Associação dos Sem Carisma #116
Carisma grátis
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Mas vamos falar de outras coisinhas grátis que devolvem nossa vontade de viver? Temos alguns sugestões:
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Investigação em andamento
Por Camila Fremder
Essa semana foi a primeira vez que o Codré (também conhecido por meu marido) falou enquanto dormia. Ele disse a frase: "Pelas notas, sim". E como boa escorpiana sentei na cama e esperei sair mais alguma outra frase ou palavra aleatória, descobrir o que ele sonhava era uma missão. Mas ele não disse mais nada. Era só aquela frase que eu tinha. Perdi o sono. Pelas notas, sim. Que notas? Da escola? Estaria ele dentro daquele sonho clichê onde estamos sem calça no meio da sala de aula? Acho que não. Ele falou num tom sério. Notas em dinheiro? Estaria ele em outro país analisando o dinheiro local? Ou de repente investigando notas falsificadas! Mais interessante, mas esse sonho é mais a minha cara que a dele.
Joguei no Twitter um desafio: o que estaria sonhando uma pessoa que diz em voz alta a frase "pelas notas, sim"? Percebi que minha criatividade naquela madrugada não chegou nem perto das respostas que recebi no twitter:
E aí? Mais algum palpite? Manda lá pra mim no Twitter!
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Por Bertha Salles
Viciada em Paixonite
Desde que me entendo por gente eu tenho um grande vício que é me apaixonar.
Gosto do frio na barriga, do fluxo de pensamentos na pessoa que se manifesta criando mil situações deliciosas na nossa cabeça e coração. E falando em coração, adoro o jeito que ele acelera e fica descompassado só de saber que vou encontrá-la, ou quando recebo uma mensagenzinha sequer.
Quando fui ficando mais velha, essas paixonites acabaram se transformando em um pouco de dor e sofrimento, por algumas vezes.
Complexidade das relações dessa minha geração, que é toda cagadinha da cabeça?
Pode ser que seja.
De fato, nunca entendi o por quê das pessoas terem medo de se apaixonar. Por que sentir medo e insegurança diante de um sentimento tão puro e bom? Jamais vou entender.

Mas olha aí, nos últimos tempos comecei a me blindar deste sentimento pelo medo de me machucar.
E acho que tá aí, EURECA! (Não sei de onde veio isso, rs.) É por isso que a maioria das pessoas não se entregam, pelo medo do tombo de cara sem nenhuma proteção, aquele tombo tão grande que rasga o supercílio e o coraçãozinho também, kk.
Mas será que se a gente ficar se protegendo e se privando, não estamos vivendo a vida pela metade?
Acredito que sim.
Eu já caí tantas vezes, e em nenhuma delas morri.
Me refiz, me recompus, e segui. Segui com novas marcas e com uma cicatriz ali, que depois fui lá e tatuei algo por cima, rs.
Eu odeio trabalhar
Por Taize Odelli
Nos últimos 3 anos, decidi que meu objetivo de vida é viver confortavelmente. Não é só a questão do privilégio que é ter uma casa grande, confortável, com decoração Pinterest, sacada e banheira. Nem só por poder viajar, conhecer o mundo, me isolar no meio do mato, poder ir jantar em um lugar bacana uma vez por semana – mas é muito por causa disso também, não posso mentir.
É também pelo fato de que, para viver confortavelmente e fazer essas coisas, eu precisaria trabalhar menos. E o objetivo de trabalhar cada vez menos é uma coisa que muito me agrada. É algo pelo qual sinto que vale a pena correr atrás. Porque eu apenas ODEIO trabalhar. Sim, com toda essa força.
Odeio ter horário para ter que fazer as coisas, odeio ser obrigada a fazer essas coisas em horas em que eu simplesmente gostaria de estar fazendo outras coisas. Odeio cobranças, odeio, sobretudo, errar. Porque no trabalho a gente erra, e eu sou acometida pela desatenção que me leva a errar. Eu não suporto esses momentos.
