Associação dos Sem Carisma #51
Sem carisma sim, realista também
Como gostamos de jogar a real, tá aqui a lista de coisas que nós já falhamos nesse comecinho de ano. E você, tá com a gente? Esperamos que sim!
Quando a tonta é você
Por Camila Fremder
O meu texto de hoje é sobre ser tonta, acho que muita gente vai se identificar com ele. Na verdade eu espero que isso aconteça porque é muito chato ser tonta sozinha. Existe uma diferença muito grande entre ser tonta e ser boazinha, mas a pessoa tonta acha que tá sendo boazinha enquanto todo mundo, na verdade, faz ela de tonta.
Não sei se é inocência da minha parte (e aqui eu emprego o uso da palavra "inocência" para economizar as muitas vezes em que já usei a palavra "tonta"), mas no fundo, no fundo, eu sempre penso que ao ser "inocente" estou acumulando carma bom, e a pessoa que me fez de tonta (porque agora foi inevitável não usar essa palavra) vai em algum momento da vida pagar por isso. E vamos lembrar aqui que sou de escorpião.
Existem várias maneiras de ser tonta, mas uma das minhas preferidas é querer mostrar como sou forte, e sendo forte eu aguento tudo: "por mim tá tranquilo, não tá nem um pouco cansativo não tirar férias, não descansar, não viajar, não parar de trabalhar, enquanto todo mundo ao meu redor descansa, viaja, para de trabalhar, dorme até tarde, curte a família, aglomera, medita na praia, aluga casa de campo. Eu tô super de boa sim". Mas, sabe, eu não tô. Eu tô bem irritada com isso. Então eu resolvi me fazer de tonta mais uma vez e escrever um texto assim como quem não quer nada, mas que na verdade é uma indireta bomba, daquelas que você pensa em uma pessoa específica, mas atinge no mínimo mais 50, e, se por acaso, esse texto atingir você, longe de mim ter algo a ver com isso, imagina, nem foi pra você, querida… Já tá mais descansada?
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha
Por Bertha Salles
Olá, Sem Carismers!
Estava com saudades da nossa troquinha de desabafos semanal! <3
Para começar este novo ano e a primeira newsletter de 2021, eu queria propor uma reflexão. Aquele famoso: Você tem um minutinho para ouvir a palavra da Bebetinha? Kkk
Mas não poderia ser diferente. Afinal, o ano mudou, mas eu sigo aqui com a mesma Lua em câncer de sempre, risos. E não é por nada não, mas muitas outras coisas também não mudaram.
Nesses dias de final e início de ano, fiquei pensando em como os ciclos e o tempo são importantes em nossas vidas, mesmo sendo medidas determinadas por nós, seres humanos pseudo intelectuais, kk. Digo "pseudo intelectuais" porque o resultado da humanidade com relação ao mundo no momento não nos ajuda muito.
Como pode somente o fato de existir um calendário "físico", com datas específicas, marcadas — começo e fim —, nos dar tanta segurança e de certa forma a perspectiva de novas chances e de recomeçar, néan? Pareço redundante aqui, mas vem comigo! RS
Lembrei da filosofia budista (ah, lá vem a tilelê de novo, KK brincadeira <3) e o significado da morte e como ela representa o nascimento, mas também pensei em nós e em tudo o que passamos nesse último ano, e em como isso não fazia sentido agora.
Com a pandemia e o isolamento, muitos de nós perdemos a noção de tempo e de espaço, e para mim e muitos amigues que conversei, de fato essa convenção do calendário também não teve razão alguma.
A sensação de coisas não terminadas, sem ponto final para o início de um novo capítulo, foi real, existiu. Tentei ao máximo não pensar dessa forma um tanto quanto melancólica, mas infelizmente ela é o que é.
E por mais que tenha rolado um baita delírio coletivo em nossas redes sociais — e eu digo nas redes da vida real mesmo, não só o que está sendo postado em uma interface —, seguimos parados em uma pandemia. Acho que acaba sendo pedante falar e lembrar, mas de fato o momento levantou um zilhão de questões internas, sociais e externas — medos, angústias, ansiedades e tristezas iminentes a cada segundo em que encaramos a realidade de fato.
