Moodboard sem carisma
A gente sabe que você já gastou boas horas no Pinterest e Tumblr (só pras antigas) salvando referências que ilustram quem você é. Estética é coisa séria!
E sendo coisa séria, é bom cuidar bem da nossa pele, né? Pois sempre colocamos a Sallve entre nossas referências, porque no nosso moodboard tem pele saudável e com aquele glow.
Então aqui vão algumas personalidades não carismáticas e seus respectivos moodboards para quem precisa resgatar o carisma perdido. Olha aí!
Agora vai lá colocar no seu carrinho de compras esses três produtinhos maras que estão com desconto lá no site da Sallve: o Antioxidante Hidratante Corporal, o Hidratante Antiatrito e o Protetor Solar. Aproveita!
Uma noite agitada
Por Camila Fremder
Arthur desfraldou agora também à noite, ou seja, já passava o dia todo de cueca, mas faz umas 3 semanas que deixou de usar fralda para dormir. Durante algum tempo é normal que a criança tenha escapes, o que aconteceu semana passada às três da manhã.
Entrou no meu quarto arrasado, dizendo que tinha até molhado o pijama, que estava com frio, que a cama estava toda molhada. Tentei acalmá-lo enquanto trocava seu pijama, mas ele estava desolado. Fui trocar a roupa de cama e deixei ele deitado no meu quarto com André, que explicava que quando era pequeno também fazia xixi na cama às vezes. Mas aí Arthur solta a melhor frase:
— Codré, (apelido que deu pro André quando tinha 2 anos), você não está entendendo, a minha cama está um fracasso, um fracasso, Codré!
Foi muito difícil não rir, mas da onde será que as crianças tiram essas pérolas?
Ainda dá tempo?
Por Isabela Reis
Vez ou outra, quando abro uma caixinha para pedidos de conselhos no Instagram, recebo muitas, muitas perguntas que giram em torno do “quero fazer coisa X, estou muito velha pra isso?” A minha resposta pra essa pergunta é SEMPRE: Não. A menos que você esteja morta e eu respondendo a um fantasma, sempre é tempo.
Na última caixinha, dois questionamentos me pegaram. No primeiro, uma jovem de 21 anos questionava se já não estava muito velha pra entrar na faculdade de medicina. Que tipo de distorção de idade, tempo, geração que a gente se meteu pra alguém de 21 anos ser velho pra alguma coisa? Ainda por cima pra estudar! Existe alguma idade limite pra aprender? Gente!
Os adolescentes saem da faculdade e vão direto pra universidade e a gente realmente comprou essa história de que faculdade é lugar da galera de 17, 18 anos. Só esqueceram de lembrar que muitos desses jovens adultos se arrependem da escolha, trocam de curso e vão mesmo se encontrar, ora, ora, ora, lá pros 20 e poucos!
No segundo, uma mulher de 39 anos questionava se ainda dava tempo de ter filhos. Claro! Vocês sabem, eu sempre quis ser mãe antes dos 30. Calhou de rolar mesmo, mas uma coisa eu sempre tive certeza: eu seria mãe. Seja lá com que idade, circunstância, com ou sem parceiro, por gravidez ou adoção. Nessa encarnação, eu teria um filho. Ponto.
Bato na tecla de que essa é uma decisão pra ser tomada sozinha. Explico: se você quiser muito ter filhos, tenha. Não espere eternamente o amor da vida, porque ele pode nunca chegar, você acabará deixando sua vontade de lado e terá a vida inteira para conviver com essa frustração. Se você quiser muito ter filhos e o seu parceiro/a não…. Não tenha com ele/a! Isso é muito importante. Jamais tenha filho com alguém que não quer. Se a maternidade for o maior dos sonhos, siga seu voo solo e realize. Ter um filho com alguém que não quer é a receita para o desastre. Deixar de realizar o sonho da maternidade porque não é o sonho do outro, também.