Mas aí vem a coisa complicada: como conseguir tudo isso sem trabalhar? Ah, o grande dilema da vida…
Por sorte, eu consegui mudar totalmente a minha relação com o trabalho. Não preciso mais pegar ônibus todo o dia para ir até o local do trabalho, trajetos que geralmente me deixavam ansiosa. Sério, já tive momentos em que eu ia chorando o caminho inteiro. Agora trabalho de onde eu quiser — mas faço isso principalmente de casa mesmo, pois sem carisma, né.
Não tenho horários fixos. Posso acordar tarde, posso acordar cedo, posso assistir novela na Globo e continuar trabalhando depois. É libertador poder vivenciar isso — e sim, um grande privilégio. Descobri que o freelancer é muito mais bem tratado e respeitado do que o CLT. Enfim, estou contente com o meu trabalho. Só sigo odiando trabalhar.
Acho que descobri a diferenciação entre gostar do que se faz, mas odiar a obrigação de fazer. Eu gosto muito do que faço — sério, trabalhar com a Camila, o Pedro Pacífico, o Bruno, o Silvio lá da editora Instante, é muito bom. E é bom porque eu tenho liberdade para ser criativa, para colocar de alguma forma o meu jeitinho nas coisas que produzo. Eu, pela primeira vez na minha vida profissional, tenho orgulho do que faço e confiança no que eu faço. E se sentir útil assim é bom. Pensar que, de um jeito ou de outro, contribuo com algo no mundo. Isso me deixa feliz. Porra, eu escrevo semanalmente aqui, para 30 mil pessoas. Eu jamais imaginei que chegaria nesse patamar. Como não gostar disso?
Só que trabalhar é algo que ainda me desanima todo domingo à noite. Eu me animo com feriados mesmo tendo que trabalhar em feriados, mas nesses dias posso pelo menos ignorar tarefas com a desculpa de que ninguém está trabalhando. Mas quando chega a segunda-feira, eu faço de novo. Eu sento, escrevo, tiro infinitos prints de estatísticas do Instagram. E eu fico satisfeita com o que fiz, com a sensação de dever cumprido. E isso é bom.
Mas não vejo a hora de não precisar fazer mais nada por dinheiro.
Ps.: Queria falar aqui sobre essa relação com trabalho que eu considero absurda, de dedicar toda a vida a ele. Essa cultura LinkedIn de apenas respirar negócios, ignorando a própria vida. Mas não coube nesse texto, então fica para uma próxima.
Aí vai a dica
Dicaize
Para quem gosta de ler newsletter – vocês, já que estão aqui numa newsletter –, hoje vou indicar a Tá Todo Mundo Tentando, da Gaía Passareli, com crônicas sobre essa nossa vida em que estamos todos tentando… Tentando o quê? Bem, tentando viver, né.
Ela também é autora da news Paulicéia, que traz entrevistas bem legais, reportagens e dicas culturais de São Paulo. Acompanha aí!
Pod Ouvir
É Nóia Minha?
Apesar de falar de fracasso, esse episódio foi um sucesso. Com Raquel Real e Babu Carreira compartilhando suas nóias sobre fracassar. Dá o play!
Calcinha Larga
Tivemos uma convidada global, Karine Teles, para falar sobre por que os filhos cobram mais as mães do que os pais, e também sobre se posicionar toda hora na internet. Escuta!
Ppkansada
Falando em internet, dá para manter a sanidade nesse local onde não para de aparecer treta? Aí teve um papo entre Taize, Bela, Bertha e Alana Azevedo sobre isso. Acompanhe.
Indiscutível
Nada a dizer, tudo a discutir. Mais um episódio indiscutivelmente perfeito.
Aurrevuá
Mais uma semana de produção de conteúdo entregue com sucesso. Fala sério, nós somos muito produtivas.
Então merecemos fazer absolutamente nada neste fim de semana. Desejamos isso para vocês. Não nos peçam nada.
Beijos,
Camila, Bertha e Taize