Associação dos Sem Carisma #190
Nossa Britney favorita
Não tem como: essa semana a Britney Spears dominou o mundo. A diva lançou sua biografia, A mulher em mim (alô, editora, manda pra gente), revelando tudo o que a gente queria saber sobre a sua história, e entregou tudo.
Como boas fãs que somos da Britinha, pensamos nos nossos momentos favoritos da cantora que representaram muito o nosso jeitinho. Qual é a sua Britney favorita?
Para lá iremos
Fiz uma previdência privada. Não vou entrar em detalhes e essa não é uma recomendação de como guardar seu dinheiro. Cada um sabe de si. Mas fato é: oficialmente, aos 27 anos, comecei a planejar minha velhice.
Pode parecer cedo pra pensar nisso, mas fui criada pela geração CLT que contribui no INSS desde o primeiro emprego. Então, faz anos que me sinto atrasada por nunca ter estruturado um plano pra minha aposentadoria. Vocês sabem que eu não gosto de trabalhar, então, longe de mim ser uma senhora de 80 anos que trabalha por prazer. E, por necessidade, ninguém deveria precisar trabalhar tantos e tantos anos para viver a vida com o mínimo de dignidade. Por mim, me aposentava aos 40 e fé. Mas minha conta bancária não é do tamanho dos meus sonhos.
A vida adulta chegou avassaladora por aqui com casa, contas, filho, o plano de viver muitos anos para ver ele crescer e a meta de trabalhar só o suficiente para aproveitar a vida como eu gostaria. Essa conta já é difícil de fechar. Sem planejamento, fica impossível. Então, tive que engolir em seco e ter uma reunião com consultores financeiros de banco. Cenas dos meus piores pesadelos, tudo que tenho pânico junto: banco, investimentos, decisões de longo prazo, faria limers. Por isso, comemorei tanto ter conseguido dar esse passo — lógico, com minha mãe junto na chamada de vídeo, kkkk.
Não conseguia imaginar tomar uma decisão pra daqui a mais de 30 anos. Sei lá! Minha renda é instável, meu trabalho não é fixo, o que eu faço nem existia há 10 anos e talvez acabe na próxima década. E se eu mudar de ideia? E se eu me arrepender? E se minha realidade financeira mudar completamente? Muitas nóias. Descobri, na verdade, que nada no campo do investimento prático é tão eterno quanto parece. Tem espaço pra mudar de ideia, pegar o dinheiro de volta, colocar em outra coisa. Ufa!
Talvez meu pânico fosse me comprometer a tão longo prazo comigo. 35 anos. Como será a Isabela de 62 anos? O que nós teremos feito até lá? Mãe de um adulto de 37 anos, talvez avó. Trabalhando com o quê? Que loucura decidir cuidar hoje, aos 27, da Isabela de 62. Uma decisão que vem acompanhada de preocupação, medo, cuidado, amor, determinação. Um decisão pragmática de planejamento, segurança, organização, mas que só é possível porque vem acompanhada de muita esperança, sonho, vontade de viver, de ver meu filho adultecer, de envelhecer, no melhor e mais potente dos sentidos. Como diz minha mãe: jovens, envelheçam.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Hoje, logo quando acordei, fiquei alguns minutos enrolando na cama e pensando: "Que porra de sonho foi esse?".
Sonhei que estávamos na casa da Camila, sim, a diretora desta Associação mesmo, eu, Taize, Bruno, Bela, Claudio, Arthur, Codré e o Tui, kkkkkk, organizando a festa do Jornews que sairá em breve.
Na festa, que cheguei atrasada (um grande clássico por Bertha Salles, o sonho não mentiu), fiquei junto do Arthur escrevendo algumas frases que faziam parte de uma dinâmica com os convidados, onde eles teriam de adivinhar quem escreveu aquela frase. Exemplo: "Me mandem o código do pix!" Era uma frase que com toda certeza só poderia ser do produtor and agente Bruno Porto.
Nisso, eu fui com a Camila no salão para ela se arrumar pra festa, e uma senhora fotografou ela de algum jeito escroto e ela noiou que seria cancelada por isso. Então saímos eu, ela e Arthur atrás da senhora. Mas não saímos de qualquer jeito, porque nessa hora eu descobri que a gente tinha super poderes, a Camila e o Arthur começaram a jogar umas teias de aranha nela, KKKK, e eu tinha o superpoder de virar gotinhas de água, passar por qualquer lugar e me transformar NIMIM de novo (achei nada a ver esse superpoder, tá? Vou reclamar com o roteirista).
Por fim, capturamos a senhora numa Casas Bahia (?????) e voltamos para a festa como se nada tivesse acontecido.
Mandei um áudio para a Camila contando sobre o sonho hoje de manhã e ela me disse que eu preciso descansar.
Bom, vou lá cumprir ordens!
Boa noite, bom dia, boa tarde dependendo do horário que você estiver lendo.
