Associação dos Sem Carisma #171
Como sobreviver até o próximo feriado
Passando essa leva maravilhosa de feriadinhos que tivemos no primeiro semestre do ano, agora nos deparamos com uma triste realidade: o próximo feriado vem só em setembro. Sim, teremos ainda três meses até a nossa próxima merecida folga. Como manter a alegria de viver até lá?
Vem que temos dicas para isso.
Influencer de viagem
Eu virei o que vocês mais temiam, a pessoa que viaja, não apenas na minha própria cabeça, mas agora fisicamente também. Eu fiquei 11 (onze) dias viajando de férias com o mini-rei do carisma e minha mãe, e fui contagiada pela alegria desse mini-ser que acha fazer mala o máximo. O que eu mais achei esquisito foi a quantidade de gente me perguntando por inbox onde estava o Codré, e inclusive desconfiando que a gente tinha se separado (???). Mas tá tudo bem com a gente, e pelo amor de Deus, viagem com outras pessoas além dos parceiros porque é ótimo, viu?
Vocês acham que eu paro por aí? Não, não… Semana que vem tem outra viagem, mas essa rapidinha, e dessa vez com as crianças e Codré, mas tá tudo bem entre eu e minha mãe, tá? kkkkkk Brinks. Será que a profissão influencer de viagem vem aí?
Como eu gosto de brisar
Não, não estou falando de ficar chapada, embora aprecie isso também. Tô falando de brisar sobre a vida, o universo, a existência humana como um todo. Estava assistindo Uma viagem ao infinito, documentário da Netflix que reúne diversos estudiosos da área da matemática, física e filosofia para falar sobre o que é o infinito, onde está o infinito, seremos capazes de um dia entender o que é o infinito? É desse tipo de coisa que eu gosto. De brisar sobre aquilo que ainda não entendemos.
Sei que muita gente quer passar longe dessas questões existenciais, porque elas assustam mesmo. Estamos aqui, vivendo nossas vidinhas simples, confortados pela rotina e pelas coisas que já conhecemos e são familiares pra gente — por isso assistimos a mesma série que gostamos por vezes seguidas, a gente se sente seguro com aquilo que já sabemos o que esperar. Mas na hora de botar o pé pra fora dá um medo sim. Dá uma bugada na mente refletir sobre essas questões.
Por isso mesmo que gosto. Para lembrar que existe tanta coisa desconhecida por aí. Que a vida não é só essa coisa de acordar, trabalhar, ter vida social, dormir e fazer tudo de novo. Fora daqui, tem um universo inteiro de coisas desconhecidas que lutamos para entender. Tem quem encontre conforto nas religiões, que possuem sua maneira de explicar o mundo e fazer ele ter sentido. Tem quem encontre esse alívio na astrologia, na numerologia, nas previsões de um oráculo. Mas eu gosto de usar a ciência para isso. De procurar as respostas mais lógicas, que não envolvam tanto mistério.
Só que mistérios não param de surgir, e aí tá a beleza da coisa também. De dizer apenas "não sabemos, mas estamos investigando". É o caso dessa questão sobre o infinito. Porque olhar para o céu e ver um monte de estrelas não é contemplar o infinito. Segundo as últimas novidades da física, o Universo tem limite, tem uma fronteira final, e está se afastando, mas pode uma hora parar. Mas o infinito segue ali, escondido, lembrando a gente de que temos muito mais mistérios nessa vida do que respostas.
Vejo certa beleza em abraçar isso. Não no sentido de "a nossa existência é algo que nunca será explicado". Mas no sentido de que estamos ali, constantemente pensando nela para quem sabe, um dia, chegarmos na resposta. Essa esperança que continua movendo a gente pra algum lugar, para algum tipo de compreensão.
Brisar sobre isso me deixa ainda mais maravilhada com esse negócio de existir. Porque quantas vezes a gente não quer apenas sumir, evaporar – o que é diferente de morrer, aqui na minha cabecinha. Mas aí pensamos em todos esses por quês que ainda nos assombram, e a curiosidade sobre a existência, a vontade de continuar existindo para ver o que o mundo é, me devolve a magia.
Não tenha medo de brisar sobre essas coisas. Pode ser gostoso demais.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Como é a sua relação com o tempo?
Tenho pensado bastante sobre isso nos últimos dias, em como a gente lida com algo que é inerente à vida.
O tempo pode ser bom para superar um momento difícil, cicatrizar uma ferida, para amadurecer ideias e o nosso ser, mas o tempo também pode ser uma merda se você não o aceita bem.
O tempo escapa pelas mãos quando a gente quer eternizar aquele beijão de língua que encaixa bem goixtoso, kk, ou um abraço na sua melhor amiga. E também escapa quando você sente o seu corpo precisando de 2 dias pra recuperar de uma ressaca que mais parece que você tá com Chicungunha (essa é só para quem tá chegando nos 30 ou é 30+, hein!).
O tempo está passando a todo tempo (JURA, MONA? kk), aceitar as marcas dele pode ser difícil demais, e é ainda mais quando a gente quer lutar contra.
