Associação dos Sem Carisma #75
Para expelir as coisas ruins
Mais uma vez a Sallve vem apoiar esta associação! Hoje viemos falar do Kit Anticravos, feito para você que tá com o carisma balançado por causa dos cravinhos na cara. Mas como gostamos de pensar no bem-estar geral desta nação, o que ajuda muito também a melhorar a pele, fizemos esse guia para você expelir as coisas ruins da sua vida.
O Kit Anticravos da Sallve vem com o Limpador Facial, o Esfoliante Enzimático e o Bálsamo Demaquilante para deixar sua pele bem limpa e reduzir os cravos. Sabe aquele resquício de protetor solar e maquiagem que obstrui os poros? Vai tudo embora.
Bisavós
Por Camila Fremder
Eu prefiro pensar que quando a gente morre, a gente vai pra algum lugar, tipo uma comunidade ou sei lá, uma fazenda, várias casinhas no campo… Enfim, prefiro pensar que vou encontrar um parente ou amigo que já se foi, e a gente vai pôr o papo em dia, e por que não, de repente, reencarnar? Pois ando completamente maluca de amor pelo Arthur que vira e mexe fala sobre um bisavô ou uma bisavó, do nada.
Essa última vez ele pegou um perfume e me disse: Tá vendo esse perfume, foi minha bisavó que me deu. Antes ela era muito velhinha, mas agora ela tá nova. COMO ASSIM ELA TÁ NOVA?? COMO A GENTE FALA COM ELA? ELA É UMA AMIGA SUA DA ESCOLA? No mesmo dia disse também que o bisavô só tem uma camiseta vermelha, que ele ama muito, e ele tá sempre com essa blusa vermelha. E eu fico pensando, quem é esse cara misterioso da blusa vermelha? Um filiado do PT? Tô aqui pirando nas ideias, e qualquer nova atualização do Arthur eu conto pra vocês.
Conselho de velha
Por Taize Odelli
Essa semana o grande alvoroço nas redes sociais foi o embate entre millennials e a geração Z. O que é "cringe" e o que é "uó". Os millennials se doendo — eu inclusa — por considerarem ridículo acharem ridículo que nós gostamos de tomar café. Ah, o choque entre gerações… Sempre uma polêmica. A gente se achava legal demais zoando os boomers. Hoje somos nós os zoados pela geração TikTok.
Mas toda essa comoção que a geração Z causou nos meus pares acabou, depois, me confortando. Porque olha, se tem uma coisa que não vejo a hora de acontecer é a de ser velha, ultrapassada para os padrões da juventude.
Nunca quis ser adulta, mas também não posso dizer que eu gostava da adolescência ou dos meus 20 e pouquinhos anos. Para mim, há apenas dois períodos agradáveis para se estar vivo: a tenra infância, quando sua inocência infantil te isenta das coisas; e a velhice, quando a maturidade e o cansaço da vida te isenta de outras coisas — tipo ter simpatia pelas pessoas.
Eu tenho a alma velha, aquela que fala "no meu tempo não tinha isso". A que vem com um "te falei, oh" digno de uma vida bem vivida e calejada. Aquela coisa de olhar pra juventude e dizer "iiiih, não vai dar". Olha essa modinha ridícula. Vai todo mundo se arrepender depois. E essa semana, finalmente, eu posso dizer essas coisas com propriedade.
A moda é cíclica, né? Tivemos o revival anos 1970, 1980, 1990 — sigo aqui com meu sneaker sapão —, e observo a gen Z (fala-se "djen zí") querer resgatar umas coisinhas dos anos 2000. Ah lá a Samsung com celular flip. Ah lá a sandalinha transparente. O saltinho plataforma. A calça de cintura baixa. Todas essas coisas deram errado. Muito errado. Eu vivi nos anos 2000 como ser consciente e pensante. Eu estava lá e sei do que estou falando.
Eu descobri essa semana, aliás, essa ameaça do retorno da calça cintura baixa. Digo ameaça porque ela foi responsável pela deformação do corpo de milhões de mulheres, assim como pela exposição do cofrinho de milhões mais. É puro desconforto. E querem trazer isso de volta. Eu sobrevivi à imposição da cintura baixa nos anos 2000 e hei de sobreviver novamente.
Então quero deixar apenas um recado para as jovens leitoras dessa newsletter: não usem cintura baixa. Preservem as suas curvas. É esse o maior ensinamento que posso passar no momento.
Ps.: Hoje faltam exatos 30 dias para o meu aniversário de 32 anos e já sinto que vivi muito nessa vida. Acreditem em mim.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Por Bertha Salles
Fazia muito tempo que eu não falava sobre relacionamentos amorosos na terapia, e não, não é só porque eles mal existem, kkk, mas por uma falta de olhar para isso com atenção e cuidado há alguns anos.
