Associação dos Sem Carisma #8
Vamos ficar calmos!
Por Camila Fremder
Você precisa se acalmar. Eu sei disso porque eu preciso me acalmar. Todos nós precisamos. Tá, é meio irônico escrever aqui nessa newsletter que somos diariamente bombardeados de informação e essa é uma das principais causas para vivermos ansiosos e malucos, mas a newsletter de hoje tá diferente, nós estamos aqui realmente pra te acalmar. Por isso, pode imprimir sua mandala sem carisma e colori-la no conforto do seu lar, enquanto ouve o podcast da semana que fala exatamente sobre esse tema.
Na sequência, textos para te ajudar a relaxar. Respire e fundo e inicie sua leitura. Mas no seu ritmo. Não quero te apressar, ok? Desculpa, falei demais. Vai lá. Não esquece de respirar!
Ei cara, calma...
Por Camila Fremder
Eu não me considero uma pessoa ansiosa perto dos exemplos que eu tenho de pessoas ansiosas. E quando eu pergunto pra quem me conhece bem se eu sou uma pessoa ansiosa, a resposta unânime é sempre: Não. Então, só de você estar lendo um texto de alguém não ansioso, talvez você se sinta menos ansioso. Ou mais, porque eu repeti a palavra ansioso seis vezes em um parágrafo. Ou seja, talvez eu realmente não seja uma pessoa ansiosa, mas deixe pessoas ansiosas por aí (repeti, na verdade, 8 vezes), o que eu gostaria que não fosse verdade.
O que me tranquiliza (e talvez eu deva repetir a palavra “tranquiliza” oito vezes também) é que várias pessoas dizem que a minha voz acalma, não sei bem o porquê, mas juro que me dizem muito isso. Deve ser essa mistura entre o fanho e o rouco. O que não adianta de nada, já que aqui escrevo ao invés de falar. Mas se você é ouvinte do meu podcast ou acompanha os meus stories (e a chance de você fazer uma dessas coisas ou as duas é bem grande, já que você chegou ao ponto de cadastrar o seu e-mail para receber semanalmente esses meus textos absurdos), você provavelmente está lendo tudo isso com a minha voz, e, se parar pra pensar, com certeza já está muito calmo a essa altura. O que eu achei que não iria conseguir fazer, que era te acalmar, eu na verdade consegui e nem precisei repetir a palavra “tranquiliza” 8 vezes, só 3. De nada.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha
Por Bertha Salles
Olha para o lado, pare e respire!
Já leu achando que era uma música de axé, né?
Tá vendo, isso é a sua mente acelerada já pensando nos arrocha do final de semana, SUA LOUCA, kkk. Pera, incorporei a márcia sensitiva aqui.
Pronto, passou.
Brinks à parte, hoje na minha "palestrinha" semanal vou falar sobre se acalmar, porque desse assunto eu sou quase expert. E já vou avisando, nesse textão vocês vão encontrar mil notinhas pessoais.
Sofro com ansiedade e crises de pânico desde os meus 12 anos, e a partir desse período já passei e fiz muitas coisas para tentar acalmar a minha mente e ser menos ansiosa - yoga, meditação, acupuntura, reiki, remédios, psiquiatras, templos, exercícios de respiração…
São tantos anos e tantas tentativas que eu nem sei mais contabilizar tudo o que eu já fiz em busca de uma melhoria desse estado que já me gerou tanto sofrimento e conflitos internos.
Mas o que eu sei é que o processo de acalmar a nossa mente é super complexo e, ao mesmo tempo, engrandecedor, sabe.
Para mim, a cada tratamento, autodescoberta, cada vez que eu conseguia vencer a minha mente acelerada durante uma crise era uma grande vitória, na verdade ainda é. Me sinto mais forte. Porque se tem uma coisa que isso não é é fácil. É difícil para caramba.