E eu senti que muitos tentaram ignorar o fato de que tudo isso ainda não acabou e não se cancelava de fato apenas com um marco, uma data, uma virada de ano, sabe.
Não vou ser hipócrita, e escrevo esse texto também para mim em certos aspectos. Mas eu queria lembrar que a situação tá difícil e uma merda pra todo mundo, e pra muita gente muito pior ainda. E fugir da realidade em nada nos ajuda.
E falando em realidade, o tempo tá aí, ele passa, as coisas mudam. E aí é que a gente devia entrar de forma racional e empática, com atitudes agora de recolhimento para acolhimento.
Espero não ter sido pedante ou pesante, mas era o que estava aqui dentro.
Um beijo com saúde e empatia para todes,
Bebetinha
Em 2021 eu vou...
Por Taize Odelli
Eu odeio início de ano. Sério, me bate uma melancolia horrível. Eu gosto de coisas completas, coisas que terminam, que têm fim. E o início de um novo ano faz parecer que tudo está em aberto, bate aquela preguiça por antecipação de "poxa, vou ter que fazer isso tuuuudo de novo?".
Mas mesmo odiando esse momento, eu não deixo de fazer algum tipo de resolução, de aproveitar esse momento para mudar velhos hábitos ou criar novos. Tipo: voltei a escrever um diário, estou tentando caminhar todos os dias, essas coisas… E tem também as resoluções como leitora. E é delas que quero falar aqui hoje.
Uma das resoluções é usar um tracker para marcar meu avanço na leitura (inclusive, baixa aqui o Tracker Sem Carisma!). Tento ler todos os dias, e em 2020 teve períodos em que fiquei uma semana inteira sem ler. Bem, quem teve cabeça para manter uma rotina em 2020, né? Mas aí decidi usar um tracker para me incentivar a ler todos os dias, porque gosto muito da sensação de marcar algo como feito.
Outra resolução é ler mais o que está parado aqui na minha estante. Sério, tem livros aqui que estão esperando para serem lidos há pelo menos 10 anos. Não é que eu compre muitos livros, mas como recebo muita coisa, títulos que comprei ou ganhei anos atrás ficaram de lado. Então vou tentar diminuir um pouco esse lapso com leituras que podem ser muito boas, mas estão escondidas aqui em casa.
E para fazer isso, vou tentar ler mais de um livro por vez. Sempre fui uma leitora monogâmica, daquelas que pega um livro e só parte para outro quando termina — ou quando abandona de vez. Só que nessa de ler só um livro por vez, eu fico muito na dúvida de qual vai ser a próxima leitura, se vai ser conto, prosa, ficção, não ficção. Então decidi ler pelo menos dois, um de ficção e outro de não ficção, e ir intercalando entre eles.
Apesar de ter colocado uma meta lá no Goodreads (35 livros), não vou me ligar tanto para quantidade não. Já faz tempo, na verdade, que ligo pouco para isso. O importante é a qualidade da leitura, o quão boa é uma história, então por mais que eu queira ler mais, não significa que tenha que devorar tudo rapidamente só para atingir uma meta. Ninguém deveria fazer isso, aliás.
Mas acho que a principal resolução é ignorar o leitor chato e as tretas literárias. Ano passado foi cheio de treta literária, uma pá de discussões bestas no Twitter e no Instagram, e eu corria para entrar em todas. Porque né, fofoqueira, treteira. Mas em 2021 quero ser mais zen. Quero deixar os doidos lá se digladiando sozinhos enquanto fico tranquila na minha poltrona lendo meu livrinho. Isso é que é elevação espiritual.
Bem, essas são as minhas resoluções de ano novo, pelo menos no que diz respeito aos livros. Quais são as suas? Manda aquele alô, peça dicas, aqui é utilidade pública. ;)
Deixa eu dar uma dica
Izzetips
Quando comecei a fazer terapia, minha psicóloga tentou me animar para pintar mandalas para exercitar aquela coisa de ESTAR PRESENTE. Comprei lápis de cor, imprimi umas mandalas, pintei algumas… Mas a melhor parte do rolê foi só comprar lápis de cor mesmo. Não rolava.
