Associação dos Sem Carisma #43
Grisalhas
Como andam os grisalhos por aí? Esse foi o papo do É Nóia Minha? da semana e a gente amou tanto que resolvemos indicar mulheres grisalhas, lindas e inspiradoras para você seguir nas redes sociais. Clica na foto para ir para o perfil de cada uma.
Finalmente uma brusinha com a nossa cara
Por Camila Fremder
As pessoas amam falar que algo tem a sua cara ou que você atingiu uma tal cara, tipo a cara de mãe — “Nossa, você já tá com cara de mãe!” —, que até hoje eu não sei bem o que é. E falando isso eu lembrei de uma vez que uma amiga da minha mãe deu de aniversário pra ela um coçador de costas (sabe, tipo uma mãozinha de plástico?) e disse que o presente era a cara dela. Minha mãe ficou sem falar com essa amiga por quase um ano, e no outro aniversário ela ganhou uma almofadinha com a frase “A vida tem a cor que a gente pinta”, e a amizade realmente acabou. Por isso que eu digo que é muito complicado você dizer esse tipo de coisa para as pessoas. Eu mesma já fiquei morta de ódio de uma ex-vizinha que me disse que não conseguia me imaginar mãe porque eu não tinha cara de mãe, sendo que eu já estava grávida, que é a mãe em plena formação. Poxa, a pessoa tava lá assistindo ao vivo a minha metamorfose e nem assim?
Mas mesmo com todas essas histórias, com todo esse embasamento, eu vou dizer sem medo algum que sim, essa camiseta é a sua cara! E eu sei disso sem nunca ter te visto porque só quem é muito sem carisma se inscreve em uma newsletter com esse nome e aceita receber e-mails semanais sobre isso, e por esse motivo, além de ter feito essa camiseta perfeita e de ter escolhido aqui para fazer a pré-venda, eu ainda vou te dar 10% de desconto usando o código VEMCARISMA. Será que ele vem? Clica aqui e adquira já esse hino de look. Sem Carisma e Tangerina Moon <3
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha
Por Bertha Salles
Na última sexta-feira estava eu acabada pós-diárias exaustivas de trabalho e resolvi abrir uma cerveja enquanto assistia à minha série preferida do momento, We Are Who We Are, da HBO.
A série foi me empolgando e me levando a um estado de excitação (calma, esse texto não vai virar um pornô soft), e acabei bebendo um tiquinho a mais.
Quando dei por mim, eu estava anotando diversas frases aleatórias no meu bloco de notas, e hoje convido vocês a tentar decifrar uma delas aqui comigo.
Eu escrevi:
- É POSSÓVEL PENSAR EM QUEM SOMOS SEM O JULGAMENTO DO OUTRO?
Sim, escrevi possÓvel, mas era "possível", risos. Os olhos deviam estar um pouquinho embaralhados.
Acordei no outro dia e lógico que não lembrava de ter escrito isso, até abrir o notebook e me deparar com essa frase exatamente assim e em capslock.
Achei intrigante, e comecei a traçar todo o caminho que me levou até esse pensamento.
Seria a série?
Que é uma série que aborda temas como liberdade de gênero, questões culturais, raciais e políticas, questões essas que se passam desde um núcleo muito jovem até o mais adulto, discutindo sobre identidade.
Ou seria a minha própria vida, o meu subconsciente, me dizendo que eu me enxergo a partir do olhar do outro?
Na verdade eu sigo cheia de dúvidas na minha cabeça, e pensando se é possível a gente construir uma imagem de si sem a perspectiva de quem a gente se relaciona.
Papo de quem "diga-me com quem andas que eu digo quem és", rs.
Querendo ou não, somos uma somatória de tudo e todos que passaram em nossa vida, e no fim isso é muito massa, e acaba também sendo um reflexo de todos os lados.
Assim como na série, quando uma família com um casal de mulheres lésbicas e o seu filho homossexual chegam em uma base americana militar no meio da Itália, tudo ao redor dessas pessoas muda. E na nossa vida também é assim.
A chegada de uma pessoa na sua vida pode mudar tudo, inclusive você mesmo. E na verdade isso não é necessariamente ruim ou bom, só é o que é.
Parece que estou brisada, mas estou só Bebetinha reflexiva mesmo.
E para finalizar, deixo vocês com uma frase de Clarice Lispector para brisar essas cabecinhas sem carisma também:
"Me deram um nome e me alienaram de mim"
Ou seja, a gente consegue se libertar de quem disseram que somos?
Fica aí a reflexão para a sua sextinha. DURMAM COM ESSA VOCÊS TAMBÉM, kkkk. Aloca que acha que lacrou, né.
