Associação dos Sem Carisma #70
Tira a mão da cara
Uma vez, lá no PPKANSADA, falamos que espinha é igual a ex: incomoda e demora pra sair. Ainda mais se você vive tacando a mão na cara toda hora para espremer a coitada que, tenha certeza, nem queria estar ali. Porque espinha é uma coisa muito sem carisma.
À convite da Sallve, que está de novo aqui apoiando este conteúdo de qualidade, fizemos uma lista de 10 coisas que você pode fazer ao invés de espremer essa espinha e esse cravo que apareceu aí na sua cara. Passa o sérum Antiacne da Sallve e se distraia:
O Sérum Antiacne da Sallve seca as espinhas em até 24h sem ressecar a sua pele, que tudo, né? Além disso, ele minimiza o aparecimento da acne, melhora cicatrizes e manchas e repara a barreira de proteção da pele. Tem muita coisa boa nesse potinho, então vem aqui saber mais.
Só Arthur salva
Por Camila Fremder
Esses dias eu tava no meu quarto arrumando a bagunça e questionando se eu nunca mais teria uma casa arrumada de volta, quando abri a tampa da privada pra jogar um bolinho de pelo de gato e tinha a cabeça de um dinossauro boiando lá dentro. Arthur começou a me chamar, e eu olhando pro dinossauro dentro da privada constatando que de alguma forma ele teria que sair de lá. "Já vou, filho". Avistei uma sacola em cima do móvel da TV, "Mamãe! Vem aqui!", mão dentro da sacola, enfio a mão ensacada dentro da privada, "Mamãe? Cadê você?", pego a cabeça de dinossauro, abro o lixo, o lixo tá sem saco de lixo, me irrito mais, jogo a cabeça de Dinossauro e a sacola lá dentro e decido resolver isso depois, "Manhê!!"
Enquanto lavo a mão com muito sabão, ele aparece, "Poxa mamãe, eu estou te chamando!". Seco a mão na toalha já pensando em pôr a toalha pra lavar. "Filho, desculpa, a mamãe estava resolvendo um problema de gente grande.". E aí vem a pérola, "Você já pode resolver problemas de gente pequena? Meu Bob esponja tá dentro da privada do meu banheiro." Não dá nem pra ficar brava. Conversamos sobre jogar coisas na privada.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha
Por Bertha Salles
Culpa não, responsabilidade
Entendi recentemente que existe uma diferença descomunal entre essas duas palavras quando ditas para alguém. Dizer que você tem culpa de algo dói, incomoda e te faz sentir mal e culpado, claro.
Agora, a responsabilidade é um termo que engloba outro tipo de reflexão a quem escuta.
E, curiosamente, enquanto eu escrevia esse texto que já está anotado no meu bloquinho de notas para ser desenvolvido faz um tempão, apareceu uma matéria do El País para mim com o seguinte título: "Você se tortura e se culpa por tudo? Você precisa do efeito do lago Wobegon".
Quando falo isso, parece algo bem imbecil, mas juro que tem um babado aí que pode mudar demais o jeito que você se relaciona com o mundo.
Fui criada em uma cultura de culpa dentro de casa — o culpado por um divórcio, o culpado por quando o computador não funcionava. Quem tinha dado uns tapas na CPU até ela ligar de volta? Kkk Quem nunca, né.
Quem quebrou, quem sujou e ok, tá tudo bem RESPONSABILIZAR ALGUÉM, mas é muito diferente de apontar dedos para que a pessoa sinta vergonha ou incomodada.
Responsabilidade quer dizer: Obrigação de responder pelas ações próprias ou dos outros.
AH LÁ A DIFERENÇA! Rs
Me empolguei.
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Então escrevo esse texto para justamente fazer uma intersecção com o artigo do El País que fala sobre sermos mais gentis conosco e com os outros.
Responsabilizar é tentar ensinar, e dar mais uma chance a si e para os demais de forma amável e acolhedora, para melhorar e aprender como um todo.
Nós somos responsáveis pelos nossos próprios atos e cada um sabe o cool que tem.
Por fim, sugiro aqui uma reflexão e campanha #semcarismers contra a culpa e a favor das responsabilidades.
Um beijo 100% responsável,
Bebetinha
Definhando devagarinho
Por Taize Odelli
Mais de um ano de pandemia. Enquanto o mundo todo está aí, se vacinando, nós não temos a mesma sorte. Pois somos brasileiros, e como brasileiro a gente vive é no caos e desesperança. A gente pode rir da desgraça que vivemos, mas estamos longe de estarmos felizes. Quem está feliz, aliás, está errado. Aqui, até as pequenas alegrias pessoais não são mais tão comemoradas porque, francamente, TÁ TUDO UMA GRANDE BOSTA.