Toda hora pode ser a hora da virada, a sua hora de realizar suas vontades adormecidas, secundarizadas, massacradas pelas relações, pelo trabalho, pela necessidade de ganhar dinheiro, pela instabilidade. Tem muito projeto de vida que a gente precisa mesmo engavetar porque, antes de qualquer coisa, o dinheiro tem que entrar. Mas será que nunca chega o dia em que podemos abrir esse baú das vontades esquecidas? Será mesmo que depois de certa idade a gente é obrigada a se abandonar? A trair aquela nossa eu-mais-nova pra quem a gente prometeu que, assim que desse, iria fazer acontecer?
A gente naturalizou assistir jovens de 20 anos milionários com a vida resolvida, sendo felizes nas Maldivas, filhos lindos, casa perfeita e putz, se com 25 ainda não estou assim, ferrou pra mim. Oi? Não, amore. Pode soar cafona, mas eu acho que sempre é tempo de viver. Estar numa vida que não nos cabe, que é desconfortável, é apenas sobreviver. Viver é outra coisa! Como assim velha demais pra ser feliz, pra realizar um sonho? É uma distorção do próprio tempo, uma falta de respeito tremenda com o nosso caminho. Exú matou um pássaro ontem com a pedra que jogou hoje. A ordem e o cronograma em que você alcançará suas metas e realizará seus sonhos não é tão importante assim. O tempo é relativo. Vambora!
Sobre vilãs
Por Taize Odelli
Eu sou apaixonada por vilões. Mesmo quando pequena, enquanto ainda torcia pelos mocinhos dos desenhos e novelas, eu sentia uma atração por aquelas personagens que eram más. Pareciam mais bonitas, mais engraçadas, mais interessantes.
Hoje ainda prefiro a maldade à bondade quando lidamos com ficção – só na ficção, não sou sádica hehe. E gosto principalmente das vilãs, que nos últimos anos vêm ganhando contornos e recheios mais complexos, com histórias de formação e traumas do passado que resultam, no fim, em uma personagem malvada, mas malvada como uma forma de se proteger e sobreviver. (Embora essa abordagem também tenha vários problemas, como a ideia de que uma mulher precisa sofrer para que tenha um motivo para ser foda, mas aí é outra conversa.)
E tem essa coisa também de que as vilãs não são perfeitas. Elas berram, quebram coisas, xingam, extravasam os sentimentos de uma maneira que as mocinhas não podem fazer. Porque a mocinha é comportada. Ela é acolhida pelo mocinho em seu sofrimento e não precisa gritar. A vilã pode fazer o que quiser.
Eu sempre fui uma pessoa comportada, mas que por dentro era uma verdadeira vilã só esperando o momento certo de aparecer.
Isso continua até hoje. Tanto que a maioria das minhas leituras, agora, falam sobre mulheres de caráter duvidoso. Porque cansei de ver a mulher sendo retratada apenas como amorosa, amiga, mãe, vítima, inocente, ingênua, bondosa. Tem mulher trambiqueira sim. Tem mulher treteira. Tem mulher com coração de pedra que pisa em cima de todo mundo. E isso não quer dizer que eu aprovo esse tipo de comportamento. Mas é que as vilãs são uma lembrança de que a gente não é só uma mocinha indefesa que precisa ser salva.
Se você está nessa mesma vibe que eu, deixa eu recomendar alguns livros com protagonistas que são praticamente vilãs: doidas, sempre no limite do que é certo e errado, e que são maravilhosas.
A pediatra, de Andrea Del Fuego
Meu ano de descanso e relaxamento, de Ottessa Moshfegh
Luxúria, de Raven Leilani
Os tais caquinhos, de Natércia Pontes
Mau comportamento, de Mary Gaitskill
Um amor incômodo, de Elena Ferrante
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Por Bertha Salles
Chorar por baixo é bom demais!
Essa semana vivi um dos maiores desafios da minha carreira e vida: apresentar um podcast, o meu novo podcast, Rádio Endorfina (inclusive ouçam, rsss), ao vivo e com plateia em um evento da marca que o patrocina.
Desde que soube da notícia de que aconteceria esse evento, eu já imaginei mil cenários. Que eu ia travar, gaguejar, ou que todo mundo ia rir das minhas piadinhas, rs, na hora certa, ou iam ficar de cara e perguntando quem é essa garota tosca, KKK.
Foram dias de ansiedade e com essa dúvida: Será que eu vou dar conta?
