Imagina a cena: você dá uma conferida na caixa dos correios da sua casa e vê um envelope bem diferente de uma conta de luz, gás ou água.
O coração já palpita, você já fica pensando “o que será que é?”, imaginando um convite, um prêmio, uma carta de um tio distante e milionário que quer deixar toda a sua fortuna para você…
Você abre e… é uma cobrança de dívida que você nem sabia que tinha.
Hoje vamos celebrar e lamentar as nossas expectativas frustradas.







Mãe de planta também
Eu cuido de criança e de pets, mas quando entrei no terraço e vi pela primeira vez a minha pitangueira com frutinhas, gritei animada: BEBÊS!! Eu nunca tinha vivido essa experiência de cuidar de uma planta desde mudinha até ela crescer a ponto de dar fruta, tô emocionada esperando visitas e presentes para esse recém nascidos.
A animação bateu tão forte que entrei num site de plantas e comecei a planejar a próxima árvore frutífera que eu vou cuidar. Será que desbloqueamos a skin jardineira? Será que meu sonho daqui a pouco vai ser morar no mato e cuidar de pomares? Não sei, mas vou atualizando vocês.
Eu quero que o Twitter se foda muito
Quando esta newsletter for enviada, provavelmente já saberemos se Alexandre de Moraes cortou os fios do Twitter no Brasil ou não. Escrevo aqui com a maior esperança de que ele derrube esse site para sempre e deixe todas as outras redes sociais com medinho também.
Já citei várias vezes aqui (e na minha outra newsletter, assinem lá, é legal) o livro A máquina do caos, em que Mark Fisher destrincha como as redes sociais funcionam e como influenciam a sociedade. Sinceramente, não teríamos Trump, Zelensky, Milei, Bolsonaro e Pablo Marçal se não fossem as redes. Essas pessoas se criaram com todo o aval das plataformas, entenderam seu funcionamento e abusaram dos algoritmos, anúncios e bots para fazerem seus números inflarem e conquistarem adeptos desavisados. Gente que sequer teria espaço na imprensa anos atrás, antes do boom das redes.
A imprensa, aliás, é outra que se perdeu nas mídias digitais. Hoje as notícias são apuradas no Twitter, no Instagram, no TikTok. Se alguma polêmica aconteceu dentro dessas plataformas, elas são ainda mais difundidas com a mídia tratando picuinha de internauta como notícia séria. O jornalismo internalizou a lógica de quanto mais seguidores alguém tem, mais relevante essa pessoa é. E agora estamos aqui, vendo figuras abjetas como Pablo Marçal surfando na corrida eleitoral paulista com toda a ajuda das redes sociais.
É por isso que bato tanto na tecla da regulamentação. São mais de 10 anos de presença massiva da população nas redes, e nada ainda de termos regras rígidas quanto ao uso delas. É por isso que já rolaram tantos linchamentos, ataques e ameaças, mentiras se espalhando por aí como um Oxxo em São Paulo (toda rua tem um). E não tem nada a ver com tolher a liberdade do internauta. Essa noção de "liberdade" trazida pelos dodóis dos Estragos Unidos consiste em apenas uma coisa: liberdade para ferrar a gente.
Então, por mais que eu trabalhe com as redes sociais e dependa delas, minha maior esperança é que elas acabem, desapareçam, ou então que sejam regulamentadas e bem monitoradas para evitar todo esse caos que se instaurou. Xandão, por favor, liberte a gente desse inferno!
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
eu entendi tudo!!!!!
estar solteira há 6 anos tem lá as suas desvantagens e, claro, vantagens também. e muitas desvantagens que são vantagens e vantagens que são desvantagens, KK. ACOMPANHE O MEU RACIOCÍNIO ABAIXO!
exemplo: recentemente eu conheci um bofinho e ele é todo engraçadinho, bonitinho… começamos a falar e PAH: já me adicionou no close friends.
ok, normal. sim, é o mecanismo do flerte. mas lá naquele close friends estou EU E TODA A MASSA DOS FLERTES DELE!
