Associação dos Sem Carisma #86
Resgatando o carisma
Tem vezes que a gente precisa daquele boost no carisma, né. Não dá pra ficar 24 horas por dia, 7 dias por semana, com o nível carismático no negativo — já basta a conta bancária no negativo, rs.
A convite dos lindos da Sallve, listamos aqui mais algumas maneiras de resgatar o seu carisma quando sentir necessidade. Vem com a gente:
É isso mesmo que você leu! A Sallve tá com um desconto mara no Trio Extraordinário que vem com o leite micelar, com o novo hidratante facial e com o ótimo protetor solar, que está de 169,90 por 154,90. Um desconto sempre levanta nosso carisma, né? Então aproveita!
Quem é você, sem carismer?
Antes de partir para os textinhos dessa sexta, queremos te pedir um favor — pois somos dessa, pedindo favores por aí.
Fizemos uma pesquisa para entender melhor quem é você, sem carismer! Para saber como você se informa, como consome esta newsletter, onde você mora etc. É rapidinho, leva pouco mais de um minuto para responder.
Então vem aqui dizer pra gente quem é você!
O nível da cara-de-pau
Por Camila Fremder
Posso não ter carisma, mas definitivamente tenho cara-de-pau. Tava organizando umas fotos do computador quando encontro um trabalho que fiz pra um banco em 2016. Sim, eu trabalhando pra um banco, podem rir. De blazer e rabo de cavalo baixo (segue foto abaixo para provar), eu entrevistava dois economistas sobre inflação para a página do Facebook do banco, que na época tinha uns 5 milhões de seguidores. Me lembro perfeitamente de que eu transpirava de nervoso, e depois que consegui falar a primeira frase, minha boca ficou completamente seca. Fazia cara de séria e pontuava rasos comentários só pra fingir que ainda estava ali, mas era impossível entender o que eles diziam, até porque o meu coração batia alto demais.
Minha função era repassar para eles as dúvidas da audiência, então eu lia perguntas aleatórias enquanto noiava: Será que alguém vai me reconhecer? Será que vão achar que é uma prima minha de exatas? Será que isso vai virar um trabalho fixo e eu vou ter que investir a grana desse freela em um blazer? Mas do meio para o final eu já tava mais relaxada, e na despedida tive a certeza que seria da turma da Andrea Sadi. Achei tão legal encontrar essa lembrança, a gente esquece de olhar por onde já passamos, e não é que hoje em dia eu tenho o celular da Andrea Sadi? E sim, nós conversamos sobre inflação, vocês já viram o preço que tá a pomada de assadura?
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Por Bertha Salles
Cadê a minha motivação?
A Bertha de um ano atrás nunca imaginaria que hoje estaria incentivando as pessoas a fazerem esportes e suarem o bucinho delas.
Durante um grande período da minha vida, fui uma espécie de pessoa sedentária que, no máximo, gostava de andar a pé e de bicicleta com o meu pai aos domingos. Mas desde que me entendo por gente, fugia das aulas de educação física no colégio e odiava jogos no geral, ainda odeio um pouco o esquema de competição, risos.
Apesar de ter jogado handebol por um tempo como ponta esquerda e ter quebrado o dedo de algumas pessoas já, não era a minha coisa favorita no mundo competir e fazer esportes.
Resumindo, eu sempre tive preguiça, bode, e nunca entendi a motivação das pessoas em se exercitar em um grande geral. Chegava até a sentir uma espécie de raiva de quem fazia e ainda por cima amava esportes. Pensava em como era possível alguém amar essa caralha, kkkkk.
Até que em junho do ano passado eu tomei um baita susto, que na verdade foi uma espécie de aviso, um pedido de ajuda do meu próprio corpo para esse cabeção que vos fala.
Eu ainda acho fascinante como o nosso corpo é esperto e ligeiro, e te manda sinais que são muitos melhores do que qualquer 5g.
