Wrapped Sem Carisma 2023
Pensou que essa coisa de wrapped já tinha acabado? Nananinanão! Sentimos falta de um histórico de números para a nossa newsletter, então fomos lá e fizemos o nosso próprio Wrapped Sem Carisma para comemorar esse ano maravilhoso que passamos com vocês, cada um no seu quadrado.
É uma alegria poder fazer toda semana essa newsletter, e a cada curtida, compartilhamento e mensagem que vocês mandam, enchem o nosso coração do mais puro carisma. Então, apenas obrigada demais por estarem aqui com a gente e por espalharem a nossa palavra.
Agora, vamos de números!
Meio tonta
Eu amo a expressão "me tiraram do sério", mas acontece que eu tava lá na minha, sendo apenas séria, quando me tiraram, talvez mais de idiota do que do sério. E eu fiquei P da vida. Sabe quando você fica monotemática em pensamento? Fiquei doida, discutindo sozinha no banho, improvisando uma resposta melhor no meio da madrugada, repassando uma nova versão mais calma, depois outra mais irônica, depois outra fazendo a superior… Putz, perdi o maior tempo nessa.
Mas sabe qual é a parte boa de fantasiar tanto? É viver todas as emoções em um mesmo dia, e a pessoa que te irritou fica lá no vácuo pensando "poxa, ela realmente não tá nem aí para o que eu falei". Mas eu tô tão aí que não deu nem tempo de brigar de volta de verdade, e nessas eu vou seguindo parecendo meio tonta, o que particularmente eu acho uma benção.
Me sigam para mais dicas, meninas.
Um bom ano
Pegando carona no que discutimos no Ppkansada de hoje, em que eu, Bertha e Isabela fizemos nosso balanço de 2023, quero falar um pouquinho mais sobre o ano que eu tive. Lembro que, lendo o Teledipity com as previsões para 2023, eu estava com uma animação extra para esse ano. O oráculo da numerologia online dizia que esse seria um ano para crescer profissionalmente, ganhar dinheiro, a vida estaria finalmente "andando pra frente" depois de eu sentir que ela estava parada.
Foi bom ser iludida pelo Teledipity, porque sem isso eu não teria começado 2023 com vontade de viver. E a cada mês, parecia que as coisas estavam indo bem, que viria aí, que daria tudo certo. E deu? Olha, sim e não.
2023 foi um bom ano para mim,. Sim, eu tive muitos trabalhos bacanas para fazer, vivi ótimas experiências, ganhei dinheiro (e gastei também), conheci gente legal, já que um dos conselhos era apostar no networking. Tomei decisões sobre o que quero fazer e o que posso deixar pra trás porque não faz mais sentido. Não fiz tanto quanto deveria, mas fiz. Olhando para os últimos 11 meses, eu penso neles com alegria, porque os dias de tranquilidade foram maiores do que os dias de depressão. Pelo menos é o que me parece agora.
Porém, como falei no Ppkansada, o final desse ano não está sendo feliz como eu gostaria que fosse. Terminei um relacionamento que estava bacana pra mim, então sinto é tristeza por não poder concretizar alguns planos da virada. Se tem uma época em que bate carência e solidão, é o fim de ano. Então, por mais que meu 2023 tenha sido ótimo na maior parte do tempo, agora tô mergulhada na melancolia.
E não adianta muito ficar relembrando as conquistas, porque parte delas envolviam coisas que não tenho mais. É o mal da felicidade, né? Uma hora, ela acaba, e aí você tem que tapar esse buraco que ficou. Leva um tempo para que isso deixe de ser tristeza e vire mais um item da minha biografia. Então é com tristeza, mas sorrindo, que cravo que 2023 foi ótimo — mas não tanto quanto o Teledipity me prometeu.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
E eu sempre vou ficando
Estou solteira há uns 6 anos, e nesse meio tempo (que já é uma cotinha), percebi o ir e vir de muitas amigas na minha vida.
É engraçado que, quando paro para fazer uma retrospectiva, essas amigas que ficaram muito próximas de mim durante um longo período de tempo, quando se afastaram, foi num corte bem seco. E, coincidentemente, foi assim que começaram a se relacionar, namorar um cara.
Isso não quer dizer que não sou mais amigas delas. Eu sou, mas não existe mais aquele contato diário, aquela intimidade e estado de confissão. Não existe mais o estar juntas só nós. Não existe estar junto pra qualquer corre, e contar para tudo com a pessoa, sem nem mesmo ter que pedir, sabe?
Não existe se ver com a mesma frequência e em algum lugar, parece que nem existem mais assuntos em comum.
Parece que tudo foi passando por mim e eu fui ficando aqui sozinha.
Nesse tempo, algumas delas já foram e já voltaram também, bem no período entre términos. E claro que eu ainda estava aqui.
Às vezes me sinto mal por isso acontecer com uma certa frequência comigo, e acabo me sentindo até usada de certa forma. Por outro lado, entendo que é um processo normalizado esse de mulheres quando estão namorando priorizarem a relação, hierarquizar um relacionamento romântico. Não quer dizer que eu concorde, kk, mas eu entendo e já fiz isso também.
