Associação dos Sem Carisma #120
Caderno Sem Carisma
O momento chegou: agora você pode esbanjar falta de carisma em forma de papelaria.
Junto com a Marisco, lançamos o Caderno Sem Carisma! E também um pack de adesivos para sair colando por aí.
São dois modelinhos de cadernos e 4 adesivos que podem ser colocados no computador, caneca, garrafinha, testa do colega… E o caderninho é perfeito para ficar rabiscando coisas durante a reunião, levantar levemente a capa para demonstrar sua falta de carisma, se abanar assim como quem não quer nada…
Agora, se você está sem ideias do que anotar no seu caderno, aqui vão algumas sugestões:
Agora só vem aqui no site da Marisco para garantir seu caderninho também! Dá para comprar o kit completo, com os dois cadernos e os adesivos, ou avulso!
Nossa falta de carisma saúda a sua falta de carisma. <3
Chefes da web
Por Camila Fremder
Toda vez que eu abro uma caixinha de perguntas, alguém — que ainda acredita na escritora que existe em mim — pergunta quando eu vou lançar meu próximo livro. Nem eu mais acredito que um belo dia (na verdade, vários belos dias) eu finalmente irei tomar vergonha na cara para terminar esse livro. Normalmente, a escorpiana aqui ficaria com um pouco de raiva dessa pessoa cobrando algo, essa espécie de chefe da web (uso o termo “web” pois sou antiga, vocês sabem). Mas hoje venho agradecer a você que ainda tem alguma esperança de que isso vá acontecer. Por sua causa ando sentindo muita vergonha do meu desleixo com a escrita, talvez até te dedique esse livro que, segundo seu incentivo, irá algum dia sair.
Então me comprometo aqui, por escrito. Agora vai! Não dá mais, você está coberta de razão, e olha que é realmente difícil para uma escorpiana dizer isso. Amanhã já reservei a minha manhã (e quando fui escrever a palavra “manhã” eu escrevi a palavra “mãe”, olha que ato falho perfeito) para retomar aquelas páginas que nem lembro mais o que têm escrito. Continuem me cobrando. Obrigada por tudo.
PS: Se eu fizer um evento pra autografar os caderninhos Sem Carisma vocês iriam? Sim, o caderno está vazio e nós somos todos Sem Carisma, mas não deixa de ser uma boa desculpa pra ficarmos ao vivo juntos e sem traquejo social.
Fui num show de reggae
Por Taize Odelli
Eu sou uma pessoa sem carisma. Vocês sabem, meus amigos sabem, Jesus, Diabo e Mariah Carey sabem. E eu não ouço reggae. Mas no último sábado, eu fui num show de reggae.
Obviamente não fui por vontade própria. Meu consagrado é que gosta do ritmo e quis porque quis me levar junto. Pensei: "bem, vamos viver essa experiência". Saímos de casa às 23h — o que para mim já é um absurdo. O show começaria depois da meia-noite — COMO ASSIM, GENTE?
Mas foi botar o pé dentro do local e em poucos minutos eu estava cativada. Os DJs lá mandando várias reggera e eu já balançandinho, gin tônica na mão. Eu sou fumante e m*********, e quando vi as fumacinha subindo no meio da galera já me senti acolhida. Nada melhor do que não precisar sair para fumar.
Logo eu já estava tentando cantar músicas que nunca ouvi na vida. Ficava olhando o pessoal lá curtindo, dançando como se ninguém estivesse vendo, todo mundo sorrindo, aquela sensação de que o ser humano é bom e nada de ruim vai acontecer. Me senti segura e feliz. E chapada.
No show, fomos pro mezanino e ficamos lá de boas. Deu até para sentar quando bateu a canseira — é fundamental ter lugar para sentar. E segui lá, cativada pelo reggae.
