Associação dos Sem Carisma #210
Kit básico do Sem Carisma
Há itens do nosso cotidiano que são básicos e fundamentais pra nossa sobrevivência. Você se imagina vivendo sem um fone de ouvido? Impossível!
Pensando nisso, elaboramos aqui alguns kits básicos que todo sem carisma tem que ter por perto pra facilitar (e salvar) a vida.
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Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Cheguei na ginecologista hoje para um check-up anual não esperando nada mais do que isso e um papa nicolauzinho de lei, claro. Mas acabei saindo de lá com um triplex alugado na minha mente.
A minha gineco perfeita maravilhosa que amo sempre acaba conversando sobre outros aspectos da minha vida para além da minha pussycat, e isso é de lei e eu tô ligada. Afinal, nada é isolado quando tamo falando de saúde.
Falei e desabafei tudão, mas parecia que nada na minha fala tinha emoção:
“Você tá bem!?", “Ahhh… Tô….”
“Tem se sentido ansiosa?”, “Ahhhh, mais ou menos…”
“Tem transado goxtoso?", “Ahhhhh, tenhoooo…”
Eu fiquei irritada só de ler esse diálogo. Ela me interrompeu na hora e falou:
“Tô te achando meio MÉ, desanimada com tudo, né?”
Nessas me toquei que, na verdade, eu só tô indo. A vida tá aí acontecendo, e eu tô só indo. Igual cocô na água, ali boiando, sabe? KKKKKK Q.
Isso de tão cansada que eu estou.
São semanas só vivendo, sem nem parar pra pensar como eu tô de verdade.
E agora tô com essa interrogação gigantesca na minha cabeça, ainda sem nenhuma resposta… Preciso de um tempo para refletir.
Vou lá e já volto.
Eu tô bem
Gente, é quinta-feira, dia de fechamento desta newsletter, fim de tarde, e eu estou bem. No início do ano, não imaginava que iria dizer essa frase tão cedo. Ok, estamos no quarto mês de 2024, já é um bom tempo passado, mas quando você tá afundada em melancolia, é como se nunca mais fosse se sentir bem de novo. Porque a gente não tem esperança de que as coisas vão melhorar, por isso dói tanto.
Mas hoje eu estou bem. Não acordei esperando muito desse dia, mas logo pela manhã apareceu um convite de uma loja para passar lá e escolher um look em troca de alguns stories, algo que nunca me acontece. Óbvio que topei, sempre namorei os vestidos da Psicotrópica, tava com a tarde livre, chamei um amigo pra me ajudar a filmar e fui. Me diverti fazendo tudo, e ele tava lá me ajudando mesmo trabalhando (era um celular na orelha falando com cliente e outro me filmando, rs). Como uma leonina vaidosa, caiu como uma luva esse presentinho inesperado.
Só que não estou bem porque uma marca me notou. É uma sensação que vem de antes. Parece que, da metade de março pra cá, uma grande chave virou e várias oportunidades começaram a aparecer pra mim. Tendo a pensar que as coisas meio que caem do céu sem eu fazer muito esforço, porque do nada tudo começa a "dar certo". Mas tô aqui me lembrando de que não é assim: para dar certo, eu tive que fazer um trabalho de base. Tive que aprender a lidar com meus problemas de maneira a resolvê-los, sem esperar um milagre do universo (embora certas pessoas que me ajudaram parecem ser, sim, um milagre na minha vida). Tive que voltar a ter esperança em mim mesma para conseguir sair do fundinho do poço onde estava me escondendo. Tive que mudar algumas coisas aqui dentro, sabe?
E é por isso que tô bem. Pelo menos hoje. Sempre bate o medo de que algo ruim vai acontecer e jogar minha moral de novo lá pra baixo. Mas não tô com esse medo besta agora. Não é que eu nunca mais serei triste — impossível, porque eu sou uma criatura triste em sua essência —, mas sei lá. Voltou a ficar gostoso viver.
E tô registrando isso aqui para lembrar, numa próxima crise existencial, que é possível ficar bem. Que é possível viver essa sensação de novo.
Eu quero uma vida de loira platinada
Um ano na minha casa
Recentemente, tive a sensação de ser bem responsável ao anotar todos os meus compromissos consecutivos em um calendário. Passaporte (check), Casamento do nosso ícon Bruno Porto (check) — eram só esses dois mesmo. Até que me deparei com uma sensação estranha ao olhar para a data 10 de abril que estava circulada no calendário. Ao dar uma refletida melhor, lembrei que completo um ano morando sozinho nesse dia.
Sempre acreditei que morar sozinho fosse como andar de bicicleta: depois que a gente aprende uma vez, nunca mais precisamos aprender de volta. Na verdade, morar sozinho é um aprendizado diário e minha primeira lição foi ver que a louça não se transporta do quarto para a cozinha como antes. Um beijo, mãe.
