Associação dos Sem Carisma #23
Vale do Carisma
Essa linda newsletter de hoje tem o apoio da Sallve, que já nos apoiaram outras vezes e dessa maneira tornam esse conteúdo possível para vocês. Por isso, muito obrigada, Sallve <3. Como se já não fosse maravilhoso suficiente patrocinar a nossa news, a Sallve ainda disponibilizou o Vale do Carisma pra vocês usarem em uma compra e ganharem a faixinha, é só usar o cupom DEVOLVEMEUCARISMA no site. Tão sentindo o Carisma voltar um pouquinho? Humm… eu acho que vi um sorriso!
Eu amo e uso vários produtos da Sallve, quem me segue no Instagram já me viu falando da marca várias vezes, mas o meu preferido é o esfoliante enzimático. Acho que ele deixa a pele lisinha e mais viçosa. Uso de uma a duas vezes por semana, depende de como está minha pele, e funciona muito bem. Mais uma vez, obrigada Sallve por patrocinar esse conteúdo <3 te amamos.
Diálogo antigo, porém atual
Por Camila Fremder
Eu já disse em alguma edição desta newsletter que eu tenho mania de guardar diálogos que aconteceram comigo, e depois reler e rir como se aquilo não tivesse acontecido comigo. Achei esse diálogo meu e da minha mãe de 2014 e foi bem interessante ter lido justamente agora que sou mãe. Segue:
- Em qual bairro fica, mãe?
- Na Vila Nova Madalena.
- Vila Nova Conceição ou Vila Madalena?
- Esse mesmo.
- Esse qual, mãe?
- Tá de má vontade, Camila? Não quer ajudar, não ajuda! Já te falei onde é!
Não vejo a hora de virar essa mãe que fala coisas sem sentido e depois chama pra treta.
E eu virei. Eu sinto bem no fundinho da minha alma que eu já sou essa mãe ou quase ela, e estou amando. Cada dia mais eu noto como a gente paga a língua e vira um pouco as nossas mães, nossas avós. Arthur, me aguarde!
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha
Por Bertha Salles
EU SOU BLINDADA?
Nesses dias de carentena eu venho flertando um tanto pela Web, afinal não sou besta não!
obs: me senti a minha avó digitando essa frase… TU-DO!
E conforme fui conversando com os crush tudo, fui percebendo que eu tenho um modus operandi de flerte um tanto quanto diversificado, digamos assim.
Eu tenho uma mania de tentar ser descontraidona e fazer piada de tudo para quebrar o gelo, o que pode acabar me levando para um lugar que muitas vezes não é o desejado, sabe.
Segue, exemplo:
Postei um stories dizendo assim:
"SEND ME MONEY, NUDES ARE SO 2014"
tradução: "ME MANDE DINHEIRO, NUDES SÃO MUITO 2014."
E um cara que eu acho muito gato respondeu e puxamos um assunto, para quebrar o gelo eu respondi:
VOCÊ QUER O NÚMERO DA MINHA CONTA BANCÁRIA?
Rimos muito, e o que aconteceu?
Acabou o assunto, KKKK.
Aí fiquei pensando de onde vem isso, essa necessidade de querer ser engraçada com o povo que na verdade eu quero beijar na boca quando tudo isso acabar…
"Por que me fizestes assim, Universo?" KKK A lua em câncer da drama queen aparecendo por aqui.
E eu refleti que eu faço isso com quase tudo na minha vida, uso do humor e do meu sorrisinho faceiro para quebrar o gelo em diversos ambientes e âmbitos da minha vida.
O que pode ser confuso e muitas vezes um escudo, e que "louco" isso de usar o humor para ser na verdade um escudo e me proteger, né?
Aliás, como é doido pensar que o nosso corpo e mente criam diversos mecanismos para lidar com as suas fragilidades e inseguranças e por fim nos blindar.
E isso para quê?
Por proteção e por controle que a gente quer ter diante de todas as situações, o que na verdade muitas vezes não é possível de ter.
Mas acho que esse é o grande ponto e questão, perceber o nosso jeitinho único de resolver as suas questões e identificar cada sentimento, e entender que muitas vezes a gente não precisa blindá-los, e tá tudo bem só senti-los, do jeito que for e tem que ser mesmo.
Como conclusão desse texto, eu me proponho a me blindar menos e ser mais verdadeira com os meus sentimentos. E te pergunto daí, qual o seu mecanismo de blindagem?
Fica no ar a reflexão.
Beijinhos,
Bebetinha.