Faz semanas que eu sinto uma coisa que até então eu não sabia nomear direito. Não é tristeza, porque meus remedinhos para a depressão estão em dia e eu consigo levantar da cama de manhã. Não é preguiça, porque eu até faço as coisas. Meio nas coxa, sim, mas faço. Não consigo me focar em nada direito. É uma desesperança que vem corroendo aos pouquinhos, dizendo sempre "não se anime, não vai acabar logo". Lembra lá no ano passado, quando a gente dizia "vai passar logo"? Não dá mais para se enganar desse jeito.
Aí, falando sobre esse sentimento MEH lá na rede social Instagram, alguém me mandou um artigo do The New York Times falando sobre esse sentimento que não é depressão, mas também está longe de ser alegria: é o que chamaram de Languishing.
Numa tradução literal, languishing seria "definhando". Na definição que a reportagem dá, é como se você estivesse estagnado, os dias parecem todos iguais a ponto de nos confundir. É como se a vida estivesse toda embaçada. E olha, é isso. Eu sinto que estou definhando lentamente a cada dia. Aquele ânimo que eu tinha para arrumar a casa já não existe mais na mesma proporção. Hoje olho pro chão sujo, deito no sofá, acendo um cigarro e falo: "Pois é...". Só isso, só um pois é…
CPI da Covid. Pois é. Mais uma parada na vacinação. Pois é. Mais um caso escandaloso da política, do mundo dos famosos. Pois é. Mais um influencer falando merda na internet. Pois é. Meus dias se transformaram em um grande amontoado de situações apáticas, nada me anima, mas também nada me entristece a ponto de chorar em posição fetal do lado do cachorro.
Não dá para ser muito útil ou produtiva num estado desses. Quando a gente sente que as coisas não vão para lugar algum, elas perdem sentido. Várias vezes me pego pensando no que estou fazendo com os meus dias, com o trabalho, com as coisas que até então me divertiam, e chegando à conclusão de que nada adianta. Não agora, não nesse momento. Fazer algo e fazer nada viraram a mesma coisa. Ô sentimento bosta.
Mais uma vez venho aqui com um texto para baixo, jururu, sem muita alegria de viver — e dessa vez sem nem uma piadinha para arrancar um sorrisinho singelo. Mas sei lá, talvez ajude caso você esteja sentindo o mesmo. A gente tá só definhando, sabe-se lá até quando.
Deliciosas dicas
Dicaize
Vamos falar de coisa boa? Vamos falar de comida?
Aqui em São Paulo tem um restaurante italiano classicão que adoro, mas nem sempre consigo pedir coisa de lá: o Gigio. Não consigo pedir porque são porções gigantes, sai caro, é aquele lugar pra se comer de galera, sabe? Aí sempre ficava morrendo de vontade.
Esses dias descobri que eles fizeram o Gigio Uno, um delivery para pedir pratos individuais do restaurante no iFood e com um preço que, para mim, são bem honestos. Vem uma massinha delícia, um queijinho ralado na hora e até aquele pãozinho italiano que é tudo. Nos dias que quero uma boa comidinha italiana, Gigio Uno tá me salvando.
Bebedicash
Minha dica de hoje é de um pequeno produtor que faz a melhor torta de chocolate do mundo, com uma massa de castanhas e chocolate meio amargo, uma ganache perfeita. Tem trufas deliciosas, o melhor cookie do mundo, bolos, pão de queijo, entre outras delícias. O nome dele e onde conseguem fazer encomendas e acompanhar o cardápio (que tem algumas mudanças de acordo com as frutas da estação) é @ao.canto.
Feito com muito carinho e amor pelo Julio, de forma artesanal e deliciosa.
Vale muito a pena pedir! <3
Podiquéstis da semana
O nosso querido e amado É Nóia Minha? teve a presença do estilista/sorveiteiro Rodrigo Rosner e a assessora de imprensa Helena Augusta, num papo sobre desculpas esfarrapadas. Vai lá ouvir e se por acaso tiver uma boa, conta lá nos comentários do nosso insta, tá?
No Calcinha Larga teve papo entre amigas: eu, Tati e Hel fechando mais uma temporada maravilhosa. Lembrando aqui também que vamos fazer uma pausa, mas voltamos com a nova temporada dia 9/06 e o tema é: FAMÍLIA!
E no PPKANSADA Bertha e Taize chamaram a maravilhosa Leila Germano para fofocar. Sim, um episódio só sobre fofoca. Vai lá fofocar também.
Foi muito bom estar com vocês, brincar com vocês, mas semana que vem tem mais!
Vocês acreditam que essa já é a nossa news de número 70? E pra quem estava sentindo falta da nossa colunista Bela Reis, o spoiler da semana é que em breve ela estará de volta por aqui. <3 Enquanto isso, todo mundo segurando a onda aí, bem bonitinho e agradecendo a Sallve por patrocinar mais uma news do amor!
bjbj