Recentemente, olhando o meu pai, percebi o tempo nele e a sua dificuldade de entendê-lo, de encará-lo.
Meu pai tem 78 anos, mas na cabeça dele acho que ele se sente com 50, o que é maravilhoso. mas o que acontece é que o seu corpo não tem correspondido aos comandos da sua mente.
Me dói ver o quanto isso o faz sofrer. e porque não aceitar que não somos mais os mesmos tanto machuca, né?
Senti a sua dor e irritação com o tempo, mas é uma briga perdida.
Estar vivo é aceitar o tempo agir, os anos passarem, ficar mais velho.
Quando somos pequenos, queremos ser mais velhos, e quando mais velhos, queremos rejuvenescer.
Então por que não só fazer as pazes com o tempo?
Afinal, ele está passando e não vai parar de passar.
Viu? passou.
Ih, de novo.
Tá, tchau!
Eu quero uma vida de loira platinada
Primeiro um laudo, depois um namoro
Segunda-feira foi Dia dos Namorados e um dos dias mais gostosos do meu ano. Não por namorar, pois não namoro, mas por Curitiba ter sido ensopada por garoa, céu nublado e uma média de temperatura de onze graus celsius. Falo tudo isso com um quentinho no coração, pois não tive aula na faculdade e minha mente ficou livre para criar nóias sobre os motivos pelos quais não namoro.
Ao recorrer à astrologia, vi que – apesar do meu signo, Libra, ser maravilhoso no aspecto da vida amorosa –, minha Vênus em Escorpião coloca tudo em outra perspectiva. Como explica um site duvidoso que achei no Google, pessoas com Vênus em Escorpião, apesar de se relacionarem de maneira profunda com o mundo, são extremamente seletivas na hora de escolher o “alvo”, pois sabem que são poucas as pessoas que sabem se entregar da maneira que é desejada. Eu discordo dessa afirmação. Veja, não é porque eu seleciono homens pelo tipo sanguíneo que sou “extremamente seletivo”, nunca se sabe quando vou precisar que a pessoa doe o próprio sangue como uma prova de amor para eu entender que ela realmente me ama. Então descarto minha Vênus como motivo para eu não namorar.
Brincadeiras à parte, sempre fui uma pessoa levemente complicada de se relacionar com os outros. Como relatei em meu texto "Aprendendo a Derreter Meus Poemas", se durante muito tempo construí relações de amizade baseadas em fazer a pessoa adivinhar meus sentimentos, imagine como foram construídos meus relacionamentos amorosos, rs. Tudo vira pó pela minha dificuldade de demonstrar sentimentos e permitir que o coitado do candidato a ser meu namorado veja meu lado vulnerável. Além do mais, só de pensar em construir vivências, entender problemas e se permitir ser compreendido pelo outro me faz pensar se faço tudo isso comigo mesmo. Será que me conheço o suficiente para permitir que o outro me conheça? Será que estou realmente pronto para assumir um relacionamento de maneira saudável e sem fazer com que pratos voem na parede? As nóias são inúmeras, e as respostas podem variar entre sim, não, sim e não ou não sei, ou todas, pois sou libriano.
De qualquer forma, sinto que, além de terapia, não há nada que eu possa fazer a não ser dar aquele clássico tempo ao tempo. A única coisa que quero deixar muito claro aqui é, se você for o Jorge Grimberg e estiver lendo esse texto, desconsidere tudo que eu disse anteriormente e saiba que estou prontíssimo para namorar.
Ouça pessoas conversando por uma hora!
Esse é o nosso espacinho para divulgar os podcasts das sem carismers da equipe. Não deixa de seguir cada um lá no seu Spotify e deixar aquelas 5 estrelas de avaliação. É muito importante para nós! <3
No É Nóia Minha? dessa semana, Rica Benozzati e Mari Palma comentam os piores dates da audiência. Ouve aí!
No Ppkansada, Bertha, Bela e Taize falaram sobre fazer as coisas no automático e como podemos sair disso. Vem cá!
E no Santa Reclamação de Cada Dia, a Taize reclamou sobre acordar cedo.
Tchau, até logo
Olha que coisa boa: a parceria desta associação com Tangerina Moon já vendeu quase duas mil camisetas Sem Carisma! Para comemorar, tem desconto para quem quiser adquirir o seu manto sagrado. É só ir lá no site da Tangerina Moon e usar o cupom CAMILERS10.
Obrigada por lerem mais essa edição. Cuidem-se, e beijos!
Camila, Bertha, Taize e Claudio
Lembretes de encerramento:
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E vem aqui conhecer o livro Quibe, a formiga corajosa.
Prestes a completar meus belíssimos 18 anos e deixar de ser adole, tenho vivenciado e refletido sobre todos os tópicos dos textos dos sem carismers. Que alívio saber que essas brisas não precisam ser acumuladas nesse único ponto da minha vida, e não tô sozinha com elas. Amo vocês gente, obrigada <3