Hora de sentar no cantinho e pensar no que estamos fazendo aqui
Por Taize Odelli
Falso espelho, de Jia Tolentino, é O LIVRO QUE VOCÊ PRECISA LER AGORA. Já falei tanto dele aqui, mas acho que não falei o suficiente. Por isso, nessa semana, ao invés de fazer as indicações de praxe, quero falar brevemente sobre esse livro. Ou melhor, falar sobre o primeiro ensaio, “O eu na internet”.
Jia é jornalista e cresceu, como a maioria de nós, ali quando a internet estava engatinhando para a popularidade. Em “O eu na internet”, ela começa relembrando os seus primeiros anos como usuária da rede mundial de computadores: os perfis no MySpace, os sites que criou no GeoCities, os blogs… Como gosto de lembrar, era a época marota da internet. A internet inocente, moleque. Mas, claro, tudo se transformou, e Jia fala dessas transformações e o que elas causaram.
Digo que todos precisamos ler esse livro - ou pelo menos esse ensaio - porque, convenhamos, vivemos nas redes sociais. Elas são nossa ferramenta de comunicação, de descoberta, de informação, de trabalho. As redes sociais se tornaram aquela coisa imprescindível na nossa vida, ficamos desesperados quando o Instagram cai, quando o Facebook buga, quando o Twitter baleia (se bem que hoje ele não baleia mais - só os 30+ vão entender isso, rs). E nós construímos toda uma imagem nossa lá dentro. Como Jia bem fala, para sermos notados na internet, precisamos estar nela constantemente. Precisamos escolher o melhor filtro e fazer stories, precisamos interagir, precisamos agir. Ficar quieto na internet é ser invisível.
E por isso nossa forma de consumir informação mudou tanto. Os discursos que vemos todos os dias em posts no Insta ou no Twitter acabaram virando uma forma de atitude em si. Como quando fulano diz que não é racista, mas não pratica isso em suas atitudes. Mas ele falou na internet, e se falou está falado.
Já se conversou muito sobre burnout, sobre a ansiedade que o Instagram desperta, sobre as influencers sem noção, sobre o tempo que gastamos olhando nosso feed. Mas o que Jia levanta é que temos que ser bem cuidadosos no que consumimos e no que postamos. Se a blogueira sem conteúdo é famosa, é porque a gente segue ela e compartilha o que ela faz, mesmo que for falando mal. Porque os algoritmos do Instagram não diferenciam mensagem positiva ou negativa. Eles medem engajamento, e falar mal é se engajar de alguma forma - e aí o perfil só se espalha e cresce mais.
E outra coisa muito importante que ela destaca é como a política vem usando esse mecanismo da internet para espalhar seus discursos, usando da nossa indignação para garantir audiência a pautas que, normalmente, não ganhariam atenção. Por que será que a família Bolsonaro só se comunica realmente pelo Twitter e lives no Facebook? Porque lá eles têm controle total sobre o conteúdo, e podem deturpar o discurso à vontade, e sabem que qualquer coisas que eles postarem vai ser massivamente compartilhado - pelo bem ou pelo mal.
Precisamos reavaliar o que consumimos na internet, como consumimos e para quem damos atenção, pois nosso tempo é curto e é valioso. E pensando nisso, refletindo e fazendo essas mudanças, nós conseguimos deixar a internet um cantinho um pouco mais aconchegante.
Enfim, leiam Falso espelho.
Podcastzinhos do amor
Nessa semana saiu um É nóia minha? dos mais especiais <3. Foi um episódio realmente emocionante. Conversei com a Grazi Gonçalves, autora do livro (que eu já indiquei no meu insta) Se não eu, quem vai fazer você feliz?, onde ela conta sua história de amor com o cantor Chorão da banda Charlie Brown Jr. Ficou muito lindo, sensível e astral e eu realmente recebi muitas mensagens desde que ele saiu. Ouve aí!
Já no Calcinha Larga nós recebemos a também podcaster Marina Santa Helena e falamos sobre “morder a língua”, que é o que as mães mais fazem na vida. Ficou bem engraçado! Pra ouvir, clica aí!
Queria mandar um beijo pra minha mãe, pro meu pai e pra você!
Mais uma news cheia de amor e carinho pra vocês! Hoje chiquérrimas e patrocinadas, então acho que o dever de casa de vocês é agradecer a Sallve pela graça alcançada. Semana que vem tem mais, fiquem bem!
bjos,
Cami, Taize e Bertha (e Isabela, apesar dela ser colunista quinzenal, pois está corrido pra essa jovem colunista/podcaster, mas vamos torcer pra ela virar semanal <3)