Associação dos Sem Carisma #63
Seu celular mais sem carisma
Bem-vindes a mais uma edição dessa newsletter que reúne com muito amor os sem carisma desse Brasil! Para agradecer vocês por mais uma semana aqui com a gente, criamos alguns wallpapers da associação para enfeitar seu celular. Aproveitem. <3
O peso dos astros
Por Camila Fremder
Frequentemente recebo mensagens de amigas do tipo: "Namorar sagitariano é complicado, né?" Ou "você acha melhor eu tentar o canceriano ou o geminiano?" E automaticamente o peso de entender um pouco sobre astrologia bate. É claro que eu tenho a opção de dizer apenas "não, sagitário é de boa" e "os dois signos são legais, tanto faz", e acabar rapidamente com esse assunto, mas eu NÃO CONSIGOOOO! E pronto, lá tô eu tentando descobrir a lua do cara, e preocupada se ela escolher o canceriano porque poxa, o geminiano combinaria tanto com ela por conta da mesma lua.
Entender sobre astrologia só um pouco a mais do que os outros virou um job não remunerado justamente porque eu entendo só um pouco a mais. E aí eu fico pensando: continuo estudando pra quem sabe um dia virar uma astróloga? Ou eu paro de vez de falar sobre astrologia pra ver se o povo para de me consultar e aí eu não fico tão aflita com qualquer pessoa que aparece na vida dos meus amigos? Fica aí o questionamento…
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha
Por Bertha Salles
Ô SOL!
Olha, eu acho que nesse ano 2021, por mais difícil que esteja sendo, eu ainda não tinha nem chorado. E com base em minha lua em câncer, eu sou uma pessoa que precisa chorar.
Eu estava cheia, mas não conseguia botar pra fora, e isso vem me incomodando há tempos.
Fiquei pensando se era tanto peso de todos os lados, que eu acredito que em algum lugar do meu subconsciente eu não tinha nem por onde começar a tirar de dentro de mim essa carga.
Claro que também tinha a questão do antidepressivo que dava uma bela segurada, mas de toda forma eu estava cheia e quase transbordando de tanto sentimento que não saía pra fora.
Mas, nesse final de semana, com a minha mãe em casa, eu fui surpreendida.
No meio da tarde de domingo, resolvi assistir a um filme super massacrado pela crítica, Hillbilly Elegy (Era uma vez um sonho), na Netflix, porque alguém importante me disse que mesmo com as suas questões técnicas e sei lá o que, era emocionante. E não é que foi?
A história de uma família disfuncional me pegou. Por que será, néan? Rrsrs kkk.
Acredito que todo mundo se relacione com isso de alguma forma.
Por mais que o filme tenha os seus poréns, que os críticos de cinema podem falar melhor, se identificar de alguma forma com famílias que não são perfeitas, mesmo que um pouco de longe, sempre acaba nos aproximando e conectando.
E aí, pronto. Desabei de chorar com o tal do filme…
Olivia Colman, eu te amo! KKK só um p.s.
Não bastasse, em seguida acabei assistindo ao Faustão (sim KKK, A MINHA MÃE ESTAVA AQUI, PFVR ME RESPEITEM! ALAKA), e quando eu dei por mim estava chorando de novo ao som de Victor Kley - O Sol.
Sabe aquela música que fica na cabeça?
"O sol vê se me esquece, nananaana, preciso de você aquiiiiii.."
Essa mesma.
É, pois é.
Meses sem chorar para quase desidratar com isso.
Não sei qual foi o gatilho e de onde veio, mas sei que foi bom e reconfortante, por mais besta que tenha sido.
Acho que o lance é estar realmente sempre atento, que quando menos a gente espera, vem e acolhe.
A vida social do cachorro
Por Taize Odelli
Quem me conhece sabe — rs — que eu sempre gostei de gatos. Nada contra os cachorros, sempre gostei, mas minha personalidade tinha mais a ver com ficar deitada e dormindo, como um gato.
Nunca tive bicho quando criança, tirando pássaros e uma tentativa fracassada do meu pai de ter porquinhos da índia, então não cresci com gato ou cachorro em casa. Assim que eu cresci e agora sou mulher, adotei um gato logo que foi possível. E depois mais outro. E outro. E outro. Sempre dizia: "ah, prefiro gato, são mais independentes, não precisa levar pra dar banho e passear...".
Ano passado, porém, a ideia de ter um doguinho foi crescendo e crescendo e crescendo até que ele chegou: o Batista. 7 anos, quieto, retraído, no seu canto. Ao adotar um dog, pensei que seria uma maneira de sair mais de casa, de olhar a rua, de não ficar o dia inteiro sem colocar o pé para fora. No começo isso não deu muito certo, porque o medo da rua fazia o Batista voltar rapidinho para casa. Ele me puxava direto pro elevador do prédio querendo voltar, pois quem gosta de ficar na rua, né não? Um dog caseiro, um cão com software de gato.
Quando ele ficou mais acostumado e confiante, passei a soltar ele na praça aqui perto de casa para brincar com outros cachorros. E ele foi se enturmando, cheirando cus a mil, brincando com os outros cães que estavam lá. E agora ele nem volta mais correndo pra casa sozinho, fica lá socializando com todo mundo e nem me dá bola.
O que me restou? Socializar também. Nesses meses em que estou com ele, falei mais com gente estranha do que em todos os outros anos vivendo em São Paulo. E posso dizer que fiz amizades sem ser na internet, porque se tem uma coisa que une as pessoas é separar briga de cachorro, gritar correndo atrás do cão fujão, xingar quem olha pro seu cachorro com cara feia… Cachorros são sociais e transformam a gente em pessoas sociais por tabela. O carisma deles passa, de certa forma, pra gente.
E agora aqui estou eu, todos os dias passando uma hora na praça e interagindo com pessoas na vida real por causa de um cão. Quem diria, hein?
01 dica
Dicaize
Comecei a ver uma série no Globoplay que estou achando muito promissora e por isso vou indicar aqui: Quiz. É sobre um cara que foi o primeiro a ganhar o prêmio de um milhão de libras no game Quem quer ser um milionário?, na Inglaterra. Ele e a mulher são acusados de terem trapaceado no jogo, e a série toda gira em torno disso e, também, das dinâmicas do programa.
Mas o que me levou a ver mesmo foi o elenco. Tem Matthew Macfadyen (o Tom de Succession), a Sian Clifford (a Claire I Look Like a Pencil, de Fleabag) e o Michael Sheen. Tá bem legal.
Show dos Pods
No nosso primogênito É Nóia Minha? teve a muralista Rafa Mon e o produtor de conteúdo Thiago Guimarães falando sobre: SINTA-SE EM CASA, MAS LEMBRE-SE QUE NÃO ESTÁ! O título é completamente autoexplicativo. Vai ouvir pra rir um pouco e se distrair.
O Calcinha Larga teve a maravilhosa da Júlia Rabello, me declarei fanzoca no ar mesmo e aproveitei pra chamar ela pro Nóia, então em breve teremos essa pérola também. Ela é hilária, vocês precisam ouvir!
No caçula PPKANSADA nossas sem carismers ppkers Bela, Bertha e Taize receberam o primeiro convidado HOMEM, o radiante Antônio Schuback, para falar sobre autoestima.
Alô paixão, alô doçura
Que saudades de dançar um axé. Saudades de abraçar, sair pra comer, ir na casa de um amigo, sair pela rua tomando um sorvete… Tá difícil demais, né? Só espero que o nosso conteúdo chegue até você em forma de carinho. Fiquem bem.
bjs,
Noix