Para dar aquela sumidinha deliciosa
Sabe quando você está com o carisma tão baixo, mas tão baixo, que sua vontade é sumir no mundo e ninguém perceber? Pois você pode fazer isso com essas dicas que separamos para você hoje, sem carismer. Porque a gente não precisa ficar online e comunicável 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Então separa eu lookinho mais confortável para sumir sem ninguém perceber.
Folga da patroa
Como vocês devem saber, nessa semana o príncipe Kaito ficou dodói. Mas fique tranquile: já está tudo bem com ele, e como a presidenta desta associação foi buscá-lo, não foi possível contar com sua presença na newsletter dessa semana. Afinal, tem que dar amor pro Kaito, né?
Semana que vem ela volta. <3
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Por Bertha Salles
As desvantagens de ser invisível
Acharam que eu ia fazer uma alusão ao filme As vantagens de ser invisível, né?
Achou errado, kk.
Hoje eu quero falar sobre ser visto e enxergado, mas de verdade. Daquele jeito que você não precisa ficar indo atrás, gritando, esperneando ou tendo atitudes tortas para que alguém perceba que você só está ali, existindo.
Na pior fase da minha vida, eu sentia que ninguém me enxergava. Na escola de freira que fui estudar, com os amigos, familiares, e até dentro da minha própria casa, que estava disfuncional, e até então era o meu ambiente mais seguro.
Eu fiz de tudo, virei de patricinha para emo (risos), só usava preto, pintava os olhos de vermelho, não falava com ninguém, era agressiva e mesmo assim ninguém parecia me perceber.
Não notavam o sofrimento ali dentro, a confusão, a vontade de gritar. Era mais fácil fingir que não viu, quem sabe?
Nesse momento da vida, acabei me apegando à música e à escrita, que por muitas vezes me salvaram de algo pior.
Me reconhecia nas letras e queria fazer algo com isso, me rebelar assim como os punks, ou até os próprios emos, que estavam ali daquele jeito porque também queriam que a sua dor fosse reconhecida.
Esse processo, por mais doloroso que tenha sido, me tornou quem eu sou. Um pouco de desequilíbrio e caos, mas que faz parte de mim e de como me vejo, e gosto de me ver.
Ainda hoje, por muitas vezes não me sinto vista, mas tenho a segurança de que me vejo. E isso já me ajuda.
Acho que ser visto é sobre perspectivas, né?
Quer pagar quanto?
Por Taize Odelli
Ah, ser mulher. É tão bom ser mulher. Somos lindas, maravilhosas, inteligentes, sensatas… Tantas qualidades. Uma delícia. A parte não delícia é ser desprezada financeiramente por ser mulher.
Não sei se vocês aqui sabem, mas entrei pro empreendimento de "venda de fotos". Rs. Chega de mandar nude de graça, né bebê. Não é nada de muito wow, só mais pele aparecendo. Sem atos libidinosos acontecendo. Mas deixei lá um aviso dizendo que, caso algum assinante quisesse algo mais específico, era só mandar mensagem para discutirmos o que e o valor. Pois conteúdo especial é mais caro, né.
Recebi uma proposta esses dias para um vídeo, algo que eu poderia fazer. Disse que iria pensar nos valores, estava pensando em colocar algo entre R$800 e R$1000. É caro? É sim. Mas eu preciso me valorizar, né? São 32 anos de cultivo desse corpinho, além do que seria um conteúdo exclusivo para aquele cidadão. Mas antes de eu dizer meu valor, o cara já respondeu. R$150? R$190? R$300?
No mesmo dia, curiosamente, um cara com quem dei match num aplicativo disse que tinha tara por ver a mulher dele pegando outros caras. O que no meio é chamado de cuckold. Disse que oferecia R$100 para cada "pau" que a mulher em questão conseguisse pegar. Falei que era muito pouco. Disse R$200. Aí nem respondi mais. Ainda no mesmo dia -- PUTA QUE PARIU --, outro cara que eu conheci ficou mendigando nude de graça depois que falei que eu tinha um OnlyFans.
