Associação dos Sem Carisma #188
Checklist do convidado legal
Não é porque somos sem carisma que nós não participamos ou organizamos eventos sociais. Às vezes, é inevitável. Ou até queremos vivenciar o calor humano naquele momento específico. Quando isso acontece, é bom se preparar.
Além da nóia de ser esquecida e ninguém aparecer no rolê, como discutido no É Nóia Minha? dessa semana, tem a preocupação de selecionar bem quem vai ser convidado, né? Tem pessoas que são legais, mas péssimas convidadas. Pois preparamos aqui um checklist do convidado legal para você ter em mãos toda vez que estiver pensando em quem chamar para um rolê.
Use sem moderação.
Saí de casa no sábado
No último fim de semana, eu estava com fogo no rabo para sair de casa. É raro, raríssimo, quando isso acontece. Na sexta, topei sair para jantar e até me prontifiquei a ficar bebendo cerveja no bar (mas tomamos sorvete e voltamos pra casa). No sábado, fui convidada pelo homem para comparecer ao aniversário de uma amiga que se daria em um samba. Eu topei. Por livre e espontânea vontade. Ao mesmo tempo em que me arrumava para esse rolê, recebi mensagem de um amigo para um convescote na casa dele, e logo soltei um "claro, vou convencer meu ludmilo a ir".
Começou uma chuva torrencial, e se eu estivesse em um dia normal, eu teria desistido na hora de sair de casa. Seria aquela interferência divina me livrando de ficar de pé num bar lotado e barulhento. A questão era que eu queria estar num bar lotado e barulhento, mesmo que na chuva. E eu fui. Chegando lá, o amigo do outro rolê avisou que acabou a luz na casa dele, então o evento seria transferido para a casa de outra pessoa. Desisti? Não mesmo. Convenci o homem e, depois de ficar mais um pouco no samba (meu primeiro samba, aliás), fomos pra outra festa. Festa em que a gente conhecia apenas o meu amigo.
Fazia tempos que eu não me divertia tanto assim, fazendo coisas aleatórias com gente aleatória que nunca encontrei antes na vida. E aí percebi como é importante eu fazer essas coisas quando tenho vontade. Quando essa energia para ficar na rua parte de mim, e não das pressões alheias. Eu sou caseira convicta, mas se eu estiver no clima de sair, aparecer, me montar, falar com gente, eu vou fazer isso e vou entregar carisma. Foi exatamente o que aconteceu.
Outra coisa importante é ter do seu lado alguém que esteja na mesma energia. Se o homem não quisesse ir, eu não insistiria — tive que insistir, mas porque ele estava com vergonha de ir, não porque não queria, e no final do dia ele me agradeceu pela experiência doida que tivemos. Mas entende como as vibes baterem é importante? Os dois queriam, os dois se fizeram companhia no meio de gente estranha e os dois sabiam que era só dizer "vamos pra casa?" que a noite acabaria sem problemas.
Não é todo fim de semana que eu vou entregar tamanha animação, mas fiquei muito satisfeita comigo mesma por não ter ficado em casa no último sábado.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Nessa semana, recebi duas notícias de duas amigas que me deixaram super emocionada, feliz e, claro, reflexivah KK.
A primeira foi que a minha melhor amiga de adolescência vai se casar, e uma outra amiga muito amada da faculdade está grávida.
É lindo demais ver quem a gente ama contente e realizada, é muito lindo a gente conhecer alguém há tanto tempo e ter o prazer de acompanhar parte dos processos da vida — observar e dividir o crescimento, desde fazer muita merda, porque a gente era imatura kk, até agora, amadurecendo, firmando raízes e formando vida. Não que a gente ainda não faça merda, tá? Mas é de um jeito diferente agora, KK.
É diferente porque, com a idade e a maturidade, a gente vai ficando mais seguro de si, mais dono das nossas histórias e decisões. E acho que é exatamente por isso que me emociono ao ver as decisões das minhas amigas.
