Associação dos Sem Carisma #100
Grande Prêmio Sem Carisma Of The Year
No final de 2020, fizemos uma pequena pesquisa com a audiência para eleger a Pessoa Sem Carisma do Ano. Rolou lá no Instagram, meio que de surpresa, então dessa vez resolvemos fazer do jeito correto.
Elencamos algumas pessoas e acontecimentos de 2021 e agora queremos que você, é, você mesmo, vote na sua Pessoa Sem Carisma preferida. Lembrando que não vale votar em gente SEM CARÁTER. É SEM CARISMA!!!
O resultado a gente divulga na semana que vem no nosso Insta. Então vem aqui votar!
Calendário Sem Carisma
Já divulgamos lá na rede social de fotos do Mark Zuckerberg, mas se você não viu, aqui vai: NOSSO CALENDÁRIO SEM CARISMA 2022!
Baixe, imprima e seja feliz. <3
Pior melhor ano
Por Isabela Reis
Feliz ano novo, sem carismers! Eu terminei nossa última News de 2021 com um texto bastante mal-humorado por aqui. Elenquei algumas dezenas de coisas que detestei e queria deixar no ano que terminava. A ideia era abrir 2022 com um texto que fosse o oposto, sobre tudo que foi bom, maravilhoso, as pequenas grandes coisas do ano para melhorar o astral do ano que começaria. Eu juro pra vocês, virei o ano MUITO empolgada, cheia de energia, querendo fazer a revolução na vida. E aí, no dia 3 de janeiro… meu filho testou positivo pra Covid. A frase “um banho de água fria” não chega perto de descrever o que foi esse choque de realidade de ficar 10 dias sozinha em isolamento com uma criança de um ano sem poder contar com a ajuda de ninguém (o marido seguiu trabalhando normalmente por 12/24/36 horas seguidas).
Minha vontade de enumerar coisas boas do ano que passou para recomeçar a vida num astral maravilhoso foi pro cacete, claramente. Eu já tava pronta para bater um textão aqui amaldiçoando toda a pandemia e as pessoas que passaram Covid pro Martin. Mas, agora que eu sentei, respirei, pensei, olhei pro caos que foi minha vida nos últimos 11 dias, eu acho que devo a mim alguma dose de esperança. Vamos ver se isso me recarrega as baterias e zera meu ano novo. Então, aqui vai a lista de coisas boas, maravilhosas e memoráveis que aconteceram pra mim — e pra você também — no ano que passou.
Sobrevivi à pandemia e à nossa primeira infecção por Covid. Vivi intensamente cada fase do primeiro ano do meu filho. Amamentei muito. Muito MESMO. Lançamos o PPKansada! Sobrevivi ao puerpério. Me tornei a mãe que eu queria ser. Olimpíadas. Rebeca Andrade. Fadinha no skate. Ouro pra Seleção Olímpica. Voltei a frequentar restaurantes que amo. Succession. Martin come comida e engatinha. VACINA! VACINA!!! Picolé de Limão. Gil do Vigor. Lula elegível. Meu pai conheceu meu filho. Trabalho. Publi. Podcast. Trabalho. Empurrei o céu — como aprendi com Krenak. Voltei a caber nas minhas roupas. Entendi que elas não têm mais a ver comigo. Comprei novas roupas. Voltei a fazer exercício físico. Hambúrguer. Marighella. São Paulo. Búzios. Exposição da Carolina Maria de Jesus. Muitos muitos podcasts. Minha casa. Saúde! Vinhos. Reencontro com a praia. Simone Billes. WhatsApp fora do ar. Vale night dos pais. Martin fez um ano! Martin. Martin. Martin.
