Associação dos Sem Carisma #154
Corações perdidos no Carnaval
Por Camila Fremder
*publi
Já que o sem carisma costuma não sair muito de casa no Carnaval, para evitar cruzar com blocos ou apenas porque aproveita para ficar em casa, precisamos ter com o que nos entreter, né? Pois vou aproveitar aqui para deixar uma dica de leitura ótima para você ler no feriado.
Li Os corações perdidos, da autora Celeste Ng, que foi lançado aqui no Brasil pela editora Intrínseca, e posso dizer que é um livro que não só deixa seu coração perdido, mas também acaba confundindo toda a sua cabeça. A fantástica autora de Tudo o que nunca contei e do bestseller Pequenos incêndios por toda parte – que até virou série com a Reese Witherspoon —, nos leva agora por uma jornada intrigante em um futuro distópico. Com personagens sensíveis e uma trama bem amarrada, o livro conta a história de Bird, um menino de 12 anos, filho de um homem branco e uma mulher oriental, que sumiu do mapa quando Bird tinha apenas 9 anos.
O garoto tenta lidar com esse abandono materno, até que recebe uma carta misteriosa que pode revelar o sumiço de sua mãe. O que posso adiantar é que, por trás de tudo, você vai encontrar xenofobia, disputas de poder, injustiças e muito mistério. Durante a leitura fui tomada por uma enorme sensação de impotência, e o mais assustador é que tudo o que acontece é um retrato atual das ilegalidades do mundo.
Os corações perdidos é um livro para quem gosta de drama, suspense e reviravoltas. Só não se esqueça de ter um amigo por perto para discutir o final, pode me chamar inclusive, viu?
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Por Bertha Salles
Nunca fui muito fã de Carnaval, mas eu não sei o que está acontecendo comigo no último ano em que eu me tornei uma rolezeira, e o bichinho do Carnaval me picou.
E que picadona ele tem, né? RSSSS
O lance de ter uma data em que rola essa pressão de VOCÊ TEM QUE ESTAR FELIZ E ANIMADO! TEM QUE COMEMORAR! TEM QUE SAIR! TEM QUE PEGAR TODO MUNDO! MAS VOCÊ NÃO FICOU COM NINGUÉM?
Me apavora um pouco, sabe?
O que é estranho, porque adoro ano novo, aniversário e pegação, Kkk. Mas no Carnaval, especificamente, me dava uma deprê esquisita isso.
Ruas lotadas, metrô lotado, busão lotado, trânsito que não anda e lotado de gente completamente maluca de tudo. Me parecia uma forçada de barra.
Mas acho que depois de dois anos de pandemia, e tendo esquecido desse feriado, deste move, eu acho que desbloqueei o trauma e entendi tudo.
Carnaval é sobre ocupar a rua, os espaços, e mais uma oportunidade de celebrar a cultura, a música, os nossos corpos, que a gente tá vivo. Caracas, eu fui muito tilelê agora, me desculpem.
GRATILUZ!!!!!111
Fui picada mesmo por esse bichão, já tô me transformando num bicho de glitter, beijoqueiro e cheio de amor pra dar.
Viva o Carnava!!!!
Reclamar de homem
Por Taize Odelli
Esses dias no Instagram abri uma caixinha de reclamações – pois tenho o podcast Santa Reclamação de Cada Dia, né – e me mandaram o seguinte: reclama de homem. Pois né, com o Ppkansada eu passei a reclamar bastante de homem. Quer dizer, dos 21 anos de idade pra cá, reclamar do setor masculino do universo virou uma constante.
Porque motivos não faltam, né? Só que aí, pensando nessa questão, cheguei à conclusão de que eu não tenho do que reclamar sobre os homens agora. Não dos que eu estou saindo e convivo. Tipo, a vida tá tranquila, sabe? Não tem nenhuma nóia rolando com os caras – embora eu fique meio preocupada quando não respondem, claro, mas pensando que podem ter morrido mesmo (drama). Mas de resto, nada a reclamar.
Talvez seja porque hoje eu seleciono muito bem com quem vou me relacionar. Já observo alguns sinais, e se algum ligar o alerta de cilada, eu já caio fora. Talvez porque eu deixe bem claro agora o que eu quero de uma relação – sair, se divertir e transar. Talvez seja porque eu parei, também, de ficar idealizando as coisas e esperando deles algo que provavelmente não vão me dar.
Tem isso, né? Quando todos os homens são escrotos, ruins, sem responsabilidade emocional, aí sim vai ser difícil você se relacionar com um, pois já partimos do princípio de que sairemos com mais um homem que vai desgraçar nossa cabeça. E eu meio que parei com essa. Não vou ficar esperando juras de amor, atenção plena, dedicação. Na verdade, nem gosto muito disso – acaba sufocando em algum momento. Mas entende como a gente se coloca em ciladas por ficar também toda hora se preocupando com essas coisas?
Não tô defendendo homem aqui não, tá gente? É só que tem vezes o problema vem sim da gente. Das expectativas irreais, das análises de cada meme enviado pelo WhatsApp, de tentar decifrar o que está dentro da cabeça do outro. Achar que tudo vai ser como você imaginou. Ou pior: achar que VOCÊ vai dar um jeito nesse cara escroto, que vai virar um grande homem por SUA causa.
Não vai. Não vai mesmo. Isso vem como um estalo: realmente, eu não sou tudo isso. E ele também não é tudo isso. E existem muitas pessoas legais no mundo. E se você tiver sempre um bom diálogo com essas pessoas legais, é capaz de não ter muitos motivos para reclamar depois. Pois é, gente: hoje eu não estou reclamando de homem. Tô é curtindo eles mesmo.
Ps.: Texto válido até algum homem me der motivos para reclamar.
Para a trilha sonora do seu Carnaval
No É Nóia Minha? a presidenta Camila chamou Helen Ramos para contar seus perrengues de Carnaval e avaliar os perrengues da audiência. Dá o play!
No Ppkansada, Bertha, Bela e Taize convidaram o trisal Isa, Íris e Igor para falar sobre como é um relacionamento a três. Ouve aí!
Nossa conselheira de plantão Bela Reis fala sobre aproveitar a vida enquanto se constrói um futuro. Olha que profundo!
E já que estamos no Carnaval e acabamos de passar pelo Valentine's Day, a Taize reclamou sobre quem só fica pedindo namorado o tempo todo.
Que cada um pule no seu bloco
E é isso, gente! Vamos aproveitar esse feriado para ser feliz, seja na rua, seja no sofá. Seja no sambódromo, seja no streaming. Seja no perrengue, seja no conforto do nosso lar. Apenas seja…
Aquele muito obrigada para a Intrínseca que apoiou nossa news de hoje, e vão lá conhecer o novo livro da Celeste Ng porque ela é maravilhosa.
Beijos,
Camila, Bertha e Taize
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