Associação dos Sem Carisma #168
Frases para uma casa sem carisma
Um clássico da decoração da casa brasileira são os objetos com frases bonitas, inspiradoras, motivadoras, de amor à família e ao lar. Toda casa de vó, pelo menos, tem vários desses itens por aí.
Mas a gente aqui da associação não é lá muito afeita às frases de impacto positivo, né? Então aqui vai uma rodada de ideias de frases para você bordar por aí e usar na sua decoração: como um quadro, uma almofada, um paninho de prato….
Tchau!
Eu nem sei como dar essa notícia, mas contrariando tudo a meu respeito, comunico que irei tirar férias e, pasmem: viajar!!! Aí vocês irão pensar “ah, deve ser só durante um final de semana, ou quem sabe um feriado rápido e tals". Mas não, eu realmente vou viajar e ficar 12 dias fora (doze dias, isso mesmo).
Estou feliz e muito cansada, então realmente estou pronta pra essa aventura tão estranha pra mim, como vocês devem imaginar. Vou sumir só um pouquinho, posso? Desligar a cabeça (e o celular), voltar renovada e animada pra fazer mais 37 projetos pra entreter vocês! É só na semana que vem, mas como curto dar uma satisfação, tô aqui me explicando. Eu vou, mas eu volto, com muito mais!
Rompa com seus pais você também!
Essa semana, abri uma caixinha de perguntas no meu Instagram e me perguntaram: “Como você faz pra ser tão firme nas suas opiniões?”. E eu respondi: “Faça terapia e enfrente sua mãe. Depois que você parar de deitar pra sua mãe, fica tudo muito fácil". Menti? Não menti.
Não sei exatamente quando eu cheguei à conclusão de que esse foi um divisor de águas pra mim, mas sei exatamente quando eu rompi — ou comecei a romper — com minha mãe. Eu tinha 15 anos, detestava estudar, tirava só o suficiente pra passar de ano e tinha uma mãe que foi uma aluna exemplar. Enfim, a receita do caos. O caos foi tanto que acabamos as duas na terapia. Olhando pra trás, hoje vejo que foi ali que parei de tentar ter a aprovação da minha mãe em tudo o que eu fazia. Eu não queria estudar, eu só queria passar de ano e azar, ela que lidasse com isso. Foi o primeiro de muitos embates. Desde então, há 12 anos, eu e ela nunca mais paramos a terapia. E tenho certeza de que só por isso chegamos numa relação tão legal.
Estava ouvindo ainda agora o podcast Pra não passar em branco, apresentado pela Hariana Meinke. A convidada da semana foi a Titi Muller. Em dado momento, falando sobre separação, paternidade, casamento, enfim, ela falou uma coisa que abriu um terceiro olho em mim. “Enquanto o homem ainda tá muito grudado no papel de filho e ainda precisa suprir as expectativas da mãe e do pai dele e não pra esposa e pra o filho, ele não vai conseguir ser um pai suficientemente bom. O pai suficientemente bom corta, minimamente, o cordão com a mãe para conseguir olhar pra essa nova configuração familiar que ele tem”. Boom.
Eu sempre detestei homem amamãezado, mas nunca tinha chegado nessa reflexão e também nunca me relacionei com alguém assim. Mas, como fofoqueira lá no meu Conselhos que você pediu, me deparo incessantemente com esses casos. Mulheres reclamando de homens adultos completamente submissos às suas mães e alheios às suas responsabilidades na nova família ou ausentes no protagonismo familiar. Uma dificuldade imensa de assumir o lugar de adulto, de pai, de marido. Eternamente filhos.
E aí tudo se encaixou muito bem. A caixinha de perguntas, a fala da Tati e as reflexões de por que, pra mim, não foi nem um pouco difícil peitar as responsabilidades da vida adulta, por que não foi difícil assumir a maternidade, por que eu e Raphael nunca tivemos uma conversa oficial quando engravidamos sobre “putz e agora, vamos morar juntos?” e, na verdade, automaticamente entendemos que seria isso. Eu não sei quando foi o rompimento dele, mas nós dois somos rompidos com a expectativa das nossas mães e pais. A gente só faz o que a gente quer. E talvez seja isso que nos mantenha juntos. Na nossa casa, só cabe a gente.
Eu tenho uma mãe incrível, gigante, imensa, que parece um polvo, invasiva, que cuida muito de mim e de muita gente, que resolve os problemas de todo mundo, que sempre exigiu demais de mim, mais do que eu queria entregar, que nutriu expectativas muito altas, que me idealizou muito. E eu frustrei muito minha mãe, que bom! E também realizei demais ela, mas só no que eu quis. Essa foi a salvação da nossa relação, da minha individualidade, da minha maternidade, do meu casamento. Minha mãe ocupa o tamanho perfeito na minha vida. Nem mais, nem menos. E por isso a gente trabalha bem juntas, por isso ela é meu braço direito e esquerdo na minha maternidade, por isso eu não me senti insegura sobre meu jeito de criar meu filho, por isso ela é uma avó tão presente, por isso eu quero ela sempre perto, por isso que eu fico com saudade quando fico mais de uma semana sem vê-la. Mas pra chegar aqui, eu tive que romper, humanizar minha mãe e obrigar (rs) ela a parar de me idealizar. Não foi fácil. Mesmo. Só quem viveu sabe. Mas deu tudo certo. Rompa com seus pais você também. Vale a pena, eu prometo.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Fazia um bom tempo em que eu não ia viajar sozinha, pegar um voo mais longo, para outro país, 100% chica solita.
