Uma casinha com a sua cara
Como membros dessa associação, nosso lugar favorito no mundo é a nossa casa. É nela que nos refugiamos, onde nos sentimos confortáveis, onde queremos passar a maior parte do nosso tempo — pois precisamos fazer o aluguel ou o financiamento valer, né?
Mas nenhum sem carisma é igual ao outro. Tem quem goste de uma casa simples e funcional, tem quem prefira um lar cheio de paninhos de crochê feitos pela vó e plantas por todos os lugares.
A Yuca voltou aqui para a news para contar que não importa o que você procura em um lar, eles têm! Mas antes de contar as novidades, vem aqui descobrir que tipo de refúgio sem carisma é a sua casa!
Com a Yuca você acha o apartamento do jeito que você precisa e atendendo às suas necessidades. Se você trabalha muito e fica pouco em casa, tem apartamentos individuais ou compartilhados que dão aquela ajuda no seu orçamento, sem você precisar se preocupar em ir atrás de tudo sozinho. Se você quer um lugar aconchegante e do jeito que sempre sonhou, tem apartamentos decorados e mobiliados com tudo o que precisa também. Ah, tem também apartamentos só para mulheres e unidades pet-friendly.
E você nem precisa se preocupar com os boletos! As contas do aluguel, condomínio, luz, internet e tudo o mais vêm todas em uma cobrança só.
Então cola lá no site da Yuca para achar seu novo refúgio sem carisma do jeito que você precisa! E olha o presente: tem cupom de desconto de R$ 1000 (R$ 250 off nos primeiros quatro meses) para quem fizer reserva até o dia 6 de setembro! É só usar o cupom SEMCARISMA.
Dicaize: Telegram do PPKANSADA
Como assim a dica antes dos textos? O que está acontecendo?
Bem, nosso financeiro Bruno Porto disse para eu dar destaque para esse anúncio, então aqui está:
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Criamos lá o Disk DR Express para as ppkers mandarem suas histórias, desabafos, dúvidas, para que a gente tenha uma conversa aberta sobre relacionamentos e afins. Para participar desse grupinho exclusivo, é só ir lá no Apoia-se do PPKANSADA e assinar para participar do grupo. São 8 reais por mês, baratinho baratinho. <3
Mudar é sempre um processo
Por Camila Fremder
Me mudei de casa (na verdade o processo de mudança pode durar semanas, e por favor não discutam comigo a respeito disso), e a mudança faz com que a gente descubra uma pessoa estranha que mora dentro da gente. Alguém que guarda flyers de uma banda de forró ruim que tocou no hotel de uma viagem estranha que aconteceu em 2008. Um ser que manteve por 11 anos guardado numa caixa itens como: uma lanterna quebrada, uma máscara de dormir furada com estampa de oncinha e a frase "dorminhoca e linda", um chaveiro feio de uma companhia aérea que não existe mais e um porta retrato vazio com o vidro trincado.
Eu não gostei de ter entrado em contato com esse meu lado, mas com muita paciência fui me organizando (isso porque já me achava muito organizada). Mas o grande problema é quando descobrimos esse outro lado da pessoa com quem nos casamos. No meu caso, foi preciso julgar pelo outro, já que Codré está trabalhando em outra cidade, e me vi decidindo agora se um abridor de garrafas escrito "abre a gelada" é um item de recordação ou não, levando em conta que Codré não bebe. Talvez minha mudança dure um ano, não sei, mas continuo aqui, devagar e sempre, selecionando lixo, doação e recordação, será que abro uma gelada?
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Por Bertha Salles
Comecei essa semana com uma crise de ansiedade daquelas. Normalmente junto dela me vem uma sensação de impotência tremenda, mas não dessa vez.
A crise começou quando eu estava na dentista fazendo uma limpezinha nos dentes — boca aberta com um sugador na língua, barulhão de broca e aquela afliceta nos dentes goxtosa.
Me controlei até o final da consulta, foi, passou.
Mas quando fui subir a rua de casa, aí bateu, e ela voltou com tudo, dando um soco no estômago que me deixou sem ar.
Só que algo diferente aconteceu. Pela primeira vez em anos, consegui buscar alguns recursos e me acalmar até chegar em casa.
Sem chorar depois, ou me sentir diminuída por ela, a crise, senti que conseguimos vencer mais essa.
Eu e meu cabeção.
Hoje vacinei e senti um alívio tremendo, e logo depois fiz uma aula de yoga que no final, no momento da meditação, o professor disse:
Está tudo dentro de você!
Ele não sabia do meu histórico, e muito menos de como tinha sido a minha semana.
Meus olhos marejaram e lembrei de tantos momentos em que abracei essa frase e recorri a ela para me confortar e acolher.
Quando mais nova eu costumava escrever em meus cadernos essa frase e um trecho da música do The Killers, “Spaceman”, que dizia “It’s all in your mind!”, está tudo dentro da sua cabeça.
Pode parecer besta, mas me abraçava.
