Associação dos Sem Carisma #28
Classificados da news
Como nós, os Sem Carisma muitas vezes são vistos como pessoas frias. Aproveitamos o dia do amigo e o tema do É Nóia Minha? dessa semana (Por que alguns amigos não te apoiam?) e criamos uma homenagem aos nossos amigos que você também pode usar! Afinal, quem não apoia os amigos não tá com nada!
Intrínsecos
Conteúdo Patrocinado (ou seja, merecem ser enaltecidos por apoiar a nossa news, então vai lá seguir a editora Intrínseca e agradecer essa parceria maravilhosa!)
Para quem não sabe, Intrínsecos é o clube do livro da editora Intrínseca que entrega na sua casa, todo mês, um livro inédito em uma versão exclusiva, além de outros mimos relacionados ao livro. O mais legal é que, ao fazer parte desse clube, você lê as histórias antes de todo mundo e tem vantagens de conteúdos inéditos na plataforma digital. Isso mesmo, um site exclusivo para assinantes. Muito chique, né?
AGORA PRESTA ATENÇÃO NO QUE EU VOU TE CONTAR:
Durante o mês de julho quem assinar o plano anual até 31/07 garante a 13ª caixa de graça. Quem já for assinante há mais de um ano do clube, independente do plano, vai ganhar um caderno com design exclusivo e fitilho.
FOFOCA DAS BOAS SOBRE A CAIXA 23:
Em agosto chega ao Intrínsecos um livro que dizem que é bem a nossa cara pois:
Humor Afiado
Trata sobre a vida online e a falsa perfeição nas redes sociais
Narra os desafios da vida adulta
Maternidade sem romantização
Quem gostou das séries Fleebag e Girls vai amar
Pra se tornar um assinante clica aqui, e que tal a gente ler esse livro juntos pra comentar depois?
BFF 4EVER
Por Camila Fremder
A minha melhor amiga se chama Leka. Na verdade, eu tenho várias melhores amigas, e ela também, mas ela é minha melhor amiga mais antiga. Éramos vizinhas de prédio durante a infância. Uma tarde qualquer eu brincava de bola sozinha no pátio e minha bola caiu no prédio ao lado. Eu subi no muro e a Leka tava lá, segurando a minha bola e dizendo: Brinca comigo? Pulei o muro. Eu tinha uns 8 anos.
Eu sou amiga da Leka já faz 30 anos, ou seja, ela é o mais próximo do que seria ter uma irmã, já que sou filha única. Temos gostos completamente diferentes, trabalhamos com coisas diferentes, até o nosso paladar não bate, mas é pra ela que eu ligo quando preciso lembrar quem eu sou de verdade.
Ela, diferente de mim, é super discreta. Mas desde que eu comecei a escrever a Leka é tema ou personagem dos meus textos. Ela é mencionada em todos os livros, em vários episódios do É Nóia Minha?, em Stories e agora até em newsletter. E ela me lê, me ouve, me assiste, me liga, me atende, me visita e me aguenta há 30 anos.
Eu não falo sempre, mas eu amo muito a Leka e esse é só mais um texto em meio a tantos outros que eu já escrevi pra ela.
Termine uma amizade
Por Isabela Reis
É preciso disciplina para manter e muita coragem para terminar uma amizade. Como uma capricorniana raiz, gosto de pontos finais. Não deixo aba solta, curto uma DR de término para colocar todos os pingos nos is, detesto viver no “e se” ou me corroendo por dentro.
Essa semana, lembrei muito dos meus. Não mandei mensagem para ninguém, mas daqui a pouco tem outro dia do amigo e eu mando. São uns quatro por ano, né? Lembrei dos meus amigos que são “ride or die” na minha vida. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. E lembrei das vezes que terminei com ex-amigos. Já tive três términos de amizades com direito a textão, climão, mandar a real e fim. Eu termino, porque ainda não nasceu o ser humano que vai me fazer mal e continuará na minha vida. Eu aprendi, já tem algum tempo, a me colocar em primeiro lugar no meu pódio e não tem ninguém que me tire de lá. Qualquer pessoa que ameace colocar um pézinho: tchau.
E recomendo que você faça o mesmo. Eu tenho amigos maravilhosos, que param a vida quando eu preciso, que estão em todas as etapas da minha vida há mais de 15 anos. Não é justo que eu deixe certas pessoas em pé de igualdade com meu bonde mais fiel. Cortar relações com amizades tóxicas foi das maiores demonstrações de amor próprio que tive. É um ato profundo de respeito consigo e lealdade com seu bem estar. Existem relacionamentos que precisam de um ponto final, amizades também.
Dá um medo terrível porque as juras de “amigos para sempre” são muito reais. Alguns namoros a gente sabe que não vai durar mesmo, mas eu nunca embarquei numa amizade achando que tinha data de validade. Reconhecer isso é muito sofrido depois que você abre sua casa, seus cantos mais sombrios, traumas, medos. Tem situações que não basta afastar, desconversar, é preciso riscar uma linha vermelha no chão e dizer “daqui você não passa mais”.
Então, em comemoração aos seus amigos mais incríveis e à maior relação de lealdade da sua vida, você consigo mesma: termine uma amizade. Aquela. Você sabe qual é. E também retome outras. Pacifique as relações: com aqueles que você sente falta; com seu coração, seu amor próprio e sua saúde mental. Passe a peneira e decida quem fica e quem vai.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha
Por Bertha Salles
O que somos nós se não uma somatória de todos os momentos que já vivemos, das pessoas que convivemos e de como elas nos fizeram sentir?
Para mim isso faz todo o sentido, e quando se fala de amizade, isso grita forte e alto nas nossas veias e em todas as nossas atitudes.
