Associação dos Sem Carisma #194
Criadores negros para você acompanhar
Com a estreia do novo quadro do É Nóia Minha?, o “Não Desconversa”, que falou sobre como abordar o tema racismo com crianças, e também por estarmos na semana da Consciência Negra, não podemos deixar de indicar na edição de hoje os nossos criadores de conteúdos negros favoritos.
Mas não custa dizer, né, que não é só em novembro que devemos falar sobre isso. Quanto mais diversidade, mais rica fica a nossa experiência nesse mundinho aqui. E isso não se estende só para seu círculo social, mas também para quem você dá o seu engajamento. Precisamos seguir, ouvir e compartilhar, então bora seguir essa galera, viu?
Clique na imagem de cada um pra ir seguir. ;)
Dica da Camila
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Black Friday tá aí, né, gente? Um desconto bem dado é sempre ótimo para levantar o nosso carisma, e minha dica de hoje é aproveitar a Black Friday da MOOUI para deixar o quarto das crei belíssimo.
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“Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”
Eu tenho certeza que tinha planos melhores pra essa newsletter de hoje. Mas agora, quando eu finalmente sentei pra escrever, só consigo pensar “meu deus, como eu queria voltar a ser criança”.
Passei metade do dia segurando o choro por ter sido, mais uma vez, sacaneada pelos contadores que trabalham comigo. Bom, trabalhavam, né? Estão com os dias contados, graças a deus. Mas caraca, que troço difícil lidar com as burocracias da vida adulta, com serviços horrorosos, profissionais inábeis. Fora os B.O.s de família pra resolver, trabalho que eu tô fingindo não ver acumular, um filho pra cuidar e dar atenção e responder 3000 vezes “manheeeeê”.
Outro dia, eu vi uma twitteira falando que, numa treta com o namorado, apenas recitou o tema da redação do ENEM deste ano: “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.
Eu tô quase assim. Cada responsabilidade que deveria ser de um homem e que eu assumo… “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.
Cada novo cuidado que me toma um tempo que deveria ser meu…. “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.
Cada tarefa que passa batido pra todo mundo, menos pra mim, é claro… “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.
Sem carismers, estou cansada. Poderia até falar que é cansada de 2023, vem logo 2024, mas não é tão simples assim. Entra ano, sai ano e…. “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Mais um final de ano chega, e com ele a DEPRESSÃO!
O final do ano tá aí batendo na sua porta como um charutinho no beiço, e eu tenho a impressão de que nem vi passar, saca?
Normalmente eu costumo ser supersticiosa e apegada às festas de fim de ano e a esse "marco" do final de mais um ciclo. Gosto de festejar, pular sete ondinhas, fazer um peruzão massa no forno, kk, escrever sobre as conquistas, as decepções, o que deu certo e o que não deu. Encontrar as pessoas que marcaram o meu ano, dividir com elas esse sentimento de VENCEMOS, PORRA! Bem HÉTERAZONA mesmoh.
E por algum motivo, e depois de tantos altos e baixos dum ano esquisitasso, não estou com vontade e nem com esse sentimentinho gostoso dentro de mim.
Se é porque o mundão tá indo de arrasta para cima, eu não sei, mas pode ser um bom motivo para se estar assim, né?
Se são os meus 30 anos batendo na porta e ainda com muita instabilidade na vida, eu também não sei não.
Bom, de certa forma, acho que acabei fazendo um balanço aqui e, para um ano estranho, nada mais justo do que o seu final também ser assim.
A queda do ídolo
Pô, vou ter que falar de Taylor Swift. Desculpa aê. Gosto das músicas da loirinha, mas nunca fui de ouvir álbuns inteiros por vezes seguidas. Demorei para entender o que era essa coisa de "Taylor's Version", que parecia que todo mês tinha álbum novo saindo. Da Taylor, o que mais gosto mesmo é da lenda que diz que, cada vez que ela lança algo, o Corinthians ganha. Enfim, pra mim é o clássico "não fede, nem cheira". Gosto com distância.
