Associação dos Sem Carisma #129
Sinais de que o date vai ser ruim
Quando marcamos o date, vamos na esperança de que ele será bom – e no medo de ele ser ruim. Porque tudo pode acontecer, né?
Mas se você está cansade de sair e sofrer humilhação, saiba que há sinais que podem indicar que o date vai ser uma furada. Confere aí!
Lista VIP
Por Camila Fremder
Eu tô com uma Nóia (e eu gosto de escrever com N maiúsculo) de que qualquer conversa de bar, jantar, reunião, a gente sempre cai na Dra. Deolane. Aí fiquei lembrando dessas pessoas que eram sempre assunto no passado, sabe? Tipo a Kelly Key, a gente já foi mto obcecado por ela — e consequentemente pelo Latino, que virou digno de esquecimento, me perdoem.
Talvez isso seja apenas uma NOIA MINHA, mas aí fiquei doida lembrando de muitos outros: Mauricio Mattar, Alexandre Frota, as mulheres fruta como um todo… Enfim, vamos continuar essa lista lá no nosso grupo do Telegram?
Qual é o seu número?
Por Isabela Reis
Arrisco dizer que sou de uma geração que aprendeu que é legal ser 8 ou 80. Você também cresceu com essa impressão? Não sei se foram as trilhões de vezes que ouvimos “complicada e perfeitinha” ou se foi o glamour em torno de ser uma mulher intensa ou de personalidade forte. Fato é: tudo tem que ser preto no branco e que se fodam todos os tons de cinza. Parece bom, mas é péssimo.
Não sei o que deu nos jovens — me incluo nessa — de achar que a vida é um eterno TUDO ou NADA. Ou eu me formo com 22 anos na faculdade ou minha vida acabou. Ou eu tenho certeza da minha trajetória profissional aos 17 anos ou serei uma eterna fracassada. Esse relacionamento fadado a terminar precisa dar certo porque eu nunca mais encontrarei outra pessoa. Ou eu ganho um milhão de seguidores e fico milionária em um ano ou é o meu fim. Gente, o que é isso?
A minha mente vai muito longe tentando entender esse fenômeno. Faz parte da juventude forjar essa personagem intensa, quase incendiária? Porque, né, quem nunca? Mas será que a gente não tá levando isso a sério demais ou fazendo hora extra nessa crise de imaturidade do começo da vida adulta? Ou foram as redes sociais e esse ciclo vicioso de se comparar com a vida dos outros que nos levaram a esse ponto em que nada é suficientemente bom em nossas realidades?
Longe de mim falar que “precisamos curtir o processo”. Se a jornada for um perrengue desgraçado, quero mais que se foda a curtição. Mas quanto do nosso modelo de sucesso, de realização, de felicidade está sendo pautado na régua do outro — que, muitas vezes, a gente sequer conhece? Será que você quer MESMO esse 80? Pensando melhor, o oito não tem mais a ver contigo? Ou, sei lá, o 37?
Acho um porre esse papo de “buscar o equilíbrio”. E se eu quiser mesmo viver a 200km/h, ser 80.000 ao invés de só 80? Minha defesa é que, então, façamos as perguntas certas. Deus me livre ser 80. Juro. Mas demorei pra descobrir isso. Não ficarei milionária se isso depender de trabalhar aos finais de semanas e dormir 4h por noite. Não quero ter um milhão de seguidores por nada no mundo. Não quero me doar por inteiro, não quero esticar a corda, não quero ter um burnout. Se é esse o caminho pra ser o 80, prefiro o 8. Pera, também nem tanto, vai….. um 55 tá bom pra mim.
5 musicais
Por Taize Odelli
Dentre muitos interesses aleatórios – Fórmula 1, astronomia, acidentes aéreos e afins –, um em particular são os musicais. Não os filmes tipo High School Musical ou Camp Rock, mas sim os da Broadway mesmo. Ao vivaço. Como pessoa de origem humilde que veio do mato, eu não tive muito contato com esse tipo de musical porque né, meio do mato. E a internet demorou para entrar na minha vida, e quando entrou era discada, jamais daria para baixar um bootleg.