(((eu também já fiz muito isso!!!! hoje em dia não faço mais. i’m clean. close friends é só pra quem fecha com os irmão, como diria jana rosa e camila fremder.)))
tipo, esses dias esfriou, daí ele foi lá e compartilhou no close friends o convite de um role romântico e quentinho que ia rolar com a legenda de que “AH, TA FRIO E PIPIPOPO…” para que ele fez isso?
para otimizar o date com quem visse e tivesse a disponibilidade primeiro, sabe? pra dar o bote em quem caísse na arapuca primeiro!!!!!!!
errado não tá??? tá sendo esperto!?? tá!!!
mas assim, eu quero ficar saindo e provavelmente acabar me envolvendo com gente assim???? acho que não…
pode ser que não seja assim? pode ser, mas provavelmente é pq EU JÁ TÔ CASCUDA JÁ, kk.
tá vendo! esse é um grande caso de vantagens e desvantagens de estar há seis anos solteira.
me acompanhe para maisssss casos!
Eu quero uma vida de loira platinada
O suco
Eu tenho um suco de laranja de 1 litro na porta da geladeira de casa, gelado, suado e refrescante demais aos olhos. Ando guardando ele como se fosse somente meu, mesmo sabendo que qualquer visita pode vir e tomá-lo. Morro de ciúmes só de pensar que ele pode acabar, até porque, a cada dia que passa, a quantidade de suco dentro da garrafa tende a diminuir, é o ciclo natural da vida e das compras do mercado — que eu tento dar um jeito de proteger e impedir que tome esse rumo.
No frio ele refresca, no calor ele refresca, no tempo ameno ele refresca e ele hidrata, mas, a cada gole que eu dou, eu me sacio na garganta e fico mais sedento na cabeça, sedento e obcecado em sofrer pela chance dele não mais me saciar. Meu analista já me direcionou a entender mil e uma vezes que o problema talvez não seja o suco, e que seria importante levar as conclusões que chego dentro do consultório de análise para dentro da geladeira também. Mas o meu grande pavor de expressar o medo do suco acabar me deixa corajoso apenas para expressar meus sentimentos no papel.
No papel eu arraso, entrego linha do tempo, mágoas e medos em ordem cronológica, levemente alfabética e com uma dose adequada de melancolia sem deixar o choro e a péssima dicção atrapalharem meu discurso. Então eu escrevi para o suco. Escrevi que morro de medo dele não me saciar mais, e muito mais medo dele acabar e deixar a garrafa solta e úmida para eu empurrar para dentro do lixo. E que toda vez que eu provo do sabor que é indiscutivelmente maravilhoso, eu choro de ansiedade por medo da ideia dos meus goles estarem acabando.
Escrever para o suco me abriu um alívio de estar em dia, em ordem cronológica e levemente alfabética com meus sentimentos. O medo e a ansiedade pelo fim dos goles não acabaram, só acabariam depois que eu pudesse ensaiar no banho, treinar a dicção, controlar a melancolia e ler para ele. Eu li. Ele continua lá. O suco.
Pod ouvire
Esse é o nosso espacinho para divulgar os podcasts das sem carismers da equipe. Não deixa de seguir cada um lá no seu Spotify e deixar aquelas 5 estrelas de avaliação. É muito importante para nós! <3
No cardápio da semana, temos um papo sobre o que fazer depois de conquistar os nossos sonhos lá no É Nóia Minha? com Alvaro Leme e Giovanna Ferrarezi. Dá o play!
Em seguida, temos histórias de tretas de família que dariam um livro, uma série, uma enciclopédia lá no E os namoradinhos?
Para você encerrar o jantar com climão, tem Isabela Reis dando o melhor conselho no Conselhos que você pediu: termina!
Qual foi a pior experiência da sua vida? Será que foi pior do que a história que a Bertha contou no Amor ao Pé do Ouvido dessa semana?
E para sobremesa, por apenas R$ 10, tem a Taize comentando o que aconteceu no mês de agosto no podcast do sou meio vagabunda, mas sou boa pessoa.
Até logo mais
Já podemos dar agosto por encerrado, amanhã é sábado e é tempo de alegria. Sobrevivemos mais um! Parabéns pra gente, que mesmo sem carisma algum, demos conta da vida.
Não esquece de soprar canela na porta de casa no dia 1º, tá? Atrair fartura é sempre bom.
E aproveitem, descansem, beijos,
Camila, Bertha, Taize e Claudio
Lembretes de encerramento:
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E vem aqui conhecer o livro Quibe, a formiga corajosa e Quibe e o tesouro das abelhas.
obs: esse texto não é sobre suco.
Cadê a foto das frutinhas?? Queremos esse new born haha
Zero tristeza pelo fim do Twitter. Penso o mesmo!
Ah a sagacidade da mulher solteira de longa data...a gente vai pegando as manhas hehe