Foi aí que pensei: porra, eu "custo" tão pouco assim? No trabalho "formal", ainda ganhamos menos do que os homens. No trabalho "informal", acham que 200 reais é algo que vai super pagar pela exposição do meu corpo. Gente que depois te julga porque você vendeu umas fotos, mas que não é capaz nem de pagar um valor ok por elas. O negócio, parece, é diminuir a gente financeiramente em todas as áreas.
E o pior é que a gente compra esse discurso. Quantas vezes não pedimos menos para um trabalho porque achamos que o cliente diria que estava caro? Na pretensão salarial para aquele emprego novo, você colocava o que realmente gostaria de ganhar? Eu sempre me avaliava para menos, a mais barata, a mais acessível, porque achava que eu não tinha "experiência" para pedir mais. Depois fui ver que tinha experiência sim, e muito mais que muita gente.
Aí essa semana vi esse post do André Carvalhal, e ele é tudo o que eu sempre quis dizer para algumas pessoas com quem trabalhei ou que me pediram algum orçamento na vida. Não, não vou fazer de graça. Não, esse trabalho simples e rapidinho não será barato, pois você não está me pagando por hora ou complexidade, e sim pelo meu conhecimento nesse trabalho. E eu posso sim te mandar uma foto dos meus peitos, claro. Mas pague por ela.
A gente já fez muita coisa de graça por aí, e já deu, né.
Quer dica, bebê?
Bebedicash
Esse final de semana maratonei Nine Perfect Strangers, da Prime Video, e amei.
Personagens completamente diferentes e disfuncionais vão a um retiro para se sentirem melhores. Cada um presencia um trauma, algo muito forte, que acaba sendo complementar à dor do outro.
E é aí que chega a guru Nicole Kidman, que está perfeita no papel de Masha, uma russa que teve uma experiência de morte que mudou a sua vida, e que tem um processo de cura um tanto quanto exótico para com essas pessoas.
A série é recheada de suspense e te deixa preso querendo cada vez mais um episódio. Ainda faltam liberarem dois episódios para acabar a temporada, mas já vale a pena começar.
Dicaize
Estava aqui montando a newsletter ouvindo o É Nóia Minha?, e uma hora alguém da audiência mandou a nóia: “e se eu não descobrir o propósito da minha vida?". E isso tem tudo a ver com um livro que terminei de ler essa semana, Expiração, de Ted Chiang.
Ou pelo menos tem tudo a ver com alguns dos contos que ele escreveu. O livro tem 9 histórias e em cada uma delas Chiang apresenta realidades alternativas às nossas. Realidades em que viagens no tempo existem, em que podemos nos comunicar com nossos “eus” de universos paralelos, em que robôs se auto-examinam etc. etc…
Ele é apenas um dos meus autores favoritos da atualidade, porque seus contos trazem debates muito doidos sobre nossa realidade. Ainda vou falar mais sobre ele aqui na news, mas por enquanto só quero dizer: leiam Ted Chiang.
Pódi Cast sim
No É Nóia Minha? tivemos mais uma rodada de Batalha de Nóias com os maravilhosos Manu Barem e Thiago Guimarães. Ouve lá para atualizar sua lista de nóias!
No Calcinha Larga teve um papo sobre família com a comunicadora Debora Baldin. Dá aquele play gostoso!
E no PPKANSADA nossas sem carismers e ppkers falaram sobre como a geração millennial está fodida. Ouve pra chorar!
Beijo na escápula
Recebam mais uma vez nosso agradecimento por fazer parte desta associação. E vamo que vamo. <3
Beijos,
A gente aqui
Caralho, Bebetinha, me identifiquei total. "Me vi nas letras e musica, o que muitas vezes me salvou de algo pior".
Seu texto é muito aconchegante. Saber quem se é vale muito.