Associação dos Sem Carisma #33
E fica a pergunta...
Que não quer calar:
Diálogo da vez
Por Camila Fremder
- Não gosto desses vestidos Mizuno.
- Mãe, é Missoni.
- Ah é, o Mizuno é o tênis, né? Do tênis eu gosto.
Eu acho a minha mãe incrível por confundir Mizuno com Missoni. Meu plano de vida é ser como ela. Acho que vai dar tudo certo, porque essa semana eu fui twittar para a Taize sobre literatura e no final acabei escrevendo: Bolsonaro, por que sua esposa, Michelle, recebeu R$ 89.000 de Fabrício Queiroz?
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha
Por Bertha Salles
A quarentena tem me deixado bastante nostálgica, e acho que não só a mim, mas muita gente também.
Me pego olhando fotos, músicas e filmes antigos, e acabo me apegando àqueles momentos tão maravilhosos do passado. Acho que é sobre isso a nostalgia, lembrar e se apegar aos momentos bons da vida e ter essa sensação de conforto, que até traz um fio de esperança, o que acaba sendo 100% necessário para esse período bizarro que tem sido o nosso 2020.
É óbvio que quando eu paro para pensar e lembrar dos detalhes, nem tudo eram flores e essa magia colorida toda no ar, mas enfim, me deixa aqui pensando e achando que minhas memórias são/eram perfeitas.
PORQUE ELAS SÃO MINHAS E EU FAÇO DELAS O QUE EU QUISER (aloka que surta sozinha).
E na semana passada tive um momento de epifania entre o meu momentinho nostalgia do dia e a realidade daquele dia também.
Eu estava sentadinha aqui na sala (sem sofá, como quem me acompanha no Instagram sabe da saga do sofá), e deu o filme De repente 30 na Sessão da Tarde e, na boa?
Nada mais nostálgico que Sessão da Tarde, néan, kkk, risos.
Já fiquei toda empolgada, até preparei um cafézinho para assistir enroladinha na minha mantinha naquele friozinho gostoso. Mas de repente, no DE REPENTE do filme, na hora do beijo romântico especial, começo a escutar um alarme apitando:
REUNIÃO EM 10 MINUTOS.
Se eu tivesse um pinto, eu teria broxado nessa hora.
A melhor hora do filme, que eu já estava aos prantos, sabe?
Bom, a melhor hora foi cortada e interceptada pela minha vida real.
E aí eu acabei associando e pensando como na verdade na nossa "vida real" é assim também, como nem todos esses momentos foram 100% perfeitos e livres de interrupções e alarmes, elas também estavam lá, e mesmo assim, quando a gente olha para traz, podemos ver que na maioria das vezes, a gente se apegou ao que foi positivo, ao que foi bom.
Por isso acho que é tão gostoso se apegar à nostalgia às vezes, esse sentimento nos traz uma paz em meio ao caos, mesmo que seja um pouco fantasioso, como o filme da Sessão da Tarde. Mas elas nos fazem ter mais esperança e lutar para fazer e ter boas lembranças, né?
Então, para alimentar e te trazer um pouco desse sentimento também, para a gente ficar forte nos momentos em que estamos vivendo e sentados nessa paçocona brasileira, segue uma playlistzinha cheia de nostalgia anos 2000.
Beijos com saudades do que a gente ainda não viveu,
Bebetinha
O que é que eu tô fazendo com a minha vida?
Por Taize Odelli
Hoje não vou falar de livros. Acho que, tirando uma breve leitura que fiz na manhã de terça-feira, acabei não pegando um livro na mão a semana toda. Tem horas que a gente não tem cabeça. Tem horas que a gente não sabe onde está a nossa cabeça.
Essa semana está sendo assim. Sabe quando tudo está bem, mas não está? O trabalho está bom, a vida amorosa está… bem, isso nunca esteve bem, kkkkkrying. Mas tem alguma coisa que está faltando ali, no fundinho, e dessa vez nenhum entretenimento foi o bastante para me tirar dessa angústia que atacou.
E quando fico assim, começo a tomar decisões doidas. Tipo: estou com uma baita vontade de adotar um cachorro. Eu, a pessoa que sempre disse que não tem energia e paciência para um dog. Eu, que tenho quatro gatos em casa e já estou pretty good com eles. Mas estou a semana toda olhando cachorros.
E hoje decidi pintar meu quarto. Nunca pintei uma parede na vida, mas fui lá comprar tinta e agora metade do meu quarto está pintado, o chão está sujo, estou aqui escrevendo com a mão suja de tinta branca. Os braços doendo, a lombar gritando, e aquela vontade de pintar a casa toda ainda aí.
Não sei se é só comigo essa inquietação que bateu. Talvez seja com todo mundo. Porque tá tudo tão esquisito, tudo tão de pernas pro ar, que adotar um cachorro e pintar a casa parecem as únicas coisas que eu posso fazer, porque são as únicas coisas que posso controlar.
Se bem que, no caso de um doguinho, não seria tão fácil assim controlar o bichim.
Espero voltar com os livros na semana que vem, mas fica aqui esse diarinho que, na preguiça de escrever no caderno à mão, escrevo aqui para vocês.
Pra comer chorando
Dica da Taize
A gente que curte pizza tem duas categorias de pizza: a podrona e a fodona. A podrona é aquela pizza suspeita de 30 reais que a gente compra quando está pobre e triste. A fodona é aquela que custa 50+ que a gente compra quando cai o salário — e está triste.
A fodona é a minha favorita porque eu sou uma pessoa deveras chique — pena que minha conta bancária não consiga acompanhar essa chiqueza toda. E a minha pizza fodona favorita é a Diavola, ex-Pizza Mania.
É uma pizzaria italiana DE ITALIANOS, se você ligar lá vai ouvir um baita sotaque te atendendo, rs. E é daquelas de massa fininha, leve, maravilhosa, e eu consigo de boas comer uma pizza grande inteira pois acho divina.
Meu sabor favorito é o... Diavola, que consiste em salaminho picante (aka pepperoni). Mas tem tanta coisa deliciosa lá que, vish, dá vontade de comer tudo mesmo. E sabe o melhor? REUNINDO 10 SELOS QUE VEM NA CAIXA VOCÊ GANHA UMA PIZZA GRÁTIS. É assim que se conquista, rs. Eles entregam pelo iFood e, melhor ainda, têm aplicativo próprio para delivery. Então vai lá.
P de Podcast
Eu não poderia estar mais feliz com as mensagens que recebi dos ouvintes do É Nóia Minha? dessa semana. O assunto foi sério — Distúrbio Alimentares. Minhas convidadas, a jornalista e influencer Mirian Bottan e a nutricionista Marina Nogueira, do perfil @naocontocalorias, foram incríveis, vale muito à pena ouvir!
No Calcinha Larga recebemos Bela Gil (pois é, alimentação nos dois podcasts e ainda foi sem querer), e o papo foi demais! Dá o play aí pra ouvir.
Beijão, viu?
Mais uma newsletteeeerrr (ler com a mesma entonação do: Mais um É Nóia Minhaaaa). Eu sei que eu falei que a gente ia ter uma novidade, e vamos, mas é que quarentena com criança, dois podcasts e uma newsletter tá meio corrido. Foi mal, já já eu revelo e teve gente xereta que já descobriu. Parabéns pra essa turma de CSI.
bjs,
Noix <3