Eu tenho um FILHO! Que completou um ano no dia 28 de dezembro, no fechar das portas desse ano tão duro. Foi difícil enumerar os bons momentos de 2021, especialmente procurar os grandes bons marcos para o mundo, para o Brasil. Nosso país só se fudeu. Perdemos muita gente mesmo. 2021 foi o pior ano de nossas vidas e o melhor ano da minha vida. Uma dicotomia sem fim, um coração partido ao meio. É difícil elencar uma quantidade grande de coisas quando tudo que eu virei o ano agradecendo se resumem a: saúde, meu filho e a saúde do meu filho. Estou viva. Meu filho está vivo! E eu pude comemorar e ver cada primeira vez dele no último ano. O primeiro sorriso, a primeira gargalhada, a comida, engatinhar, os primeiros passos. Tudo. Tudo que o Martin fez, eu vi. Com todas as dores dessa sobrecarga, mas me lembrando todos os dias, e agora tendo certeza de que passa muito rápido e não volta. Foi pesado pra caralho, mas foi a única vez que meu filho viveu seu primeiro ano de vida e eu estive lá, vivendo o melhor momento da minha vida, realizando meu sonho da maternidade, descobrindo um amor que só a palavra amor não faz jus. E agradeço tudo que me possibilitou poder estar lá. Todo o resto é acessório, todo o resto é muito pequeno, é só encheção de linguiça. Ter um filho é disparado a melhor coisa que já me aconteceu. E só isso já é suficiente pra me descabelar, desesperar, reenergizar e me dar toda a esperança que eu preciso para esse ano que começa. Vambora!
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Por Bertha Salles
Começamos 2022 no “acelero da rabeta” de 2021, esse novo ano que só parece a parte II, a continuação de um filme ruim.
Mas independente disso, aconteceu uma coisa muito boa comigo nesse início de 2022 e que me deixou feliz. Mas mais do que feliz, como sempre, me deixou reflexiva.
Fiquei pensando sobre momentos e sobre a memória. A memória é um negócio muito doido, né!?
Um HDZÃO interno que fica dentro da sua caixola, e você pode ir lá e acessar quando quiser e como quiser — até porque, o que fica para cada um de nós de uma situação é sempre diferente da lembrança do outro, porque cada um tem uma expectativa, sensação ou perspectiva do fato ocorrido que é só e unicamente sua.
Mas enfim, olha que gostoso, com a memória você pode acessar aquela lembrança gostosa, sentir o gosto e o cheiro de uma pessoa que estava com você naquele momento, sentir o friozinho na barriga daquele beijão goxxxxtoso que deu. Uiii, até me arrepiei!
Uma memória é algo precioso e único, que ninguém pode tirar de você.
E pensei que, independente de, por exemplo, um relacionamento dar certo com alguém, ir para frente ou não, pelo menos você pode guardar e acessar quando quiser o que foi bom com aquela pessoa, o que você viveu, sem nenhuma interferência externa, nesse momento eternizado que é só seu.
Em 2021 eu…
Por Taize Odelli
… não li nenhum dos livros que disse que iria ler em 2021.
… passei raiva e alegria vendo Fórmula 1, o que foi maravilhoso. Tenha um esporte para amar, é bom.
… sonhei infinitas vezes com praia, piscina ou banheira, sendo que o sonho basicamente consistia em não conseguir um momento sequer para aproveitar a praia, piscina ou banheira.
… chorei de dor a ponto de querer desistir de tudo.
… desisti de desistir de tudo porque tenho 5 bichos para alimentar e pessoas legais que gostam de mim.
… parei de me estressar com homem, e até agora não sei como eu cheguei nesse momento de iluminação que deixou minha vida muito mais fácil.
… e nessa de não se estressar mais com um homem, conheci 01 homem legal. Olha só.
… e também já perdi o homem legal em plena virada do ano por culpa minha mesmo.
… ainda nesse processo, virei uma grande piranha durante um mês da minha vida em que abracei o meio liberal e fui feliz até passar o fogo no rabo.
… aprendi que é bom demais desabafar e falar as coisas, mesmo que seja publicamente num podcast para o país inteiro ouvir.
… saí muito mais na rua por causa do cachorro, me tornando uma pessoa momentaneamente carismática – mas só durante o passeio.
… gastei mais do que deveria, incluindo um vestido que era mais caro do que o meu aluguel. Essa é a minha grande preocupação para 2022: recuperar o controle financeiro.
… apareci na Ana Maria Braga.
… apareci numa série do GNT.