Me sinto como uma pedra bem velha na costa do mar, que a onda bate e volta, bate e volta.
A água da onda bate tem vezes mais forte, vezes mais fraca. Só que a pedra, ela segue lá, cada vez mais calejada, com algumas intempéries a mais, mas ali, firme e forte, segue esperando a próxima onda bater.
Se essa analogia faz sentido ou não, eu não sei, kkkk. Mas eu consegui até me visualizar de pedra na minha cabeça e as minhas amigas como as ondas que vão e voltam.
O lado bom dessa analogia é a força e a firmeza da pedra que trupica, MAS NÃO CAI! KK
Eu quero uma vida de loira platinada
Será que ainda vale a pena ir a shows?
Dias atrás, estive conversando com alguns amigos sobre assistir ao novo filme de Jogos Vorazes no cinema, até que me bateu uma leve preguiça ao lembrar que posso assistir as 18 sagas na versão Já Eras Tour pelo Twitter.
A Taylor Swift no Brasil causou um completo caos e isso ninguém pode negar. Eu já imaginava que, quando a gata pisasse em solo brasileiro, o povo iria à loucura. Mas, agora, mortes, arrastões, convulsões, queimaduras e Cristo Redentor estilizado foram as últimas coisas que me passaram pela cabeça, e isso me fez 10 vezes mais grato por ter parado de acompanhá-la em 2015, afinal, apenas um verdadeiro fã é capaz de encarar um calor de 60 graus Celsius usando fralda, para cantar “Blank Space”. Olha, eu tiro o chapéu. Até porque, quando fui ao The Town desse ano, não hesitei em ir embora após algumas horas de chuva na cara, perdendo de ver a Demi Lovato pelo meu humilde cansaço.
Agora, deixando a admiração aos guerreiros swifters de lado, será que ainda vale a pena ir a shows? O show em si tem uma proposta muito fofa de unir o fã com o artista em um mesmo lugar para ambos cantarem aquelas músicas que todo mundo ama. Quando assistimos a um show pela TV, é possível sentir a energia contagiante do momento e a gente entende o motivo de todos estarem na muvuca, eu mesmo já admiti aqui que não há nada melhor do que saber cantar todas as músicas, por mais que seja de um artista flopado. O problema é que, para que um show possa acontecer, é muito provável que uma grande desordem também aconteça com a chegada de uma enorme onda de calor, chuva, desorganização na apresentação dos ingressos, grandes filas, entre muitos outros problemas que me fazem querer sair da fila imaginária que acabei criando agora na minha cabeça para um impossível show da Erika Jayne no Brasil e voltar para ficar descalço no sofá.
Então, por mais que exista essa magia toda que um artista possa trazer para a vida de um fã, até que ponto teremos estruturas físicas e psicológicas para lidar com o pior somente para termos esses momentos de glória? Ainda mais com as condições atuais do planeta Terra, que a cada dia revida os socos que a humanidade tem dado na cara do pobre coitado, com ondas fortíssimas de calor, furacões e tsunamis meteorológicos. Essa é uma resposta que apenas os fãs da Taylor Swift, guerreiros e lutadores que superam quase tudo, podem nos responder.
Pode ouvir com gosto!
Esse é o nosso espacinho para divulgar os podcasts das sem carismers da equipe. Não deixa de seguir cada um lá no seu Spotify e deixar aquelas 5 estrelas de avaliação. É muito importante para nós! <3
O É Nóia Minha? dessa semana foi especial! Postamos o encontro entre Camila Fremder e Marcela Ceribelli que rolou no início do mês no Spotify Podcast Festival. Vem ver, e se inscreve no canal!
No Ppkansada, Bertha, Isabela e Taize fazem aquele bom balanço do ano. Foi bom ou ruim pra você? Vem escutar!
E no Conselhos que você pediu, a Isabela falou sobre algo que nós curtimos e merecemos: descanso. Dá o play!
Início do fim
Primeiríssimo dia de dezembro de 2023 e nós estamos aqui, entregando carisma em forma de texto, já que presencialmente não temos mais forças para nada. Mas se tem uma coisa que deixou a gente animada essa semana foi ver tanta gente compartilhar o Nóia e o Ppkansada por aí. Então aproveitamos este espaço pra agradecer todo mundo que escuta a gente, compartilha, segue, enfim, obrigada mesmo, viu?
Assopra canela na porta e vamos, gente, que tá acabando.
Beijos,
Camila, Bertha, Taize e Claudio
Lembretes de encerramento:
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Conheça a coleção Sem Carisma na Tangerina Moon.
Nossos caderninhos e adesivos Sem Carisma na Marisco.
E nossos ítens para o lar Sem Carisma na Cosí Home.
E vem aqui conhecer o livro Quibe, a formiga corajosa.
quero dizer da alegria de receber o jornews em casa, gente, foi TUDO, sem dúvidas um dos pontos legais e divertidos do meu 2023! Receber newsletter é bom, mas tocar, folhear e chorar de rir no mundo offline é melhor ainda. Associação dos sem carisma entrega tudo, no online e no impresso!