Tudo bem que chegando aqui do outro lado do oceano eu sabia que ia ficar na casa das minhas melhores amigas, néan, rs.
Mas o lance de você se preparar, se certificar de que a documentação está certa, a mala está pronta e não falta nada de essencial (calçolash, escova de dentsy, por mais que você possa comprar na viagem, dá mó raiva de esquecer kk), que o dinheiro tá trocado, os fones de ouvido carregados (PONTO MUITO IMPORTANTE!), o essencial pra mim é que nessas situações a gente encarne um estado de alerta para que, se rolar qualquer merda ou B.O. durante o trajeto, você tenha calma e expertise para resolver da melhor forma. Afinal, é só tu e DEUSH.
Existe esse ponto do estado de alerta, mas ao mesmo tempo existe um sentimento de liberdade muito grande em estar sozinha e depender somente de você. É tipo vencer os seus medos, e o medo é 100% você — De Frente com Gabi, rs.
Ver que você é capaz de se enfrentar, e por algumas vezes ainda curtir a sua própria companhia é muito daora.
Ruim de networking
Meu horóscopo e numerologia desse mês concordaram em uma coisa ao dizer "aceite convites para eventos sociais que você receber, coisas boas podem vir daí". Já sabe, né? Evento social, pessoas, falar com gente nova, entregar presença. Fazer o bom e velho networking. Fiz o que os astros mandaram? Claro que não, ao contrário da Bertha, nossa impostora carismática, eu não tenho carisma mesmo para essas coisas. E eu já tinha aceitado participar de um evento que, desde que confirmado, virou motivo de ansiedade. Como aceitar mais convites se um já estava me tirando o sono?
Porém, de uns tempos pra cá, ando me convencendo aos poucos de que eu preciso sair e ver gente, ainda mais quando é algo que envolve esse meio internético. Por exemplo: essa semana mesmo não fui em um evento que, vi depois, talvez eu devesse ter ido. Bateu arrependimento. Olha aí a oportunidade perdida de networking… Porque querendo ou não, gostando ou não, tudo no meio profissional meio que se resume a quem você conhece, né? Por mais que a gente queira acreditar que só o trabalho basta. Mas não, tem que fazer a social. As pessoas precisam te ver para lembrarem que você existe.
Aí fiquei matutando sobre os motivos de não ter ido. Não é só pura preguiça, porque eu pensava que deveria ir sim. "Vai, boba, vai ser legal". "Vai ser importante". Então a vontade de ir está lá, porém tem algo a mais me bloqueando de aceitar as coisas e ir mesmo. Aí, de novo, me peguei pensando sobre o desconforto que sinto em lugares que, originalmente, nunca habitei.
Na época que estava começando a entrar no mundo dos livros, eu morria de vergonha de ir em lançamentos ou conversar com o pessoal. Se ia, era arrastada por amigos, e a presença deles me deixava muito mais segura de estar presente naqueles lugares. Depois que passei a trabalhar com isso ficou mais fácil, então hoje até vou por livre e espontânea vontade pra esses rolês. Sei que vou encontrar conhecidos lá.
Mas nessa vida de blogueira… Ah, essa vida ainda me é estranha. Tirando a gente aqui dessa associação, nunca fui de conviver mais perto de outras pessoas que fazem disso aqui – a rede mundial de computadores e a influência – o seu trabalho. Pertenço ao mundo das marcas e dos mimos? Pertenço aos rolês de gente verificada (no Instagram, né, porque tchau tchau Twitter)? Não que isso signifique uma grande coisa, mas pô, é um mundo meio que estranho pra mim ainda. E acho que é por isso que tenho tanta dificuldade de apenas ir. Fazer minha social, conseguir uns contatinhos, quem sabe uns jobzinhos…
Enfim… Será que existe workshop de networking? Tô precisando.
Coloca o fone e escuta
Esse é o nosso espacinho para divulgar os podcasts das sem carismers da equipe. Não deixa de seguir cada um lá no seu Spotify e deixar aquelas 5 estrelas de avaliação. É muito importante para nós! <3
Cansada demais pra seduzir? Assim estamos todas nós, então vem aqui ouvir o É Nóia Minha? com participação Manuela Cantuária e Senhorita Bira!
No Ppkansada de hoje, as meninas falaram com Ana Soares e Tamara Vanzela sobre nossa autoestima e nossos cabelitchos! Dá o play aí.
Você se sente um super-herói que dá conta de tudo? Então vem ouvir esse conselho da Bela para aquece seu coração.
Dia dos Namorados está chegando e a Taize deixou essa reflexão: você precisa mesmo de um namoradinho ou namoradinha? Ouve lá no Santa Reclamação de Cada Dia.
Boas férias, chefa!
Camila entra de férias merecidíssimas, mas nós seguiremos aqui entregando conteúdo de qualidade (e às vezes de qualidade duvidosa também). Então só queremos desejar boas viagens para a chefa, e desejar que não tenha muito perrengue também, porque já sabe… Estar fora de casa é aquela agonia. Mas vai ser divertido, viu, Camila?
Obrigada por ler até aqui, e beijos mil,
Camila, Bertha, Isabela e Taize
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O artigo da Isabela tem o mesmo assunto que a maioria das minhas sessões de terapia, não tenho a relação ideal com a minha mãe, mas só de mandar ela cuidar pra própria vida já ajuda bastante
O artigo da Isabela foi a munição da minha sessão de terapia de semana. Bateu em vários lugares ao mesmo tempo. -