E é muito louco escrever isso aqui, porque se tem uma coisa na vida que eu gosto de falar para amigues, na NeT ParA zuahH* KKK, dar conselhos e acolher as pessoas que me seguem, que trocam comigo, esse tema é o relacionamento amoroso.
Fiquei me perguntando por que eu não levava isso à terapia, e para um lugar mais íntimo mesmo. E como ao mesmo tempo toda vez que eu ia/vou me relacionar com alguém existe uma dificuldade ou uma grande expectativa de que em qualquer segundo eu vá tomar no cool de alguma forma. Sofrer um ghosting, me sentir envergonhada, traída, e esses pensamentos super positivos na vida de alguém. E ultimamente, não importa o nível de relação, esse sentimento acaba surgindo e me consumindo.
E é uma merda ter esses sentimentos ainda, sentir a insegurança em você mesmo no fim, de que sempre poderia existir alguém melhor, ou mais legal, mais inteligente, interessante… E sim, essas pessoas sempre vão existir (li isso em algum lugar e é verdade), afinal, o mundo é imenso.
Mas porra, por mais clichê que isso seja, nunca vai existir alguém no mundo como você, e isso por algum motivo é a nossa melhor e maior qualidade.
Daí eu lembrei do momento em que eu estava na terapia e eu descobri que estava apaixonada por mim mesma. KKKK Foi um momento, um lapso, ele passou, mas às vezes ele volta.
Esse dia foi muito doido, a terapeuta me fez alguma pergunta que eu não lembro exatamente, mas era com um tom de: "Você gostaria de ser outra pessoa no mundo?"
Ou me fez pensar em algo que me levou a esse pensamento, e a minha resposta imediata foi não.
E realmente, naquele momento e quando eu paro e lembro dele, eu não gostaria de ser outra pessoa, eu sentia isso por todo o meu corpo. A satisfação de estar ali dentro de mim.
Foi uma das melhores sensações que tive.
Hora da dica
Dicaize
Estava esses dias procurando coisas para ver no YouTube e ele me recomendou uns vídeos de uma guria, Charlotte Dobre. E foi justamente um sobre BRIDEZILLAS, as mulheres que viram verdadeiros monstros que sugam toda a vontade de viver de quem as rodeia quando vão se casar.
Como uma adoradora de fofoca, essa série de vídeos dela foi um prato cheio para rir e se espantar com a cara de pau das pessoas. Bom demais.
Liga o tradutor automático do YouTube e seja feliz você também com essas histórias.
Bebedicash
Mais uma dica da cadelinha da Disney+ aqui.
Mas sério, eu assisti LUCA, a nova animação da Pixar e eu fiquei em prantos, com o coração transbordando de amor pelos olhinhos.
E vocês sabem que eu não choro, mas nem o antidepressivo segurou essa.
Luca conta a história de um menino que é um monstro marinho, e vive cercado pelo ambiente familiar, de monstros marinhos no caso, em que eles não podem sair para a superfície.
Mas Luca é uma criança curiosa e acaba conhecendo Alberto, que mostra para ele o que acontece quando eles saem da água.
Quando eles saem da água, eles se transformam em humanos.
E a partir desse segredo os dois vivem uma amizade linda linda e causam demais. Querem explorar e conhecer tudo no mundo, como qualquer criança. Se acham invencíveis, e toda vez que Luca sente medo, Alberto fala para ele mandar o "Bruno" ficar quieto. Que é o medo, a insegurança.
Só de falar e lembrar eu já quero chorar de novo.
Os dois conhecem uma outra criança, Giulia, que também se sente diferente dali, daquele povo da cidade em que vive, e com esse encontro eles passam a se chamar de "The Underdogs", que significa os excluídos, ou diferentões, azaradõesh.
O filme fala sobre amizade, sobre ser diferente e se sentir acolhido, e vale a pena demais, demais.
Entrou para a minha lista de favoritos.
Pod pôr no seu ouvidinho (gostou, né?)
No É Nóia Minha? teve uma conversa noiada sobre mudanças com o Pedro Pacífico do Bookster e com a Helen Ramos. Ouve aí!
No Calcinha Larga nós recebemos Sarah Oliveira e Roberta Martinelli, do podcast Nós, para falar sobre se tornar a tia do zap. Escute sem moderação.
E no PPKANSADA Bela, Bertha e Taize receberam Marcela Ceribelli, da Obvious, para reclamar da positividade tóxica. Só coisa linda.
Fini
Mais uma semana acaba, e com ela a depressão… Pois aproveite que essa newsletter é o anúncio do fim de semana chegando, e esperamos que você passe esse dois dias de descanso realmente descansando. <3
Obrigada por mais uma edição aqui com a gente, viu?
Beijinho beijinho,
Nós