Associação dos Sem Carisma #165
Como se redimir pela sua obra
Fazer obra é aquela coisa que vai drenando o carisma lentamente, com a animação da mudança se transformando em caos. Mas sabe o que é pior? Passar meses ouvindo barulho de obra sendo que ela não está acontecendo na sua casa!
A vida em sociedade faz com que todos passem por essa situação em algum momento da vida. Se você mora em uma região metropolitana, provavelmente vai passar pelo perrengue OBRA ALHEIA várias e várias vezes durante sua jornada neste planeta.
As obras não vão parar, e pensando nisso, preparamos esse pequeno manual de boas maneiras do cidadão em obras para reconquistar o carisma dos vizinhos. Faça barulho, mas não seja um chato.
Jornews vem aí
Oi, gente!
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Ela está prevista para outubro desse ano, e estamos animados demais com isso. Nosso Jornews Sem Carisma é gratuito e tem não só colunas, mas também entrevistas e jogos para passar o tempo (longe de telas, de preferência). Se você topar recebê-lo, basta informar seu endereço completo no link, assim teremos noção da tiragem dele.
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Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
O Retorno de Saturno me mandou um recado
O meu aniversário está chegando, e vocês sabem que, como boa farsa dessa Associação, é óbvio que eu amo comemorar essa data.
Mas parece que o Retorno de Saturno está realmente agindo (ele acontece entre os 27 aos 30 anos), e pela primeira vez em anos não me sinto animada para esse dia TÃO ESPECIAL (kkk). Fuén.
Até tentei me forçar a fazer um evento, uma comemoração, mas não deu muito certo.
O dia em si, vai ser no Dia das Mães, e todo mundo ou a grande maioria vai estar com a família, aí eu resolvi fazer na sexta anterior, mas surgiu um trabalho que vai ocupar o dia e a noite inteira.
Pensei então se não era um sinal.
Tipo, estou bem feliz com o fato de ter aparecido um trabalho legal e de passar o Dia das Mães com parte da família que amo, mesmo. O que me levou a enxergar isso de outra forma, como se fosse “só” a vida acontecendo e me mostrando que talvez não seja somente sobre isso, e que também existem outras formas de celebrar?
Não precisa de um dia, uma data específica, uma comemoração de um jeito ou de outro para ser especial, sabe. Isso não é um fator determinante.
Bom, a verdade é que nada do que eu disse acima é 100% válido porque ainda estou pensando se faço algo, um negocinho. KKKKKKKK
Acho que apenas entendi que, se eu não fizer nada, tá tudo bem também!
Preguiçosa
Recebi no Instagram o seguinte comentário:
"Cara, você fala que é preguiçosa, mas onde você arruma tanto tempo para ler???? E escrever, e cuidar dos bichos, e comer, e viver e, sei lá, lavar a roupa?????"
Confesso que fiquei feliz com essa mensagem, ainda mais depois de um dia me sentindo uma pessoa inútil – TPM e falta de medicação. Quer dizer, então, que as pessoas me veem como uma trabalhadora que faz altas coisas? E eu aqui, sentada de novo vendo um vídeo sem sentido no YouTube? Estou enganando bem, né.
Mas pior que não é enganação. Eu faço bastante coisa mesmo. Eu leio, eu gravo, eu edito, eu monto, eu respondo, eu tiro print, eu penso, eu penso, eu penso, eu crio, eu escrevo, eu passeio com o cão, eu limpo a areia dos gatos, eu limpo a casa – eu só não faço comida. Por mais que as coisas que eu faça não me demandem muito esforço físico, o esforço mental é gigantesco. Talvez por isso eu fique tanto tempo presa ao sofá, à cama, porque a energia que eu tenho vai toda pra manter o cérebro funcionando.
É aí que eu me sinto preguiçosa. Sigo ainda na guerra intensa de levantar a bunda do sofá e ir para a academia, e a preguiça vem ganhando. Não sou 100% sedentária porque pelo menos caminho bastante, mas eu deveria estar fazendo mais.
Eu deveria estar fazendo mais. Outra frase que digo o tempo todo, e por isso me considero uma pessoa preguiçosa. Eu poderia estar transformando uma ideia em um projeto. Eu poderia estar escrevendo um livro. Eu poderia estar escrevendo um ensaio sobre algo que muito me interessa. Eu poderia estar ganhando mais dinheiro. Eu poderia, mas eu quero? Minha cabeça é cheia de ideias e de coisas que eu adoraria fazer, mas não faço por não ter o conhecimento adequado, ou o tempo, ou os meios. Ou porque tenho medo mesmo.