Só que eu precisava de alguma atividade que me mantivesse focada em mim mesma, e não nos meus problemas. Aí, no Natal, vizinha Carla comprou uns quebra-cabeças e toda vez que eu ia na casa dela tomar um café, sequestrava a montagem e acabei euzinha terminando um deles. Tá aí, encontrei meu momento de paz.
Comprei um quebra-cabeça de mil peças, um porta quebra-cabeças — pois montar um no chão de casa com quatro gatos e um cachorro exige certa proteção — e agora passo um bom tempinho concentrada nele, ouvindo alguma música e procurando aquela PECINHA DESGRAÇADA.
Minha dica então é essa: encontre algo que te relaxe e te faça desligar a cabeça. Pode ser pintar mandala, pode ser montar quebra-cabeça, pode ser fazer crochê… Enfim, faz bem demais.
BEBETIPS (COPIEI A TAIZE MERMO): LEVANTA CARISMA!
Nesta semana comecei a assistir Bridgerton da Netflix e estou assim, 100% maravilhada.
Primeiro e importante recado: é uma série produzida por ninguém mais, ninguém menos, que SHONDA RHYMES, SIM.
Misturando um pouco de ficção, realidade e claro, aquele romancezinho que "nóix gosta", a série se passa em 1800 e conta a história da aristocracia de London (leia como LÃNDAN), inglesa, na verdade e no geral, mas quis dar o meu toque.
Debutantes se preparam para o "momento de suas vidas", que naquela época era serem apresentadas para a realeza, sociedade (HOMENS, blé) e serem cobiçadas para o casamento.
E com esse plot surgem diversos questionamentos sobre machismo estrutural com alguns toques que infelizmente ainda batem muito, pois são totalmente atuais.
Ah, e falando em atualidade, teve um momento em que a Mariah Carey que habita dentro de mim não pôde ignorar, a hora em que na valsa das debutantes toca "Thank U Next", de Ariana Grande, no violino como trilha sonora e é TU-DO. Com os figurinos de época, as personagens… Ai, fiquei encantaaaaada.
Fora que a série é narrada por uma Gossip Girl de época, que é uma pessoa completamente anônima que vai narrando e escreve sobre as fofocas da aristocracia inglesa para o jornal da cidade. Ou seja, vale muito a pena assistir, sem carismers!
Essa daí é uma série que levanta carisma em tempos de merda.
Podecast, Podcasty ou Podkast? Nenhum, mas eu precisava de um título pra isso e pensei nesse lixo de ideia. Parabéns pra mim
No É Nóia Minha? nós tivemos duas reprises de episódios que eu amo muito. Sim, dos meus preferidos, então se você não viu os dois eps que falamos horrores sobre, ETs, vai lá ouvir os dois!
No Calcinha Larga já está disponível o trailer da terceira temporada e o último episódio da segunda temporada com a perfeita da Carol Pires, ou seja, estamos voltando à ativa nos dois pods semana que vem!
Já é 2021
Fiquei com medo de desejar um feliz 2021, sabe, muita pressão… Mas pra não parecer pessimista, que o nosso 2021 seja mais leve do que foi 2020, mas essa semana tinha um cara vestido de viking quebrando o Capitólio, enfim, vida. Vamos nessa, só essa news pra nos salvar. <3
Nossa colunista linda e amada Bela Reis teve seu baby e está de licença maternidade, nós somos tias corujas e já adiantamos que Martin é a coisa mais fofa desse mundo! Mas pra você não ficar com texto a menos na sua newszinha, avisamos que Samuel Gomes, nosso Samuca <3, vai cobrir a Bela durante esse período. Então, se você ainda não conhece esse cristal perfeito, segue ele lá no Instagram que semana que vem tem texto dele aqui!
bjs,
Noix <3