Amadurecer é massa demais.
Eu quero uma vida de loira platinada
Cheguei aos 20, e agora?
Hoje, nesta sexta feira 13, dia de muita sorte para loiras, completo meus estimados 20 anos de idade. Chegar a essa idade, considerada muito nova e divertida, me faz refletir muito sobre como eu me via chegando até aqui e como eu achava que demoraria tanto. Demorou, mas cheguei, e agora?
Desde criança, me pegava pensando sobre como seria ser mais velho enquanto pulava amarelinha. Eu me imaginava com a idade de cada número e lembro de pensar “nossa, como seria completar 8 anos, ou 10, meu deus, imagina 13?”. 13 anos foi o mais alto que consegui me imaginar chegando naquela época, era como se ser adulto como os meus pais fosse algo impossível, e o mais engraçado é que, apesar de chegar hoje aos meus vinte anos e ter mudado um pouco de ideia, ainda acredito que seja impossível. Isso porque não me imagino sendo extremamente responsável como a minha mãe, assim como não me vejo dando os melhores presentes e tendo um senso de humor incrível como meu pai, assim como não me vejo fazendo receitas impecáveis como minha vó, ou até mesmo tendo empatia suficiente para dedicar minha vida fazendo o bem, como minha tia, que fundou sua própria ONG. Todos adultos.
A realidade é que essas idealizações que foram criadas ainda muito novo em mim correm por dentro da minha cabeça e me impedem de realmente entender que, apesar de todas as pessoas que citei acima serem, de fato, adultos incríveis, talvez essa ideia do inalcançável seja só uma besteira que também exista dentro da cabeça deles, inclusive, em relação a mim. Isso porque também fui idealizado por eles. Enfim, dentro dessa idealização constante a respeito do outro, me peguei pensando sobre meus vinte anos apenas agora, nos meus últimos meses com 19. O momento que me dei conta que completaria 20 foi um baita baque. Mandei 18 áudios chorando para minha mãe, e a resposta dela foi “imagine quando completar 40”, o que me fez chorar por mais três minutos e cair na real de que completar vinte anos talvez não seja algo tão grande assim, rs.
Acho que o mais importante de tudo nessas horas de autorreflexão, ou crise existencial por causa da idade, é relembrar como as últimas décadas da vida foram aproveitadas, se estamos seguindo no caminho que queríamos e se teria algo que gostaríamos de mudar. Fico extremamente feliz por ter realizado muitos sonhos, como ir aos shows dos meus artistas preferidos, estar morando sozinho e trabalhar com as pessoas mais incríveis. E agora posso abrir mais espaço para os próximos sonhos. Agora, a respeito das coisas que gostaria de mudar, elas sempre existem, mas vou deixar pra trabalhar na próxima década.
Bota pra tocar
Esse é o nosso espacinho para divulgar os podcasts das sem carismers da equipe. Não deixa de seguir cada um lá no seu Spotify e deixar aquelas 5 estrelas de avaliação. É muito importante para nós! <3
No É Nóia Minha?, Camila chamou Raphael Montes e Léo Galvão para falarem da nóia de ninguém ir no seu rolê. Ouve aí!
No Ppkansada, Bertha, Isabela e Taize aconselham uma ouvinte que está em dúvida entre voltar com o ex ou partir pra outra. Escuta que tá tudo!
E no Conselhos que você pediu, Isabela fala sobre comemorar. assuas vitórias e como isso pode ser difícil. Vem ouvir!
Até mais e aproveite o feriadão
Nossa presidenta Camila Fremder está fazendo o que diz esse subtítulo, e por isso mesmo não está presente na edição de hoje. Por isso mesmo dizemos para vocês fazerem igual a Camila e não aparecerem. Fiquem em casa, aproveitem bem para descansar, e até a semana que vem.
Beijos abençoados,
Bertha, Taize e Claudio
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