Sair é bom – mas voltar é melhor
O episódio de hoje do Ppkansada foi sobre se divertir, né, e essa é uma coisa que venho tentando fazer mais. Quando penso nos meus momentos de lazer fora de casa, não são muitos os que vêm à mente. E quando vem, aconteceram há muito tempo. Sempre fui de ficar em casa, mas a pandemia transformou isso em um problema. Fui preferindo ficar mais enfurnada nela, querendo descansar o tempo todo, me divertindo com o que a internet tinha a me dar, mas chegou o momento em que isso perdeu um pouco da graça.
Ainda prefiro, claro, a calmaria. Mas me pego cada vez mais desejando fazer coisas que me deixem fora da internet. Ler um livro anda complicado, porque o celular tá ali, tão fácil de pegar. Preciso efetivamente sair, ver gente, conversar, fazer alguma atividade que me deixe totalmente desconectada. Tirando pegar o celular para tirar uma ou outra foto, é difícil eu ficar conferindo redes sociais quando estou na companhia de outras pessoas, ainda mais quando estou na rua – não é de bom tom ficar com o celular na mão nas ruas de São Paulo nos últimos tempos.
Essas horas em que fico sem me preocupar com Instagram e Twitter me devolvem o carisma, a vontade de viver. Claro, ainda me canso fácil, ainda corro para voltar pra casa, ainda amo chegar em casa. Mas é pra isso que sair, serve, né? Pra voltar pro conforto depois. Pra gente ansiar o momento de ficar descalça, tirar o sutiã e se jogar no sofá. Porra, isso é bom demais.
Tô curtindo ser um pouco mais rolezeira. Gosto de me montar e ficar bonita pra ir ali numa festinha, ou jantar ao invés de pedir delivery. Nem sempre o dinheiro permite, mas quando ele deixa, tô aproveitando. Sei que, no final, estarei de volta em casa, sozinha e confortável.
Hora do Podcast
Esse é o nosso espacinho para divulgar os podcasts das sem carismers da equipe. Não deixa de seguir cada um lá no seu Spotify e deixar aquelas 5 estrelas de avaliação. É muito importante para nós! <3
No É Nóia Minha?, Camila recebeu Cris Naumovs e Vanessa Rozan para conversar sobre a quebra de padrões na moda e outras nóias. Vem ouvir!
No Ppkansada, Bertha, Isabela e Taize batem um papo sobre o que estamos fazendo para nos divertirmos. Vem ouvir pra se divertir também!
E no Conselhos que você pediu, a Bela fez esse episódio importante sobre ter ou não ter filhos. Só escuta!
Acabou-se o que era doce
Antes de encerrar, deixa a gente avisar uma coisa muito boa: nosso Jornews Sem Carisma já está na gráfica! E no começo do próximo mês ele começa a ser enviado para os sem carismers que deixaram seu endereço. Estamos bem animados aqui pra todo mundo ler!
Ah, e não tivemos nossa mestra Camila Fremder nessa edição pois ela foi abrilhantar um evento com Dandara Pago. Pedimos a compreensão de todos. ❤️
Então é isso. Tá acabando outubro, gente. Passou dia 30, vai ser enfeite de Natal por tudo, já estamos prontíssimos para o último gás de 2023. Mas com o carisma limitado de sempre.
Obrigada por lerem até aqui, e beijos em vossos corações,
Camila, Bertha, Isabela e Taize
Lembretes de encerramento:
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Conheça a coleção Sem Carisma na Tangerina Moon.
Nossos caderninhos e adesivos Sem Carisma na Marisco.
E nossos ítens para o lar Sem Carisma na Cosí Home.
E vem aqui conhecer o livro Quibe, a formiga corajosa.
Pensei sobre essa questão da aposentadoria ao olhar gráficos do Censo 2022 publicados pela Folha hoje.
Pelo andar da carruagem, acho difícil ter aposentadoria integralmente custeada por dinheiro público para todos que contribuírem daqui três décadas. Terá aposentadoria. Terá dinheiro público. Mas não será nos moldes do que se planeja hoje. Uns 70% do valor prometido? 50%? Salário mínimo mas X% do que exceder? Bateu um susto com tamanho envelhecimento e pequeno número de jovens.
Fique firme na previdência privada. Desconfio que seja a melhor aposta para um futuro tão incerto.
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Sobre ler um livro com o smartphone logo ali...
Eu ancoro o dispositivo noutro cômodo diverso de onde estou lendo, dentro de uma gaveta, no silencioso. A luta por manter o anseio barrado pelo "excesso" de dificuldade entre o impulso e sua gratificação.
Recentemente passei a fazer uso de uma biblioteca que fica uns 12 minutos caminhando daqui de casa. Vou sem o gadget pernicioso. Duas ou três horas lá. Há ocasiões que minha leitura naquele lugar é o melhor do meu dia.
Também queria me inscrever no Jornews. Vocês não farão mais?