Bateu a síndrome da impostora, e tudo junto.
Finalmente, quando chegou o grande dia, só me restava enfrentá-lo dando o meu melhor, colocando em prática os anos de preparo, semanas de estudos e toda a minha caminhada. É engraçado como a gente acaba colocando em dúvida todo o processo já vivido nessas horas, e que nada é por acaso, é porque você batalhou muito para chegar ali.
Por fim, deu tudo certo.
No final da gravação eu chorei.
Chorei de alívio, de realização e por lembrar de toda a minha jornada. De todas as vezes em que ouvi nãos, e de que eu não seria capaz de ser apresentadora pela minha aparência e o jeito que eu falava. Chorei pelos momentos em que quase acreditei nisso, mas mesmo assim, persisti.
Chorei por mim, chorei pelas mulheres incríveis que estavam ouvindo o que eu tinha a dizer e pelo o que elas me disseram, chorei pela troca e pela luta de todas nós.
Choro agora escrevendo esse texto, mas é de felicidade.
E escrevo esse texto para dizer que esses momentos que fazem a luta valer a pena são raros, mas são mágicos e dão um gás para que a gente siga firme e forte para os próximos.
Aquela dica, cê sabe
Bebedicash
A dica de hoje não poderia ser diferente: é o meu novo podcast com a página Chapadinhas de Endorfina, a Rádio Endorfina. Ele está no Spotify e em breve entrará como videocast em todas as plataformas.
Falaremos sobre saúde física e mental, mas sem nóias, e sim com informação e diversão.
Esse podcast sintetiza tudo o que acredito sobre a busca incessante pelo equilíbrio e uma vida sustentável.
Espero que vocês gostem tanto quanto eu estou gostando de fazer.
Dicaize
Minha dica essa semana não poderia ser diferente: HOJE ESTREIA A QUARTA TEMPORADA DE DRIVE TO SURVIVE – desculpa, Bertha.
A nova temporada acompanha o campeonato mundial de Fórmula 1 do ano passado, que teve muita treta. Teve teste de um novo formato de classificação, que tive a sorte de ver em Interlagos; teve decisões obscuras do diretor de corridas, que aliás até saiu da direção. Teve briga acirrada entre Hamilton e Verstappen, que acabou vencendo o campeonato… E fica ainda aquele gostinho de adrenalina para entrar no clima da estreia da temporada de 2022, que acontece no dia 20.
Então se você gosta de F1 (hehe), vai lá assistir. E se não gosta e tiver curiosidade, é uma boa para você ir se familiarizando com o esporte.
MAIS UMA DICA DO MUNDINHO HÉTERO DE TAIZE!
Isatips
Pra quem tá acompanhando BBB, recomendo o podcast Big Big Brasil. Confusão e muita gritaria nos comentários hiláaaaaarios de Thiago Theodoro, Duda Dello Russo e Paulo Fraga. Perfeito pra desopilar, rir, distrair e esvaziar a mente com muita baixaria. Adoro! Kkkkkkkkkkk
Novos episódios
No É Nóia Minha? fizemos uma grande defesa do mau-humor. Porque a gente ama, né? Com o trio de roteiristas Camila Fremder, Renata Corrêa e Natalia Klein.
Lá no Calcinha Larga recebemos a educadora, jornalista, escritora e diretora executiva do Instituto Marielle Franco, Anielle Franco, para conversar sobre a importância de trocar com quem pensa diferente.
E no PPKANSADA essas quatro sem carismers que vos escrevem se reuniram para falar sobre a culpa. Que culpa? Você sabe, aquela que toda nós sentimos… Praticamente um podcast das Sem Carisma.
Tchauzinho
Bora mais uma vez dar aquele salve para a Sallve por apoiarem esta newsletter! Obrigada sempre. <3
E um salve para você, que toda sexta-feira está aqui exercitando a leitura. Porque sim, ler newsletter também é uma maneira de ler. Se bem que a gente sabe que você se distrai e vai pra aba do Twitter entre um texto e outro… Tira aquela fotinha pro Instagram marcando a gente… E amamos. Obrigada. <3
Aquele beijo e aquele abraço,
Camila, Bertha, Isabela e Taize
vlw meninas <3