Na real, o que eu descobri depois de tantas tentativas e anos de terapia é que eu sou uma pessoa ansiosa e acelerada, e isso não me faz mais ou menos, e que quem está no controle deste meu cabeção sou euzinha, a própria Bebetinha.
Eu já sofri muito por ser assim, e confesso que ainda sofro um pouco, porque não é a coisa mais tranquila do mundo.
Parece banal e simples, mas o que eu entendi dentro desse processo ansioso - daquele lance de perder o controle do momento presente porque você está sempre à frente de tudo, é que tá TU-DO BEM, que vai passar e quem está no comando sou eu, e se não passar temos que saber (nota pessoal 01: hoje isso me dá um conforto muito grande em saber) é que existem mil recursos para nos ajudar a sair dessa, e que não estamos sozinhos não, nunca!
Eu sei o quanto é horrível quando passamos isso para o nível físico, mental e quase espiritual da coisa, por isso é tão importante procurar ajuda nesses casos, e não tem mal nenhum nisso (notinha pessoal 02: outra coisa que eu também demorei muito para entender).
Uma coisa que me ajuda muito quando eu entro nesses processos é pensar que eu estou no controle desse corpão todo, mental, físico e espiritual - MAMÃE NO COMANDO SEMPRE!
E de fato, os exercícios de respiração do yoga funcionam muito, porque eles fazem o seu cérebro voltar a oxigenar da forma correta e enviam alguns hormônios que te trazem de volta a esse "estado presente", e aquela sensação de calma. Não é simples, é dolorido para quem tem esses casos, como eu, mas tem ajuda e tem melhorias SIM!
A partir do momento que a gente tem consciência do nosso corpo e mente, dos nossos limites, e de quando aprendemos a perceber o momento de pedir ajuda, as coisas ficam mais fáceis e leves. Às vezes a gente não dá conta, sabe. (nota mental 03: E TÁ TUDOKEI!)
Do tipo, eu tenho consciência de que preciso de medicação, ou eu tenho consciência de que com um exercício de respiração já vou me sentir melhor. O lance é se conhecer, se respeitar e não brigar com esses sentimentos todos.
Outra coisa que entendi é que a vida nunca vai ser perfeita e nem sempre estaremos nos sentindo super bem (nota mental 04, kk: e eu achava isso até pouco tempo atrás, que isso era normal), mas mais do que ser feliz e buscar essa felicidade, a gente tem que se sentir presente nos momentos. Seja na ansiedade, seja na tristeza, na alegria e etc.
Sabe aquele lance bem "tilelezão" de sentir aquela brisa no rosto e o sol esquentar a pontinha do nariz, e você sentir todo o seu corpo vivo e ativo?
Para mim, Bertha ansiosa, não existe sensação melhor do que essa.
E isso eu só consigo atingir hoje, óbvio que não é sempre, porque a cada dia eu busco mais conhecer esse corpão goxtoso que o Universo me deu, e respeitá-lo da melhor forma possível.
Se você chegou até o final deste texto, que foi mais um desabafo de anos de histórias de luta (nota mental 05 Charlie Brown: dias de luta, dias de glória), e também é ansioso como eu, eu só queria te dizer que não estamos sozinhxs e que isso vai passar sim, e se você não for, tamo junto também, o lance é respirar sempre! KKK
E essa foi uma carta, nota mental de mim para mim mesma.
Assinado,
Bebetinha, Bertha Salles.
Te garanto que depois dessa você vai ficar novinha em folha.
Sente em posição confortável (SE NÃO DER PARA SENTAR E VOCÊ ESTIVER NO MEIO DO TRABALHO DÁ PARA FAZER EM PÉ TAMBÉM, KKK), não tem desculpa!
E aí você enche bem a barriga de ar (na região do diafragma, na verdade), segura e tenta contar até 10. Depois vai soltando devagar e tentando soltar em dez segundos também, de baixo para cima.
Você pode fazer isso também segurando com as pontinhas do dedo uma narina, aí puxa o ar pelo diafragma em 6 segundos, segura em mais 6 segundos e aí troca o dedo para a outra narina e solta o ar em 6 segundos.