Acho que sempre gostei das coisas com distância. Tive minha fase fã de Avril Lavigne, mas eu era uma adolescente de 13, 14 anos. Depois dos 20, eu superei muitas das minhas obsessões artísticas que definiram minha personalidade naquela época. E agora tenho minhas obsessões de adulta, tudo normal. Mas ainda mantenho distância, porque sei que não ganharei nada na vida defendendo com unhas e dentes na internet um completo estranho que nem sabe da minha existência.
Calma, esse não é um texto contra o fandom. Até porque, os únicos que fizeram alguma coisa certa nessa tour de horror todo que foi a passagem da loira pelo Rio (gostei do apelido Claudia Leitte de Nashville, parabéns pro tuiteiro, sempre), foram os fãs. Doaram panetone. Arranjaram água. Fizeram vaquinha pra família da Ana Benevides. Tiveram a responsabilidade que faltou àqueles que deveriam ser responsáveis (a T4F principalmente). É bom ser um grupo unido em volta de algo do qual se gosta. Mas tem seu limite, né? O que muita gente viu no último fim de semana é que ídolo é isso aí. Não vale a pena defender, brigar, achar que a diva é uma deusa que está sempre certa, e quem critica tá errado. Taylor Swift, e muitos outros artistas, são apenas pessoas normais fazendo o seu negócio, que no caso é ganhar dinheiro.
Essa casca bonita de pessoa sempre aberta aos fãs, compreensiva, gente como a gente, que é legal, tão galera, tão querida, é uma construção de imagem, apenas. Quando você é uma das maiores artistas mundiais e, nunca esquecer, bilionária, é óbvio que cada passo dado e palavra dita é calculado, assim como o silêncio. E muita gente achava que não era assim. E muita gente pensa isso de outros artistas também, e uma hora vão perceber que opa, espera, não é bem isso. No final, Taylor está muito mais próxima dos bilionários que a gente tanto critica do que das fãs que se identificam com as músicas dela. E dá pra continuar curtindo a música e se sentindo representada. Mas não dá pra achar que ela é ingênua quanto a tudo o que aconteceu lá no Rio, porque a preocupação, no final, é o negócio.
E isso serve pra tudo, tá? Ídolo do futebol, da internet, do cinema… Não endeuse o ídolo não, que quando ele cai, quem fica com cara de trouxa é você.
Pod ouvir agora
Esse é o nosso espacinho para divulgar os podcasts das sem carismers da equipe. Não deixa de seguir cada um lá no seu Spotify e deixar aquelas 5 estrelas de avaliação. É muito importante para nós! <3
Como falamos lá no começo da news, ontem teve estreia de quadro novo no É Nóia Minha?. No primeiro episódio do “Não Desconversa", Camila convidou Dandara Pagu e Deh Bastos para debater como falar sobre racismo com crianças. Dá o play!
Você tem alguém com quem descansar? Aquela amiga que é só chegar e ficar de boas, conversando? Hoje nossas ppkers falam sobre essas amizades com Luiza Voll, da Contente.vc. Ouve!
Um aviso antes do fim
Antes da gente encerrar esta edição da Associação dos Sem Carisma, temos um anúncio: A CAMISETA “QUEM NÃO FECHA COM OS IRMÃO NÃO FECHA COM NINGUÉM” ESTÁ ENTRE NÓS!
A famosa frase de Jana Rosa agora está eternizada em mais uma parceria nossa com a Tangerina Moon, e disponível no site em 4 tamanhos. Corre para garantir a sua antes que acabe!
Agora sim, acabamos! Obrigada todo mundo por ler até aqui.
Beijos carismáticos,
Camila, Bertha, Isabela e Taize
Lembretes de encerramento:
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Conheça a coleção Sem Carisma na Tangerina Moon.
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E nossos ítens para o lar Sem Carisma na Cosí Home.
E vem aqui conhecer o livro Quibe, a formiga corajosa.
Bela, teu texto tá demaaais! :D