Logo que me mudei, assumi uma máscara de “já sou adulto, pois moro sozinho e a partir de agora serei autossuficiente, pois cheguei até aqui e adultos não precisam de ajuda”. Essa máscara durou um dia, porque no segundo ela caiu enquanto tentava fazer almoço e precisei descer na portaria para que o porteiro abrisse o molho tomate para mim. “Eu achava que seria tão mais fácil”, lembro de pensar comigo mesmo enquanto via o porteiro abrindo o molho de tomate que falhei em abrir da maneira adulta que tanto esperava — meu porteiro já me ajudou tanto, mesmo sem um pingo de carisma, já subiu carregando compras comigo e me aturou semanalmente conferindo as encomendas que chegavam na portaria sem autorização alguma.
O ato do molho de tomate que não abria foi pioneiro do movimento de intervenção para mim mesmo chamado “você precisa de uma rede de apoio”, que me ajudou a ser mais gentil com o processo de mudança, e estar há um ano nessa já me deixou bem ciente de até que ponto preciso ser, de fato, tão “autossuficiente”. Em outras palavras, esse raciocínio pode se resumir a: quando precisar de ajuda, peça. Quando oferecerem: aceite. Pode não parecer muito confortável, mas sem dúvidas é muito mais maduro e adulto do que passar necessidade fazendo a egípcia.
Então, em solidariedade aos moradores solo que acompanham a news, aqui está uma lista de perrengues que passei nesse último ano:
Esquecer de pagar a conta de luz por três meses seguidos;
Queimar a lâmpada da sala e marcar um rolê só para meus amigos trocarem;
Perceber que o gás acabou durante o almoço;
Pedir dinheiro pro mercado de presente de aniversário (inclusive, farei o mesmo esse ano também);
Assistir horrorizado o meu poodle mijar no meu novo tapete branco;
Assistir horrorizado minha irmã derrubar esmalte vermelho no meu outro tapete novo;
Esquecer a chaleira ligada;
Ter a minha primeira paralisia do sono sozinho em casa de madrugada;
Esquecer a janela aberta durante uma chuva fenomenal;
Vizinho com obras.
E o pior de todos… Receber visita chata. Todos os outros acima passam como uma superação, o trauma da visita chata nunca deixa de nos assombrar. Espero que aprendam com meus erros!
O texto ficou super longo, acho que parei de encher o saco do meu porteiro e vim encher o saco de vocês, leitores da newsletter.
E os podcastzinhos?
Esse é o nosso espacinho para divulgar os podcasts das sem carismers da equipe. Não deixa de seguir cada um lá no seu Spotify e deixar aquelas 5 estrelas de avaliação. É muito importante para nós! <3
Para comemorar o aniversário do É Nóia Minha? — e de Santo André —, Camila chamou dois ilustres filhos da cidade do ABC Paulista para: Codré e Déia! Só vem ouvir essa maravilhosidade.
E os namoradinhos? chegou com mais causos de família e um dos episódios mais engraçados até então. Dá o play!
A Isabela é 100% uma sem carisma, e falou lá no Conselhos que você pediu sobre fazer o mínimo (que é um lema nosso). Tá tudo!
Bora sextar
Nós da Associação dos Sem Carisma te liberamos para o final de semana após a leitura completa desta newsletter. Pode avisar seu chefe que a Camila liberou, tá?
E se ele perguntar “mas que Camila?", é só dizer: a única que importa.
Pá, saia dramaticamente e vá pra casa descansar.
[Não nos responsabilizamos por possíveis reprimendas, mas fica aqui a ideia, vai que funciona?]
Aliás, Camila tirou uma folga hoje porque ela tem que carregar o carisma para ir num casamento amanhã. Semana que vem ela volta, quem sabe falando sobre ir a um evento como esse. ;)
Tenham um bom fim de semana, pois nós teremos. Beijos,
Bertha, Taize e Claudio
Lembretes de encerramento:
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Olá pessoas lindas!
Pois né, estou estudando inglês me myself and I!! Daí pensei - Vou pegar os textos do sem carisma e tacar no Google tradutor, os textos são leves, divertidos vai ser uma leitura fácil de boas!!!
Uhmm.. o texto da Betha contém tantas pérolas de linguagem que nem o Google conseguiu acompanhar! Um papa Nicolaus traduzir Santa Claus law realmente é uma pérola, sem conta o restante do texto...
Não há maneira melhor de aprender inglês do que traduzindo seus textos! Kaakaakaa ( rindo, mas com amor).
Enfim vc são ótimos, não parem. Pode até parecer que vcs estão boiando feito bosta, mas estão produzindo um conteúdo mó legal.
Bjinhos!!!