Bom findis e beijos sempre pensativos,
Bebetinha
Apps pra você que gosta de ler
Por Taize Odelli
Numa total falta de inspiração sobre o que indicar hoje aqui nesta associação — minha cabeça anda funcionando tal qual o sistema eleitoral dos EUA —, pensei que seria bacana falar de algumas ferramentas para leitores, só pra calar a boquinha de quem diz que a tecnologia ACABA COM A LEITURA.
Pois não acaba não, meus pequenes gafanhotes. Aliás, tem muito app por aí que pode é ajudar você a ler mais — ou melhor, lembrando sempre que quantidade não é qualidade.
Vem comigo
- Goodreads: minha ferramenta favorita para registrar minhas leituras. É uma "rede social" de leitores onde você marca o que está lendo, o que leu, o que quer ler. Você pode dar notas para cada leitura, escrever uma resenha, fazer listas, consultar citações. Enfim, sua biblioteca fica toda bonitinha e ainda dá para espiar o que os amigos estão lendo
- Skoob: versão brasileira do Goodreads, tem basicamente a mesma funcionalidade, mas lá tem algo legal que é a troca de livros entre os usuários. Não curto tanto assim a usabilidade do Skoob, mas para quem não manja inglês é uma boa opção.
- Forest: esse é um app de atenção e foco que é ótimo para quem sofre de interrupções durante a leitura para olhar o celular. Você escolhe uma árvore, seleciona o tempo e "planta" ela no seu jardim. Se você pegar o celular antes do tempo, a árvore morre. E NINGUÉM QUER VER ÁRVORE MORRENDO AQUI, NÉ? Você ainda pode escolher alguns sons ambientes como trilha sonora para a leitura, tipo chuva caindo.
- Habit: esse é um app que faz aqueles trackers de hábitos — tipo num bullet journal ou planner, mas no celular. Você pode adicionar lá "Ler todos os dias" como um hábito que gostaria de ter e ir marcando os dias em que conseguiu fazer isso. Para quem precisa de um empurrãozinho e uma meta para dar mais atenção aos livros.
Depois conta pra gente se as dicas ajudaram!
DicaaAAaaaaAAAs
Dicaize (dica + Taize, hã)
Quem é de São Paulo já conhece, mas quem não é talvez não saiba dessa grande instituição livrística que é a Festa do Livro da USP. Eu mesma só descobri depois que vim morar aqui: uma feira universitária que reúne grandes editoras acadêmicas e comerciais, com livros a no mínimo 50% de desconto.
Ano passado eu cheguei até a trabalhar lá vendendo livro (sou tão eclética profissionalmente, ai, olha aí a foto), mas como nesse ano veio a pandemia, a feira será online. E todo mundo vai poder participar. Então deixo aqui a diquinha: de 9 a 15 de novembro, vai ter Festa do Livro Virtual da USP. Aqui no site deles dá para conferir a lista de livros de cada editora, e aqui no Insta eu fiz uma seleção de coisas legais que estarão por lá.
Didiquinhas da Bebeta
Nesta semana das eleições americanas que demoram mais que a vida (coitado de quem tá contando os papéis até hoje), a minha dica vai ser o segundo filme do Borat.
Um dedo na ferida, um misto de todos os absurdos que a gente tem visto dessa extrema direita, tanto lá nos EUA como aqui no Brasil, bem tacados na sua cara.
Roteiro super bem amarrado e com analogias surreais de incríveis, daquelas que você pensa em como esse cara pode ter pensado em algo tão genial?
Sasha Baron Cohen você é fod* <3
Assistam Borat 2!
Podcasttinsson of the universe
Como eu já disse acima, falamos sobre cabelos grisalhos e teve Lela Brandão, Marina Santa Helena e áudio da nossa musa master Vera Iaconelli. Falamos sobre a transição, sobre a pressão, e principalmente, sobre a preguiça… Ai que preguiça que dá pintar. Vai lá ouvir!
No Calcinha Larga teve o polêmico orgasmo com vontade de fazer cocô, e se você não tem ideia do que eu tô falando é melhor você parar tudo o que está fazendo e ouvir! Sério, eu tô passada até agora…
Olha, valeu, mas valeu demais, viu?
Agora que temos uniforme, ninguém segura. E sim, gostei da brincadeira e eu vou arriscar mais peças, ou seja, mais uma edição dessa newsletter que eu vou ter que dizer de novo: VEM COISA BOA POR AÍ!
Perdão. É mais forte do que eu. Espero que vocês tenham gostado da novidade, é muito legal ter esse grupinho que entende o real significado e por que não dizer privilégio de ser um sem carisma. Obrigada!
bjs,
noix <3