Me coloco como preguiçosa porque eu sinto que eu poderia estar fazendo mais e melhor do que eu faço hoje, mas ao mesmo tempo sei que eu já faço coisa pra caralho, e bem. Então será se eu sou preguiçosa mesmo? Ou só estou me enxergando sob a lente de uma sociedade que cobra que a gente faça coisas o tempo todo? Ou culpar a cultura deturpada do trabalho é uma justificativa bonita para a minha preguiça?
E aí, você diria que eu sou preguiçosa ou não? Porque agora eu fiquei confusa…
Eu quero uma vida de loira platinada
Moído por mercúrio retrógrado
Tempos atrás estive em reunião com a mother of charisma Camila Fremder e fiquei sabendo que tempos sombrios estariam por vir. Nesse caso, Mercúrio retrógrado. Para quem não entende muito de astrologia, esse período do ano também pode ser chamado de karma, castigo do monstro, teste do Universo ao seu amor à vida, e ele dura até o dia 15 de maio. No meu caso, já estava aterrorizado logo antes desse momento chegar, mas o pior ainda estava por vir.
Logo na chegada de mercúrio retrógrado, minha simples semana de loira platinada foi tomada por problemas rotineiros que causaram muita dor de cabeça, como chuveiro queimado, vazamentos no banheiro, obra no vizinho, laptop em que escrevo esse texto precisando ser formatado por causa de um vírus da web que foi instalado enquanto eu assistia Casa de cera, com participação da Paris Hilton, e Ubers que cancelaram a corrida ASSIM QUE EU ENTRAVA NO CARRO. O caos foi tão bem instalado que eu me senti em um episódio super tenso de The Real Housewives of Beverly Hills.
Apesar do estresse e do gasto de 400 reais em questões insuportáveis, consegui me virar nos trinta segundos da vida e resolver todos os BO’s como a pessoa adulta que finjo ser. É claro que nem tudo foi sozinho, mas acredito que pedir socorro chorando para a mãe é o que adultos fazem quando um chuveiro queima. Agora, no meio dessa montanha russa mercurial, a nóia que persistiu foi a seguinte: será que, se a Camila não tivesse me contado, os efeitos do Mercúrio retrógrado teriam me atingido? (Olha eu botando culpa nela.) Eu sei que não, mas existe uma parte de mim que ainda acredita que a ignorância possa ser uma benção.
Escrevo esse texto ao som de uma furadeira e implorando por boas energias, mas meu principal objetivo aqui é te alertar sobre esse momento. Agora não é hora de comprar um celular novo, usar um vape, fechar um negócio, ter DR com amigo, whateversss! Agora é hora de agradecer pelo que tem e rezar para que o seu chuveiro continue soltando água quente quando você chegar em casa. No entanto, se a ignorância realmente for uma benção, finja que não leu esse texto para garantir que tudo permaneça intacto.
Cola aqui seu ouvidinho
Esse é o nosso espacinho para divulgar os podcasts das sem carismers da equipe. Não deixa de seguir cada um lá no seu Spotify e deixar aquelas 5 estrelas de avaliação. É muito importante para nós! <3
Aliás, votem aqui no É nóia minha? para ele ser um dos 10 finalistas da categoria Podcast no Prêmio Ibest!
O caos da obra é o tema do É Nóia Minha? dessa semana, e a Camila chamou a Maqui Nóbrega para conversar sobre isso e comentar as casos da audiência.
No Ppkansada, Bertha, Bela e Taize chamaram a maravilhosa Robertita para falar sobre corpo e autoestima. Ouve aí!
No Conselhos que você pediu, a Bela falou sobre não estar preparada para o presencial. Dá o play!
E no Santa Reclamação de Cada Dia, a Taize fez um compilado do que mais irritou em abril.
Tchauzinho
E aí, gostaram da novidade do nosso Jornews Sem Carisma? Estamos animados mesmo para esse projeto novo, esse retorno ao impresso, essa pequena revolução contra os celulares e a internet.
Mas, por favor, continuem também aqui no online com a gente. <3
Obrigada por ler até aqui no final! Super-beijos,
Camila, Bertha, Claudio e Taize
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Quero já a Jornews, não vejo a hora!!! ♥
Gente, amei muito o Jornews! Já me inscrevi pra receber *-*