Associação dos Sem Carisma #77
Oráculo Sem Carisma
Se você sente que precisa de um conselho para começar o seu dia, aqui está o oráculo que você queria.
O Oráculo Sem Carisma!
Muita sabedoria para iniciar seu dia, orientar, ajudar. É só dar um print na tela para ver qual é o conselho para hoje. Use sem moderação.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Por Bertha Salles
É muito maluco pensar que o primeiro relacionamento abusivo que tive na vida foi com o meu próprio pai.
Por mais que eu o ame, e perdoe, o jeito em que ele me deixou insegura com comentários sobre a minha aparência e inteligência até pouco tempo atrás me afetam até hoje.
A falta de suporte emocional durante as minhas crises de pânico, e alimentares, ainda reverberam e comem a mente.
As pessoas não enxergam, e até me acham super segura e bem resolvida.
Mas a verdade é que criei uma casca durante os anos em que eu não focava nisso ou pelo menos fingia que não para não botar sal na ferida.
Mas tem momentos em que esse sentimento parece que vai me engolir e sufocar.
Me cega os olhos e ensurdece, e me impede de me relacionar com os outros sem medo, medo de perder ou de ser eu mesma e por isso perder alguém. O que acontece em qualquer relação, mas claro, nas amorosas e com homens é um pouco/muito pior.
Descobri e entendi recentemente que eu, uma pessoa que ama falar sobre amor e relacionamentos, sou a pessoa mais frágil e insegura quando se trata do assunto.
E que preciso resolver isso, antes que de fato me engula e vire maior do que eu mesma.
A luta constante de se sentir bem na própria pele é real, e sempre vai ter gente querendo nos diminuir ou colocar para baixo, e como isso vai bater na gente e quando vai bater às vezes derruba, mas levantamos, seguimos e escrevemos aqui para compartilhar.
Senhora dos joguinhos
Por Taize Odelli
Não investiguei a fundo os motivos, mas nas últimas semanas minha concentração é praticamente inexistente. Estou há dias parada na leitura, me confundindo entre trabalhos, tudo isso porque não consigo manter a atenção em uma coisa só por míseros 10 minutos.
No último fim de semana, porém, eu consegui me concentrar. Mas não no que eu queria — ou deveria.
Não sei vocês, mas vez ou outra jogo algumas coisinhas no celular para passar o tédio. Gosto de quebra-cabeças e joguinhos de lógica. Sudoku, Mahjong, 2024... Essas coisas, sabe? Aí fui tão bombardeada por propagandas de um joguinho que acabei cedendo e baixei. Eles usam a técnica de mostrar alguém jogando e errando coisas simples, e eu ficava NÃO É POSSÍVEL, DEIXA EU JOGAR ISSO AQUI PRA MOSTRAR COMO FAZ.
E foi assim que conheci HomeScapes. No jogo você é um mordomo que volta para a casa dos pais — meu maior pesadelo —, uma mansão decadente cheia de problemas. Os pais querem vender a casa, mas você é um mordomo nostálgico e não quer que isso aconteça. Então sua missão é reformar a casa inteira para que os pais desistam de vendê-la.
Tem uns momentos maravilhosos no jogo, como esse.
Pra mim é perfeito: você brinca de decorar e joga uns minigames para conseguir as estrelas necessárias para reparar o piso, as janelas, comprar sofás e tapetes novos, etc. Quando eu vi, estava 100% entretida. E com raiva dos minigames que não conseguia passar. E eu sou movida pela raiva.
Há uma estatística não sei de onde que mostra que as mulheres são a maioria entre os gamers no Brasil, e muito devido aos joguinhos de celular. Sei lá, sempre imaginei umas senhorinhas sentadas numa cadeira de balanço tentando juntar pedrinhas das mesmas cores para conseguir moedinhas, estrelas e afins. Aquela tia que ficava te mandando convite para jogar CandyCrush no Facebook, sabe? E que é capaz de gastar dinheiro com esses joguinhos para comprar um pack de moedas e poderes para passar de fase mais fácil.
No fundo tinha uma visão pejorativa disso. Não sei os motivos. Mas no último fim de semana, me peguei na seguinte conclusão: eu sou uma dessas senhorinhas agora. Eu peço vida pros meus amigos do joguinho. Eu gasto 30 reais para conseguir movimentos extras para passar de uma etapa desgraçada. Eu passo raiva com as fases que não consigo concluir. Eu sou uma senhorinha gamer de celular.
Talvez eu tenha me tornado algo que eu temia, e HomeScapes certamente está atrapalhando a minha produtividade — ando enrolando horrores para ler, por exemplo. Mas vocês tem que ver como o jardim da casa ficou bonito, um mimo só…
Dica lá dica cá
Dicaize
Se tem uma pessoa atrasada com séries, essa pessoa sou eu. Ok, semana passada falei de Loki, que é tão recente que ainda tem episódios saindo. Mas tem muitas séries aclamadas que eu sequer cogitei dar o play ainda — como The Handmaid's Tale, This Is Us, I May Destroy You etc.
Mas essa semana comecei uma que foi muito comentada ano passado e, olha, devia ter começado a ver antes, pois gostando demais: Euphoria. Pois é, comecei só agora.
A série acompanha uns adolescentes doidos por aí, muita droga, sexo e violência, tudo narrado pelo ponto de vista de Rue, interpretada pela Zendaya — MARAVILHOSAAAAAAAAAA. Vi dois episódios e já amei sim. E acho que a personagem que mais curti até agora, além da Rue, é a Kat, descobrindo como fazer dinheiro na internet. Fiquei até imaginando se não começava a vender alguns packs do pezinho…
Euphoria tá na HBO Max, se você é atrasada como eu, vai lá ver.
CamiCast (a linha de podcasts de Camila Fremder)
Essa semana teve a atriz Fernanda Nobre e a escritora Polly Oliveira falando sobre o sentimento de cobrança no É Nóia Minha? Ouve lá no Spotifa!
No Calcinha Larga teve a chef Renata Vanzetto conversando com Camila, Tati e Helen sobre relacionamentos com homens tranquilões e mensagens erradas no Zap. Ouve aí!
E no PPKANSADA Bertha, Bela e Taize levantaram a importante questão: Vale a pena ver de novo? Vai lá descobrir.
Até logo, bebê
Eu, Taize, prometi que nossa presidenta voltaria essa semana, mas menti para vocês. Peço perdão. Mas ela volta, eu juro. <3
Obrigada todo mundo que assina essa newsletter, faz parte dessa associação, e piramida nosso conteúdo com os amigos por mais essa semana de curtição.
Nossa vacina tá chegando — a da Camila já veio! Logo logo poderemos ser sem carisma em um mundo normal.
Beijos mil,
A Gente