Associação dos Sem Carisma #27
Minha vida sem carisma
Essa semana resolvemos testar o gosto da nossa audiência com esse belíssimo template. Responda o nosso quiz e compartilhe com a gente nas redes sociais que nós também iremos compartilhar. Será que teremos todos as mesmas respostas sem carisma? Espero que sim.
Minhas respostas
Por Camila Fremder
Resolvi por minhas respostas em forma de texto porque sempre que vejo no Instagram brincadeiras deste tipo eu sinto falta de me alongar nas respostas. Coisa de escritora? Talvez.
Filme/Série para ver quando você tá sem carisma: Peaky Blinders. Primeiro porque a cara do protagonista da série é a coisa mais sem carisma que existe, porém, ainda assim belíssimo. Segundo porque tem crimes, e eu gosto de tudo que tem crimes. E terceiro porque tem cinco temporadas, então não vai ser aquela palhaçada de assistir uma e ficar mofando esperando outras.
Último livro lido: A vida pela frente. Eu amei muito, indico se você tá naquela fase carisma zero para leitura. É um livro sensível e que se pá até cai um cisco no seu olho enquanto você está lendo, se é que você me entende.
Música para o momento sem carisma: "No More Tears", do Ozzy Osborne. Eu amo essa música principalmente porque eu sempre lembro do clipe onde uma menina de batom vermelho toca piano e chora até a sala onde ela está alagar de lágrimas, tem alguma coisa mais nossa cara que isso?
Melhor desculpa para não ir no rolê: Eu gosto de usar os astros ao meu favor. Digo que minha lua está em uma péssima posição e em quadratura (as pessoas se assustam muito ao ouvir o termo "quadratura") e é melhor ficar em casa pelos próximos meses (assim você ganha tempo até criar uma nova mentira).
Última situação sem carisma: Foi num call, que antes era chamado de reunião, mas que continua sendo possível de ser resolvido por e-mail ou por WhatsApp.
Sessão diálogo
Por Camila Fremder
Mais um diálogo curtinho pra dar risada:
— Mãe, cadê a cachorra?
— Tá de castigo.
— Por que de castigo?
— Ela vomitou um cocô que ela comeu ontem.
— Eca, agora ela come as próprias fezes?
— Não era dela.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha
Por Bertha Salles
Vocês não tem a sensação de que às vezes o universo tá de palhaçada com a gente?
Do tipo, quando você não tem nada para fazer e não aparece nada de novo, mas aí quando você tem uma tarefa, elas se multiplicam em bilhões, tipo a louça na pia e o lixo na lixeira, sabe?
Às vezes me pergunto se não tem alguém em algum lugar do planeta, do universo, só dando muita risada e planejando, fazendo várias estratégias em cima da gente, dizendo:
— Aaaah, Bebeta, é hooooje que seu dia vai ser um infeeeeerno!
Pode ler com voz diabólica.
Hoje foi um dia desses, um dia em que meu cérebro parecia que estava fritando, dando bug, tela azul a cada 10 segundos. Mas eu, não sei por qual motivo, confesso que até gosto de dias assim.
Parece que esses dias passam mais rápido e são mais produtivos, apesar dos estresses e dos momentos em que você só quer jogar tudo pro alto e chorar em posição fetal, aliás, que saudades de ser um bebê, né.
Bom, se tem alguém lá em cima zoando com a nossa cara ou não, eu não sei.
Mas sei que aprendi a zoar e lidar também, e que no meio do caos encontrei os meus bons momentinhos, como esse de agora que estou tendo com vocês.
É isso!
Um beijo pra você que tá lendo e para você aí de cima que é um zoador nato,
Bebetinha
5 bons livros curtinhos
Por Taize Odelli
Lembro que, quando era adolescente, achava a coisa mais maravilhosa ler um livro de 300 páginas ou mais. Nossa, me sentia muito adulta, A Inteligentona. Felizmente, superei essa fase.
Não que eu não leia mais um catatau, mas livros curtinhos andam sendo minha leitura preferida no momento. Pode ser por uma certa falta de concentração para lidar com alguma obra maior, ou a velhice chegando e todos os livros parecem pesados demais — eu sei, Kindle está aí pra isso, mas não leio tanto no meu.