Foi usando o Instagram que comecei a ver trechos dos espetáculos e fui conhecendo alguns que, até hoje, figuram na minha playlist. Pela história, pelas músicas divertidas ou emocionantes. Eu sei que muita gente acha besta, como assim sair cantando e dançando do nada, mas pô, é foda demais. Os cara tão metendo um falsete e segurando o fôlego por 15 segundos e ainda atuando e dançando. Os atores dos musicais, pra mim, são os atores completos – e muito ator famoso de hoje começou justamente numa Broadway da vida, né?
Pois hoje quero indicar meus musicais favoritos. Segura aí.
Six
Fazem duas semanas que apenas cantarolo "Get Down" e "All You Wanna Do", duas das músicas desse espetáculo que nasceu no West End, a Broadway de Londres. Já indiquei aqui antes, mas para quem não viu: as seis esposas do rei Henrique III se encontram e disputam a liderança de uma fictícia girl band formada por elas – enquanto contam todos os perrengues que passaram ao lado dele. Cada esposa é inspirada em alguma artista pop, como Ariana Grande, Adele, Alicia Keys, Lily Allen… As músicas são todas contagiantes, os figurinos maravilhosos, e o musical é como se fosse um show mesmo. Amo a versão original do West End (essa do vídeo), mas ultimamente ando consumindo mais a versão da Broadway.
Fiquem aí com a primeira música para terem uma ideia do enredo.
Hamilton
Claro, tem que ter. Foi a minha primeira obsessão com um musical da Broadway, o segundo criado pelo Lin-Manuel Miranda. Nele ele conta a história do Alexander Hamilton, um dos fundadores dos EUA e primeiro secretário do tesouro dos States. A peça é "narrada" pelo Aaron Burr, vice-presidente que matou Hamilton em um duelo – não é spoiler se aconteceu quase 250 anos atrás, além desse fato ser jogado na sua cara logo na primeira música. Parece chato e sem sentido um musical sobre ISSO, mas Hamilton é todo feito com inspiração no hip-hop, R&B e pop. É a versão milionária das musiquinhas que seu professor de História fazia pra você decorar as coisas. Ah, e dá para ver inteirinho no Disney+ com o cast original.
Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812
Ah, esse aqui é especial. Primeiro porque ele é baseado em um capítulo de Guerra e paz, do Tolstói, e segundo porque eu tive a oportunidade de ver a montagem brasileira dele. Também conheci pelo explorar do meu Instagram, e ele tem um formato todo diferentão, com um palco circular e os atores tocando junto com a banda, misturando uma sonoridade russa com música eletrônica. Natasha é uma mocinha boa que tem um noivo lutando na guerra, mas se sente atraída por um carinha quando chega em São Petersburgo. Pierre é um burguês quarentão que sempre tá bêbado e tá passando por uma crise existencial. E aí a história vai indo. Músicas maravilhosas, umas bem tristes e outras bem dançantes.
O fantasma da Ópera
Olha, esse eu sempre soube que existia, e apesar de amar suas músicas mais famosas, nunca dei tanta atenção pra ele. Aí fui à trabalho assistir a montagem aqui em São Paulo e, mesmo sentada lá no alto do teatro, eu achei fascinante. Sério, o lustre enorme subindo no começo, piscando, com o som do órgão fazendo TAN TAN TAN TAN TAN, e o tempo voltando e o teatro antes destruído sendo remontado. Meu deus, me arrepia só de lembrar. Bem, o enredo também envolve garota jovem e bonita e homem mais velho, mas aqui a coisa é obsessiva né, já que o fantasma fica apaixonado pela guria e persegue ela. Mas pô, que espetáculo.