Viver experiências completamente diferentes do que você costuma fazer pode trazer várias surpresas. Das más e das boas. E fiquei bem contente de ter me deixado ser convencida a fazer aquilo. É bom demais se sentir confortável em um lugar, e olha que eu estava no meio de uma multidão — o que dá certo nervoso, né? Ainda mais agora. Eu sempre fiquei tensa em lugares cheios por estar alerta o tempo todo. Cuidando para eu não ser roubada, assediada, esfaqueada, sei lá.
Só que dessa vez foi bom, foi gostoso, aproveitei mais do que o consagrado, tanto que ele foi o primeiro a dizer "bora pra casa?". E ainda levei o copo de gin pra casa, porque não tinha onde deixar quando terminou e coloquei na bolsa. Perdão pelo furto.
Quer carisma? Vai num show de reggae.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Por Bertha Salles
Hipocondríaca aos 28
No primeiro É Nóia Minha? que participei, junto da Amanda Ramalho, me declarei como totalmente e nada hipocondríaca. Famosa come terra, passa semente de melancia na vulva — aliás, quem lembra dessa?
Pois é, os anos passaram e eu aparentemente mudei — após mais de dois anos de pandemia e alguns anos a mais na carcaça.
Nesta pandemia já achei que estava morrendo mais de 200 vezes, e a última vez foi nessa semana, onde cheguei a esta belíssima conclusão: sou uma nova hipocondríaca.
Acordei com a garganta pegando um dia, o que é "médio" normal, pois fumante, né. Mas, segurei a minha onda e fiz só dois testes de COVID, RS, e deu negativo, que fique claro.
Surtei metade das minhas amigas dizendo que ia morrer e segui daquele jeitão.
Essa semana acordei sem voz, depois de uma ressaca muito braba, que parecia uma chikungunya.
E de novo, o quê?
Achei que era morte. Fiz mais um teste de Covid. Negativo.
Pronto, só podia ser morte mesmo.
Fui parar no P.S, dor no peito, coração acelerado, fora a falta de voz e a tosse infinita, dois dias sem dormir e aquelas coisas, e enquanto esperava dar a minha vez comecei a matutar mil ideias, planos de como ia me cuidar, avisar a minha família que estava morrendo, ou explicar pra moça que estava ao meu lado que eu estava a ponto de morte.
Por fim, passei no médico e era só uma nasofaringite mesmo.
Me apavorei à toa, e pensei “poxa, eu não era assim”.
É, sempre estamos a ponto de mudar, né?
E com os 28 veio aí: A hipocondríaca.
Anota essa dica no seu Caderno Sem Carisma
Dicaize
Já que falei de música, deixa eu recomendar aqui o novo álbum do Harry Styles, Harry's House. Tá gostosinho demais, a primeira música já dá muito o clima. Só escuta.
Bebedicash
ASSISTAM RUPTURA NA APPLE TV!
Acabei a série dirigida pelo Ben Stiller antes de ontem e só digo mais uma coisa: ASSISTAM!
Aproveita e anota no seu caderninho novo da Associação dos Sem Carisma BA-BA-DO essa dicona de série para assistir.
Transcreva esses podcasts no seu Caderno Sem Carisma
É Nóia Minha?
Essa semana teve Marina Person e Mari Camardelli para conversar sobre ser madrasta. Dá o play!
Calcinha Larga
Hel, Camila e Tati receberam o psicanalista Alexandre Patrício para falar sobre o respeito aos filhos e a nós mesmas. Ouve!
Ppkansada
Bertha, Bela e Taize falaram com a Dina Prates sobre a caótica vida financeira da jovem mulher. Ouça e poupe!
Indiscutível
E o indiscutível podcast Indiscutível chegou no último episódio da temporada sendo discutido por Camila e Déia. Discuta!
Atenciosamente nos despedimos
E chegamos ao fim de mais uma edição desta newsletter tão desprovida de carisma.
Aquele grande beijo para a Marisco por realizar o sonho do nosso caderno próprio, e a você por estar sempre aqui lendo. Agora vai lá comprar o caderno para que esta newsletter continue a ser gratuita — ela sempre será gratuita, mas a ameaça também é uma estratégia de marketing.
Até semana que vem e beijos,
A gente.