E livros curtos são ótimos também para você intercalar com leituras mais longas, se você é desses que lê mais de um ao mesmo tempo — eu não sou capaz, rs.
Então aqui vão cinco leituras de menos de 200 páginas para você ler em um fim de semana.
A morte de Ivan Ilitch, de Lev Tolstói
Quem disse que você precisa enfrentar dois volumes que somam mais de 1000 páginas para ler um clássico? Antes de encarar um Anna Kariênina, pegue A morte de Ivan Ilitch, uma novela de 96 páginas. Ivan Ilitch é um juiz de instrução com uma vida confortável, até que ele descobre ter uma doença grave que o leva a refletir sobre sua existência. Aquela coisa: livro pequeno no tamanho, mas pesado no soco.
Fantina: cenas da escravidão, de F. C. Duarte Badaró
Essa não é a maior obra da literatura brasileira. Na verdade, o livro ficou meio esquecido. O curto romance acompanha a rotina de Fantina, uma mulher escravizada, em uma fazenda. Quando Dona Luzia, sua “patroa”, se casa novamente com um homem malandro, Fantina passa a lidar com seus constantes assédios. É um romance que começa como uma crônica dos costumes e vai ficando sombrio conforme avança. Na edição lançada pela Chão Editora tem um posfácio do historiador Sidney Chalhoub que contextualiza a obra e fala sobre como a literatura atuou no movimento abolicionista. Romance e posfácio somam 192 páginas para ler e pensar MUITO.
Um amor incômodo, de Elena Ferrante
Uma grande treta familiar em 172 páginas. Delia tem 45 anos quando tem que voltar para sua cidade natal para enterrar sua mãe, encontrada morta numa praia em circunstâncias bem estranhas. A relação entre as duas nunca foi muito saudável, Delia passou a vida toda tentando se distanciar da mãe, ser o menos parecida com ela possível. Mas esse retorno a faz descobrir histórias passadas da sua família que mostram como essa relação sempre foi conturbada. Para quem ainda não conhece Ferrante, pode ser um bom livro para começar.
Supernormal, de Pedro Henrique Neschling
Cravadinho em 200 páginas, Supernormal é um livro bem gostosinho sobre um cara em processo de desconstrução. Beto é um advogado bem E AÍ MAN que reencontra uma pessoa de quem foi amigo quando adolescente. Helena é uma mulher trans que vai fazer Beto repensar muita coisa da sua vida, do círculo em que vive e das amizades que tem. Seu estranhamento inicial com Helena se torna um estranhamento próprio, que vai fazer Beto crescer dentro do livro. Tem ótimas referências musicais e é super tranquilo de ler.
Meu nome é Lucy Barton, de Elizabeth Strout
Mais uma história entre mãe e filha e o passado. Lucy Barton é uma escritora que, ao se internar para tratar um problema de saúde, recebe a visita da mãe com quem não falava havia anos. De origem bem pobre, Lucy tomou um rumo diferente do de sua família, e sempre ficou aquela sensação de que não fazia mais parte daquela realidade, de que não havia afeto entre ela e a mãe. Com 160 páginas, a autora faz sua protagonista relembrar o passado, analisar sua trajetória, refletir sobre a maternidade e reconstruir um laço familiar. Livro lindo lindo lindo.
Prontinho, tem leituras curtinhas para todos os gostos. Escolha uma e só vai.
Momento pods
No É Nóia Minha? da semana nós falamos sobre sexo, sim, mais precisamente sobre as nóias na hora H. Foi um episódio bem engraçado, desses pra levantar o carisma da gente com a humorista Babu Carreira e a produtora de conteúdo Naete Andreo. Dá o play gostoso, dá o play delícia, isso, assim.. ai não para. (perdão).
E falando em Calcinha Larga para os Calciners aqui de plantão, teve Débora Falabella. Pois é, estamos muito chiques, muito finas, pena que a Tati contou uma história sobre o seu cocô e acabou com a nossa chiqueza. Ouve lá e fica constrangido com a gente!
Falow, pessú
Muito obrigada pela preferência, não esquece de compartilhar suas respostas do nosso quiz no insta! Precisamos ter certeza que vocês são tão sem carisma quanto parecem. Semana que vem tem mais.
Bjos,
Noix