Depois de um dia intenso sem comer, eu havia bebido e fumado muito sozinha aqui em casa, numa total deprê. Até que eu fui deitar e acordei passando muito mal. Achei que eu ia dar um PT (LULA 13 2022, alaka do nada), o que eu já estava acostumada, tamanha era a minha questão e normalização com o consumo de álcool.
Quando fui ao banheiro, comecei a sentir algo que eu jamais havia sentido no meu corpo, comecei a suar e ficar com falta de ar, uma espécie de enjoo com dor de barriga. Até que tranquilamente pensei: Bom, não existe remédio para o que eu estou sentindo, então vou tomar uma aguinha.
Fui pegar a água e quando virei o primeiro gole… PLOFT.
Eu desmaiei no chão da cozinha e bati o meu supercílio e maçã do rosto. Durante a pandemia eu entrei em um ciclo vicioso com o álcool que foi um tanto quanto preocupante, fora as questões alimentares, em que eu não estava comendo direito a fim de perder peso, mais uma vez de uma maneira nada saudável, funcional ou sequer sustentável.
Depois do susto falei com a minha médica, psicóloga e psiquiatra. Decidi que era hora de procurar ajuda e finalmente me cuidar.
Comecei a fazer funcional, em casa mesmo. E de uma forma muito gostosa, peguei gosto e percebi que nos dias em que eu me exercitava, a minha ansiedade baixava, meu sono era mais gostoso, e o meu bumbum só crescia. Ou seja, apenas vantagens e, finalmente, encontrei as minhas motivações.
Se exercitem e suem o bucinho, é gostoso demais!
Sou eu de novo
Por Isabela Reis
O texto da Bebetha aí em cima me inspirou a falar aqui sobre uma questão que tem rondado minha vida, principalmente depois da maternidade: fazer coisas para mim, (re)encontrar meu espaço. Qual foi a última vez que você fez algo para você?
A minha foi ontem! Entrei pro clube do bucinho suado e voltei a malhar depois de eras. O corpo implorou e eu tive que atender — mesmo a contragosto. Com um bebê de oito meses e zero motivação, a equação se complica. Essa era minha desculpa confortável. Na verdade, é. Vocês não têm noção como é cômodo poder dizer “não dá, tenho filho, tá foda”. É fácil exatamente porque é verdade. É foda mesmo, mas e ai? E as coisas que eu quero fazer por mim e são escanteadas porque “com filho é foda”?
Nós mulheres caímos rapidamente nesse ciclo de fazer tudo para os outros, organizar a vida para orbitar outras agendas e atender demandas alheias. Tudo que eu queria fazer estava ficando para depois porque né, cê sabe, com filho é foda. Bom, como isso não tem a menor chance de dar certo, a conta chegou. Em dores no corpo e em muito, muito, muito recalque por quem consegue se priorizar. Na maternidade, é muito fácil a gente criar um ressentimento muito grande pelo parceiro que sai pra trabalhar, que consegue se priorizar, que a vida até muda, mas não tanto quanto a nossa. Eu escolhi ficar em casa, eu tenho rede de apoio para fazer coisas para mim, mas “com filho é foda” e se eu não faço, ele também não deveria fazer. Certo?
Errado. Se ele faz, eu deveria fazer também. E foi assim que me permiti sair para cortar o cabelo, voltar a malhar duas vezes por semana, delegar para trabalhar em paz, ir fazer uma massagem em um spa, passar no shopping e comprar uma sandália. Descobri que posso e que fico bem fazendo minhas coisas. E desculpa meu filho, mas em duas horas não dá nem pra sentir saudade. Mas dá pra se sentir viva.
No último mês, tenho me permitido viver esses momentos tão importantes. Eu sempre quis ser a mãe que faz coisas pra ela mesma, que delega e que se permite um espaço. A frase “uma mãe feliz é uma mãe melhor” me acompanha desde antes de ter filho. De todas as sensações quando estou casualmente fazendo algo importantes somente pra mim, a mais gigante delas é o orgulho da mulher que lutei muito para me tornar.