Meus amigues sempre foram grande parte de quem eu sou. Seja no jeito de vestir, de falar, do que eu acho graça ou não da vida. Das músicas que eu gosto, das festas que vou, os assuntos que me interessam.
Tem os amigues para os desabafos, para dar uns rolezão sem noção (aqueles que você vai sair e não tem ideia de onde pode acabar a sua noite, ou o seu dia, quem sabe kkkk rsrs), e tem aquele combo que é tudo isso em um só.
Em todas as minhas fases da vida, sempre me lembro e me relaciono com ela através de algum amigue especial. Alguns destes continuaram comigo, outros seguiram outros caminhos, mas a ligação, o carinho e o sorrisinho ao acessar aquela lembrança sempre vem. Aquele momento em que o coração fica quentinho e feliz, transbordando.
Queria aproveitar esse espaço para agradecer aos amigues que são, sim, a família que a gente pode escolher para dividir essa vida.
Obrigada por tornarem tudo sempre mais leve, mais fácil, por serem terapeutas ou só mandar a gente à merda quando precisa também, ponto importante para um bom amigue.
Um beijo pra todos vocês que preenchem e iluminam a nossa vida, nossos amigues,
Bebetinha
Meus melhores amigos
Por Taize Odelli
Como uma criança-solitária-filha-única-que-cresceu-no-interior, eu não tinha lá muitos amigos. Claro, metade dos meus primos moravam na mesma rua que eu, eu me dava bem com o pessoal da escola, até ia em uma ou outra festinha de aniversário, mas foram poucos aqueles que eu pude chamar realmente de amigos — na real, sobraram dois, Moni e Claudinho, que vieram a ser meus amigos justamente porque a gente lia pra caralho.
Então, né, meus melhores amigos naqueles tempos foram alguns livros que definiram muita coisa na minha vida. Leituras que me marcaram bastante e que, hoje, ainda sinto um carinho imenso por elas. Então deixa eu falar aqui desses meus amigos favoritos daqueles tempos em que a vida se resumia a ler e ver Malhação.
1- Harry Potter
Não importa quanta besteira J. K. Rowling fale na internet hoje, Harry Potter foi fundamental para mim. Foi com a saga do bruxo adolescente mais chato que existe que eu comecei a ler com frequência. Foi com esses livros lidos e emprestados incessantemente que eu acabei indo atrás de outras leituras, porque eu queria encontrar mais histórias que me fizessem sentir o que eu sentia lendo Harry Potter. Hermione Granger foi minha maior incentivadora dos estudos, e melhor personagem da série toda.
2- O Senhor dos Anéis
Lá pelos idos dos anos 2000 era meio que obrigação você passar de Harry Potter para O Senhor dos Anéis (acho???). Logo depois do bruxo vieram os magos, hobbits, elfos e orcs de Tolkien. Apesar de não ter lido tanto a trilogia como eu li Harry Potter, essa foi a história que me levou mais longe: mais precisamente para um fórum dedicado à obra onde conheci a maioria dos meus amigos que tenho hoje. Um beijo, Valinor.
3- Jornal Nacional: a notícia faz história
Esse foi um dos primeiros livros que meu pai me deu de presente. Eu dizia que queria ser jornalista, eu dizia que gostava de ler. Então ele, que não era da leitura e largou a escola na quarta série para trabalhar, foi até a cidade vizinha onde tinha uma livraria e trouxe esse livro de Natal para mim. Fiquei emocionada e feliz demais, pois senti que ele estava apoiando minhas escolhas. Li muito sobre os bastidores do JN nos meus últimos anos de escola sonhando que um dia seria uma jornalista.
4- Assassinato no Expresso Oriente, de Agatha Christie
Em algum momento da sua formação de leitor você esbarra com a literatura policial, e Agatha Christie era a minha autora favorita do gênero naquela época. Li vários livros dela que, curiosamente, tinha na biblioteca da escola. Mas Assassinato no Expresso Oriente é o meu favorito, achei a coisa mais engenhosa do mundo e nenhum outro livro do gênero teve o mesmo efeito de surpresa que esse.
5- Dicas para uma vida fútil, de Mark Twain
Se não me engano, foi a Moni quem me emprestou esse livro que reúne ensaios e crônicas de Mark Twain, mais conhecido pelas aventuras de Huckleberry Finn e Tom Sawyer. Foi uma leitura que me mostrou que livros não são só ficção, há muito mais que se pode colocar dentro deles — e aprender. Até hoje lembro de um texto magnífico de engraçado em que a casa do autor é acometida por uma chuva de raios porque instalaram uma quantidade exagerada de pára-raios nela: tudo isso acontecendo enquanto ele só queria escrever.
Foi legal relembrar essas histórias, me deu uma saudade daquela época e de reler tudo de novo. Hoje tenho muitos outros amigos, de papel e de carne e osso, mas esses foram muito importantes para mim também.
Podcasts da semana
No É Nóia Minha? dessa semana falamos sobre aqueles amigos que não apoiam nossos corres. Fiquei bem impressionada com a quantidade de mensagens comentando esse episódio e acho até que renderia um segundo episódio. Agora é pra você parar e pensar: Será que você está sendo um bom amigues? Os convidados foram Marcela Ceribelli e Ricky Hiraoka, dá o play aí!
Já no Calcinha Larga rolou o papo de madrasta e foi muito divertido contar como tem sido a minha experiência sendo uma. A convidada foi a escritora e madrasta Ruth Manus. Ouve aí!
Dá um abraço aqui na amiga!
Queridos leitores, mais uma news que se encerra e com a alegria de uma marca nos apoiando. Isso só é possível porque vocês são incríveis e nos acompanham e nos divulgam. Obrigada por tanto carinho <3
bjos,
Cami, Bertha, Bela e Taize <3