Tudo está aqui dentro, ao mesmo tempo em que tudo é efêmero, passa.
Isso também me abraça e me faz seguir um pouquinho mais forte para alguns dias, e nem tanto para outros. Mas passa! :)
Pare de cuidar dos problemas alheios
Por Taize Odelli
Apesar de ser uma pessoa sem carisma, eu gosto muito de conversar. Já cheguei a ter horas ininterruptas de conversa, tanto presencialmente quanto online. Sei lá, curto ouvir as histórias dos outros, curto contar as minhas histórias — pois leonina, né —, curto dar pitacos na vida da pessoa. Mas essa predisposição para o diálogo vem com uma consequência ruim, ainda mais sendo mulher: a necessidade dos caras de te tirarem como psicóloga.
Esses dias dei match num aplicativo com um cara que acabou rendendo uma semana inteira de conversa. Aquela conversa sem fim e sem hora marcada, sabe, que alguém pergunta algo e a resposta vem 8 horas depois ou só no dia seguinte. Quando passamos dos assuntos introdutórios, como lugar onde vivemos, o que fazemos da vida, etc. etc., acabamos enveredando numa conversa sobre relacionamentos.
Não é sempre que alguém chega falando de relacionamentos antes mesmo de se encontrar. Pode denotar certo desespero essa coisa de querer discutir a vida a dois antes mesmo de você conhecer a pessoa, né? Mas sei lá, como disse, gosto de dar pitaco, e aí ouço/leio e respondo. E parece que as pessoas se sentem confortáveis em se abrir comigo.
Pois o moço em questão estava abaladíssimo ainda com o fim do seu casamento. Durante uma semana nesse vai e vem de mensagens nada instantâneas, ele falou sobre como se sente perdido nesse momento da vida, que quase nunca fica solteiro, que não sabe exatamente o que fazer, como vai ser. E conforme fui respondendo com meus conselhos nada profissionais, fui me tocando de que ele era aquele tipo de cara que pela primeira vez na vida está sendo confrontado pelos seus próprios pensamentos.
Todo mundo já teve esse cara na vida. Ele sempre está namorando alguém, está sempre no meio dos amigos, viajando, curtindo, sendo legal. Mas ele nunca teve aquele período de silêncio e solidão necessários para a gente se entender. E quando esse momento chega, minha gente, o cara não sabe o que fazer. Então ele acaba… desabafando com uma completa estranha na internet, porque eu dei abertura para ouvir ele.
Veja bem, não estou falando mal do cara ou diminuindo as coisas que ele sente. Essas coisas são importantes, mas em que momento eu achei que seria de boas dar uma de psicóloga com alguém que nem conheço? Quantas mulheres não acabam pegando para si os problemas dos homens porque parece que viemos com esse negócio de querer resolver os problemas dos outros na configuração de fábrica? A gente pode ouvir, a gente pode tentar ajudar, essas coisas são importantes. Mas não podemos deixar que esses diálogos sejam uma via de mão única onde o cara desabafa desabafa desabafa e você apenas responde "como você se sente em relação a isso?".
Vamos deixar de lado essa tendência de querer cuidar da saúde mental dos outros quando a nossa própria saúde mental está em frangalhos. E dá-lhe terapia.
Aquelas dicas
Bebedicash
Ultimamente tem sido difícil dar dicas, pois estou 100% Olímpica. RISOS
Mas, entre o tempo que é noite no Japão, ou quando não aguento mais e vou dormir, tenho lido o livro Talvez você deva conversar com alguém: uma terapeuta, da terapeuta Lori Gottlieb.
Dividido entre histórias pessoais da própria Lori na sua busca profissional e pessoal como mulher, esposa, mãe solo, também acompanhamos o universo dentro das suas próprias sessões de terapia, com o próprio terapeuta e as histórias dos seus pacientes.
Lori discorre sobre a vida e as suas questões tão corriqueiras, em diversas perspectivas de perfis diferentes dos pacientes, e de como ela se mostra nas sessões em que ela está sendo analisada, o que está buscando ali.
Para quem curte terapia e essa sensação de acolhimento, vale a leitura!
Podiquéstis
No É Nóia Minha? teve uma papo sobre expectativas versus realidade com Jojoca e Stella Yeshua. Ouve aí!
O Calcinha Larga está chique demais com a presença da ex-deputada Manuela d’Ávila. Você precisa ouvir!
E no PPKANSADA teve a jornalista Marie Declercq para um papo sobre nossa relação com a pornografia. Ouve que tá tudo!
Aquele tchauzinho e até mais
Mais uma semana chega ao fim, estamos em agosto e logo sobreviveremos a 2021! BORA, TIME!
Obrigada para a Yuca por ter nos apoiado mais uma vez aqui nessa newsletter. E mais ainda, obrigada a você. Sim, você mesmo que está lendo isso. Obrigada por tudo.
Beijos,
Cami, Bebeta e Ize
🤩
Começando o fim de semana maravilhosamente bem 💖💖