Galera, vamo pará?
por Taize Odelli
Faz poucas semanas que começamos a receber gente lá no Disk DR Express, o grupo do Telegram do PPKANSADA — vem aqui para saber como entrar. Lá ficamos fofocando, compartilhando coisas e, claro, desabafando sobre o que anda rolando na vida. E nesse tempo lá, venho notando como a gente acaba noiando por coisas mínimas. Noiando por pessoas que jamais noiariam com a gente.
Penso que é da nossa criação essa coisa de ficar se preocupando com tudo o tempo todo. Afinal, meninas são ensinadas a ter responsabilidades bem antes do que os meninos, que com 30 anos na cara continuam sendo chamados de meninos. Então pegamos pra gente essa coisa de querer entender tudo, encontrar significados e sinais em qualquer palavra ou atitude dos caras. "Ele não falou comigo o dia todo, será que eu fiz algo?" Já pensei isso muitas vezes, o que me consumia horas e horas de trabalho mental tentando decifrar porque fulaninho estava quieto.
Mas fulaninho não estava nem aí pra isso, sabe? Dificilmente ele estaria pensando a mesma coisa, se perguntando dos motivos do meu silêncio. Talvez ele até tenha pensado "nossa, ela não falou comigo desde ontem...", mas logo deixou isso de lado e voltou a atenção para algo mais… edificante. Enquanto eu seguia lá, noiando e noiando.
É daí, vejo agora, que vem grande parte das nossas decepções emocionais e amorosas. Essa vontade de saber de tudo e controlar tudo. De procurar em cada movimento do outro uma mensagem subliminar e ficar se torturando por algo que não tem a mínima importância. Nos últimos meses, estou exercitando essa coisa de deixar pra lá, de silenciar aquela voz interior que fica querendo jogar responsabilidades que não são minhas nas minhas costas. E olha, os resultados estão sendo bons.
Então galera, bora parar, tá? Vamos fazer um pacto aqui para deixar de noiar com homem que nem é nada de lá muito importante pra gente.
Obrigada.
Aquela dica
Bebedicash
A minha dica de hoje é a série francesa Dix Per Cent.
Agora estou fazendo aula de francês e estou amando e não entendendo nada ainda, então assisto com legenda, claro.
Essa série conta a história de 4 agentes, tipo o nosso querido Bruno Porto Ideias, mas de atores de cinema, que a cada contrato fechado ganham 10% em cima do agenciado.
A cada episódio, um ator francês interpreta ele mesmo na série, que é recheada de comédia, draminhas e romances.
Vale ver para passar o tempo e não pensar no caos do Brasil.
Dicaize
Não ando vendo muito material fictício televisivo ultimamente, e minhas leituras andam devagar. Aí decidi indicar mais uma playlist que fiz despretensiosamente com as melhores canções dos idos dos anos 2000. Sim, a época da internet discada, ver Malhação depois da escola, comprar revista Capricho, usar calça de cintura baixa mostrando o elastiquinho da cueca feminina. Quando a gente era feliz e não sabia.
Tem do pop chiclete ao rockzinho meia-bomba. Espero que curtam.
P
o
d
c
a
s
t
s
É Nóia Minha?: Foquinha e André Brandt revelaram as nóias de casal que eles vivem ou já viveram, e junto com a participação da audiência notamos que todos os casais são muito noiados. Vai lá ouvir.
Calcinha Larga: Fabiula Nascimento foi a convidada engraçada e talentosa dessa semana. Se você quer rir ou ouvir a voz do gato do marido dela, é só colar lá!
PPKANSADA: Essa semana nossas ppkers convidaram Alvaro Leme, do Debates Inúteis, para falar sobre suas paixonites platônicas por gente famosa ou não. Ouve!
Olha, valeu, valeu demais
Hoje estamos de casa cheia (leia-se todas as colulindas dessa news presentes), e só com a equipe completa pra devolver um pouco do carisma que essa semana (e notícias do Brasil) nos tirou. Fiquem bem, respirem e #forabolsonaro.
bjs,
Noix