… fui duas vezes para um AirBNB em Minas Gerais que segue até hoje sendo o meu ideal de casa e vida para levar – longe de tudo, no meio do mato e com uma hidromassagem (aliás, as únicas vezes do ano que consegui boiar em algum lugar. Please, send water).
… descobri que tenho haters e me diverti horrores.
… cobrei pelos meus nudes na internet.
… fiz sete tatuagens novas e virei uma grande gostosa tatuada – antes era apenas uma grande gostosa com poucas tatuagens.
… biscoitei horrores.
… ganhei vários vibradores.
… dei diversas broncas em amigos (homens) que se emocionam demais quando conseguem transar com uma mulher nova e se metem em roubada.
… fofoquei demais com vizinha Carla, que agora é vizinha em outro prédio nas proximidades.
… fui feliz trabalhando a maior parte do tempo, o que é incrível, já que ODEIO trabalhar.
… larguei trabalhos que não me faziam, o que foi importante demais para esse processo.
… dei um beijo na bochecha de Pedro Henrique Neschling, interagi com Mariana Becker, estive no mesmo CEP que Lewis Hamilton, pude trocar zap todos os dias com Camila, Bertha e Bela. Conheci a Bela pessoalmente, finalmente. Até interagi com o Martin com sucesso.
… fui babá de gato e cachorro.
… larguei jobs, comecei jobs, procrastinei jobs.
… fui capaz de ter assunto para uma newsletter semanal e um podcast semanal, o que me fez perceber que talvez eu não seja essa farsa toda que eu achei que era. Até ganhei um troféu.
… sobrevivi a mais um ano terminando muito melhor do que comecei, tão diferente e mudada que mal reconheço a Taize de janeiro de 2021 agora que ela chegou em janeiro de 2022.
… li todas as respostas de vocês nessas 100 edições da Associação, e amei cada interação. É pra isso que a gente escreve. Obrigada. <3
Di-di-dicas
Dicaize
Esses dias eu tava procurando coisas para ver e cheguei numa série muito gostosinha: O mundo segundo Jeff Goldblum. Lembra dele? O cara sexy de camisa aberta de Jurassic Park. O cientista gato de Independence Day.
Nessa série, ele explica coisas do mundo cientificamente e com muito estilo. O primeiro episódio, por exemplo, é sobre tênis, como funciona esse mercado e como eles são feitos. Pensa num homem charmoso, gente, te explicando coisas de um jeito mó gostosinho. É ótimo para adquirir cultura e um crush imenso no Jeff. Disponível na Disney+!
Bebedicash
A minha dica de hoje é o novo filme da Netflix, A filha perdida, dirigido pela Maggie Gyllenhaal e estrelado pela maravilhosa Olivia Colman, baseado na história do livro da também incrível Elena Ferrante.
O filme fala sobre maternidade de uma forma muito crua e realista, sobre as frustrações enfrentadas e sobre se permitir sentir essas frustrações. Desmistificando essa ideia e o endeusamento da figura materna, que é uma pessoa, um ser humano com sentimentos, desejos e vontades como qualquer um.
Cheio de referências e com uma fotografia belíssima, assistam!
Pod? Pode!
Voltamos com os podcasts nessa semana, ou seja: começou mesmo. No É Nóia Minha?, teve Madama Brona e Andréia Sadi com previsões astrológicas e políticas para 2022. Dá o play!
Calcinha Larga também está de volta, e começamos com Alice Braga falando sobre relacionamentos nada a ver. Só vem!
E no PPKANSADA nossas ppkers falam sobre aquela sensação que, mesmo na vida adulta, nunca passa: correr pros braços da mãe. Ouve aí!
Até semana que vem
Sem Carismers, esperamos aqui de todo o coração, na medida que o nosso carisma permite, que 2022 seja muito melhor para todos nós do que foi 2021. Apesar do cansaço que sempre nos acompanha, das incertezas, dos medos, no fundo a gente tem aquele fundinho de esperança de que vamos conseguir. Vai melhorar sim.
E estaremos aqui durante o ano com vocês pra passar por esses perrengues.
Feliz Ano Novo!
Beijos,
A gente <3