocinado pela Inner Circle!
Confere aí cada episódio que já saiu:
1- Ai, so sexting...
2- Ghosting, do outro lado da vida
3- Traição. Significa?
4- Olha o stalker!
5- Quem tem família tem treta
6- Como é bom ser solteira
7- Viciadas em flertar (novinho!)
Nada a declarar
Por Camila Fremder
Fiz lá minha conta no Clubhouse (é conta que fala? Meu deus, tô muito desatualizada, amo) e participei de duas mesas, a primeira foi sobre maternidade, porque ser mãe é a maior das caixas que alguém pode rotular: Olha lá ela, ainda não falou de fralda hoje, e nem deu satisfação de onde tá aquela criança que ela colocou no mundo. E outra mesa sobre escrita que tinha tanto escritor cansado da solidão que é escrever, que foi uma competição louca pra falar. Nada contra o app, sério mesmo, mas eu fico meio de cara que a gente acha que tem assunto pra tudo isso. E eu tô muito falando isso pra mim, sabe? Praticando a auto-indireta.
Poxa vida, a pessoa tem dois podcasts, Instagram, Twitter, newsletter, e agora acha que precisa de mais um lugar pra dizer o que pensa? Acho que configura desespero. De toda maneira, tô por lá e você me acha procurando @cafremder. Não que eu tenha muito mais a dizer…
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha
Por Bertha Salles
Estou cansada de dar, eu também quero receber
Este poderia ser um título ou uma chamada para algum episódio do PPKANSADA, mas é só uma legenda do momento atual em que me encontro nesta vidona top mermo.
Quando falo de dar, não to nem falando de coisa boa não, é de dar energia para os outros e para as coisas e no fim não sentir nenhum retorno.
Hoje na terapia eu tive mais um clique quanto a isso e logo pensei: Preciso compartilhar com os Sem Carismers!
Expectativas foram criadas, mas nem tanto porque eu to EXAUSTAH, rs.
Como vocês sabem, e sempre me zoam por ser a farsa dessa associação, eu sou uma pessoa que sofre pelo excesso de CHARISMA (kkk ai coitada delah), então parece que onde eu chego sempre esperam de mim que eu faça alguém sorrir, traga leveza ou algo bom comigo para o ambiente.
Só que no fim, por muitas vezes eu também sou a pessoa que tá passando o incenso na casa para tirar a energia ruim quando eu mesma sou a energia ruim, sabe? RS
Então vou fazer um apelo aqui em nome do grupo dos carismáticos. Muitas vezes a gente está esgotado e cansado, como eu estou agora, e aí parece que sempre rola aquela expectativa gigante de amigos e familiares, e quando a gente não cumpre com elas é frustrante.
Mas quando a gente doa demais, acabamos funcionando como uma esponjinha, e absorvemos tudo dos outros para nós, e muitas vezes em silêncio, porque não queremos estragar as expectativas do outro.
Então se você tem algum amigue assim, converse com ele, ela ou elu e tente também, porque muitas vezes esse carismaticão pode estar assim abaixo de zero por dentro.
Beijos de olhos virados por dentro,
Bebetinha
Sem vontade, sem esperança, sem nada
Por Taize Odelli
Essa semana eu "confessei" no meu perfil do Insta (que agora tem arrastinho, uhuuuuul) que eu não estou conseguindo ler nada. Não é culpa do livro, é culpa toda minha mesmo. Fiquei semanas lendo A estrangeira, da Claudia Durastani, que é ótimo, mas se eu fosse ler no ritmo antigo, teria terminado ele em uma semana. Dessa vez, levei três. Sabe quando você não consegue se concentrar? Não consegue nem olhar para a capa do livro e pensa em fazer qualquer coisa além de ler? Foi isso.
Perguntei pro pessoal se mais alguém estava assim, e olha, tá difícil para todo mundo. Foram poucos os que disseram que estão lendo normalmente, ou até lendo mais. Dessas pessoas, quase todas dizem que conseguem porque a leitura é o escape de que eles precisam. E geralmente eu enxergo a leitura como escapismo mesmo. Mas o problema é que não estou conseguindo escapar. Não tá rolando. E eu quero, muito, mas a vida, os problemas, o BRASIL, acabam sempre voltando na minha cabeça e estragando tudo.
Eu queria me entreter com as tretas alheias, mas aí lembro toda hora que isso não adianta nada, porque quando fechar as páginas ainda vou me encontrar nesse caos que estamos vivendo, e não dá pra se desligar dele. Mesmo se eu deixar de entrar no Twitter, parar de ver os jornais, ignorar tudo. É toda hora essa lembrança de que tá tudo uma merda e a tendência é piorar. Não tem leitura que me deixe escapar disso.
Então me encontro lendo menos o que eu gostaria, fazendo menos algo que me dá imenso prazer, porque na verdade eu estou é assistindo de casa o colapso do mundo. Não era esse o apocalipse que eu queria. Esse não tem explosões de meteoros e visões estonteantes. Tem é um grau de sadismo, maldade e indiferença que nenhum livro conseguiu imaginar antes.
(Desculpa a bad vibe, o desabafo, mas tá foda. Fiquem bem e se cuidem.)
Segura essa dica
Bebediconah
Essa semana rolou a estreia de um filme brasileiro na Netflix que eu estava aguardando ansiosamente já fazia algum tempo: M-8, Quando a Vida Socorre a Morte.
Estrelado por um dos melhores atores brasileiros dessa GERAÇÃ, Juan Paiva, e com a incrível Mariana Nunes no elenco, o filme conta a história de um estudante de medicina carioca, negro, e que vive na periferia do Rio de Janeiro, e durante as suas aulas de anatomia acaba se identificando com os corpos majoritariamente negros que são postos para estudo no laboratório da faculdade.
O filme fala sobre racismo de uma forma muito latente e infelizmente ainda muito presente.
Produção nacional de arrepiar, vale muito assistir! <3
Izetips
Uma das coisas que me fazem esquecer um pouco da realidade são os vídeos de patinação. Eu comprei um patins lá em 2018 e desde então venho patinando esporadicamente, mas meu sonho é saber fazer umas manobrinhas e patinar sensualizando como uma grande gostosa. Mas, no fundo, sou mesmo é uma grande cagona com medo de cair, rs.
Encontrei o perfil Alice in Rollerland faz algumas semanas e eu estou apaixonada por essa menina. Ela passa uma vibe tão gostosinha, e ainda ensina alguns truques básicos para quem também está começando a patinar (ela começou em agosto do ano passado e, olha, já patina muito). Anda me dando forças para tentar também.
Aliás, se souberem de alguma professora de patinação aqui em São Paulo que dê aulinhas particulares, estou aceitando pois quero investir nesse talento!
Atenção para o top de 3 podcasts
Essa semana no É Nóia Minha? recebemos nossa colunista Bertha Salles e Déia Freitas, do Não Inviabilize, para falar sobre carisma. Sim! Esse episódio é especial para vocês.
No Calcinha Larga falamos com a influenciadora digital Raiza Costa e nos perguntamos: pode transar no sofá alheio?
E no PPKANSADA a conversa foi sobre flerte: como era antes da internet? Como é agora? Tá dando pra flertar?
Tchau, I have to go now
Chegamos ao fim de mais uma news nada carismática, mas cheia de carisma. Tá cansade? Tá triste? Não aguenta mais? Estamos todas nessa, né. Mas esperamos que essa news (e nossos pods) tenha trazido um pouquinho de alegria para o seu dia.
Beijos beijos,
Camila, Bertha e Taize