Esse é bafo e também vai trazer a sua mente mais para o lugar.
Eu garanto que você vai se sentir melhor depois de fazer isso!
Ufa, foi até terapêutico escrever isso, sabe.
Leituras para ficar bem zen
Por Taize Odelli
Mas Taize, livros num momento desses, com essa cabeça doida, acelerada e nessa economia? Sim, bebês, vem aqui conhecer umas LEITURAS EDIFICANTES para acalmar esse cérebro nervoso. Nada mais recomendado em tempos de coronavírus, em que teremos que ficar de quarentena seja porque pegamos o desgraçado do vírus ou porque queremos evitar pegá-lo.
Seja monge, Satyanãtha
Ok, você não precisa virar um monge, porque quem hoje consegue atingir essa paz, não é mesmo? Mas apesar de ser, hmm, monge, Satyanãtha quer mesmo é introduzir a meditação na vida das pessoas. Com exercícios e reflexões, ele vai dando o passo a passo para quem quer começar a meditar, e ele escreve de uma forma bem calminha, bem zen, e você se sente pleno só de ler.Desligue, Suze Yalof Schwartz
Nem todo mundo que assina essa cartinha deve ser tilelê a ponto de depositar todas as esperanças na meditação. Por isso que esse livro está aqui. Desligue é uma leitura sobre meditação para quem não é da meditação - ou que acha que isso não serve para nada. Pois serve sim. Suze também apresenta exercícios bem práticos para você conseguir dar aquela desligada nas preocupações e SEIZE THE MOMENT. Para ficar bem tranquilinho.Meus tempos de ansiedade, de Scott Stossel
Pra quem é nerdzão e quer conhecimento hard além de dar uma desligada, essa leitura é TUDO. Stossel é editor da revista Atlantic e 100% noiado. O livro é uma mistura de relato pessoal e pesquisa científica em que ele dá um panorama completo sobre a ansiedade: o que é, como surge, como se comporta, como se reproduz etc. Um livro cheio de informação que, se não te acalmar, vai pelo menos te deixar bem informado.108 contos e parábolas orientais, de Monja Coen
Monja Coen tem vários livros sobre se manter zen no mundo moderno, mas acho que eles são voltados demais para a produtividade - e eu acho esse papo de produtividade uma grande falácia. Por isso resolvi indicar esse, que traz pequenas histórias difundidas na prática budista que dão aquela iluminada, sabe? Para ler e pensar nos seus significados, sem pensar nas tarefas do dia.Ver BBB20
Vou ser bem sincerona: o que mais me acalma ultimamente é acompanhar as peripécias da casa mais vigiada do Brasil. Desculpa, mas preciso desse ópio do povo! E vem funcionando tanto: a cada dia me esqueço por uma hora, pelo menos, da minha vida para ficar acompanhando as tretas do BBB. Diversão e calmaria para a mente. Se funciona pra mim, pode funcionar para você - e não precisa ser necessariamente o BBB, escolha qualquer reality da sua preferência, aliás, já viu Love is Blind?
Podcastzinho do amor
Pessoas muito legais participaram do podcast dessa semana e dividiram tanto suas dicas para acalmar a mente, quanto seus momentos de pura doideira no auge do tão falado Burnout. André Carvalhal e Renata Cruz me fizeram perceber, mais uma vez, que não era só Nóia Minha! Vai lá ouvir!
Piramida nóis, irmão!
Não esquece de , tá? Assim, longe de mim querer te dar mais um trampo no meio de todas as obrigações que você tem diariamente, mas pode ser uma pirâmide rápida de só mandar um print da news pra amiga que ainda não se cadastrou… Tô pesando na sua, né? Ai, odeio quando fazem isso comigo. Tá, vamos fazer assim, só essa semana você não precisa divulgar a gente, ok? Aproveita pra relaxar e tals…
Bjos
Cami, Taize e Bertha <3