Heathers
Lembra do filme dos anos 1980? Pois é, o musical é uma adaptação dele. A trama deu uma atualizada no tempo, mas a premissa é a mesma: Veronica cai no grupinho das bam-bam-bam da escola, um trio formado por três meninas que se chamam Heathers. Elas são bem escrotinhas, e Veronica acaba matando a líder delas acidentalmente. Gente, essa história já começa com esse assassinato, então imagina o que virá depois. E claro, as músicas são ótimas. Ao invés de colocar a abertura aqui, vou botar "Candy Store" porque ela passa mais a vibe do que é o musical.
Ai gente, é isso. Até ficou maior do que eu pretendia.
Mas é isso, vejam musicais. <3
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Por Bertha Salles
Essa semana, segunda de agosto, eu consegui concluir uma bateria de exames que se iniciou em maio… MAIO!!!!!! Sim, em maio.
Calma, sem carismers, é apenas um checkupzinho tranquilo, daqueles que a gente deveria fazer anualmente.
Mas cara, como é difícil fazer e concluir os seus exames e ir ao médico quando você é adulto, mesmo que UMA VEZ AO ANO.
Era tão simples quando a minha mamãe marcava tudo para mim, e ainda me levava ao médico, ficava lá comigo, se certificando de que eu tinha falado tudinho.
Isso quando ela ainda não se metia no meio, perguntando para o médico se era normal eu entupir tantas privadas por tantas vezes… Dessa parte eu não sinto falta não, porque era vergonha atrás de vergonha e a minha mãe, assim como eu, fala mais que o homi da cobra e não tem papas na linguinha, kk.
Voltando ao cerne dessa questão, eu falei com alguns amigos que estão por volta dos 30, assim como eu, e parece que todos, ou sei lá, 8 de 10, compartilham dessa mesma dificuldade desde que se tornaram adultos funcionais e responsáveis pelo seu próprio cocô que entope privadas ou não.
E esse texto é um recado para que a gente se organize, pare de terceirizar ou sobrecarregar alguém com os nossos B.O’s (quando eu digo alguém, provavelmente essa pessoa vai ser uma mulher. Desculpa, mãe, kk). Se cuide e tome vergonha na cara!
Beijos e façam seus exames!!!!!
Dicaaaaaaaaaas
Belatips
O episódio #211 - Você tem medo do próprio sucesso?, do podcast E aí, gay?, foi a fagulha dessa reflexão sobre sucesso. Estou a semana inteira voltando e voltando nesse assunto internamente. No episódio, Thiago, Dantas e Paulo também conversam sobre o que é sucesso pra cada um deles. Vale super a pena!
Dicaize
Semana passada perdemos o querido Jô Soares, que era uma simpatia. Eu assisti muito ao Programa do Jô — ainda jovem demais para ter visto Jô 11 e Meia —, minha mãe até lembrou que eu dizia que queria ser entrevistada por ele um dia. Acho que muito da minha vontade de ter feito jornalismo veio dele, pois admirava muito como ele conduzia a conversa — aí estudando descubro que sou péssima entrevistadora. Essa semana vendo o Diva Depressão vi esse vídeo com as entrevistas mais icônicas do Jô, e nossa, como morri de rir. Fica aí para você ver também e já sentir saudade do Gordo.
Para ouvir
É Nóia Minha?
Mais uma rodada de dates ruins da audiência lá no Nóia. E aí, já fez o bidê?
Calcinha Larga
A deusa Isabel Teixeira foi a convidada da semana para conversar sobre ouvir áudio na velocidade 2. Ouve lá!
Ppkansada
E as ppkers receberam Dandara Pagu para bater um papo sobre terapia e autoconhecimento. Deixa o seu play!
Nos vemos logo mais
Uhul galerinha! Não, a gente tá só fingindo animação mesmo. Mas oh: gratidão, viu? Por ler, por compartilhar, por participar do nosso Telegram e seguir a gente no Instagram e no TikTok.
Caso você não esteja fazendo isso, retiramos a gratidão. Vai ser só uma gratidinha mesmo.
Beijos,
Camila, Isabela, Bertha e Taize