Associação dos Sem Carisma #93
O que pensam errado dos sem carisma
Para quem é carismático, pode ser difícil entender os motivos que fazem nós desta associação termos tanta preguiça de socializar. Pensando nisso, resolvemos derrubar aqui alguns mitos sobre os sem carismas para você mandar para aquele amigo festeiro entender melhor como nós funcionamos.
Aprendeu? Agora deixa a gente falar de outra coisa que todo mundo acha que não é legal, mas é muito: vinho em lata. A Vinho 22 acaba de lançar sua versão em lata e chamou a gente para contar essa novidade para vocês. A marca nasceu para descomplicar a nossa relação com os vinhos. Porque tomar uma boa tacinha — e agora, latinha — não precisa ser cheio de regras e nem complicado. Imagina chegar em casa depois daquela interação social que sugou todo o seu carisma e ainda quebrar a rolha na hora de abrir a garrafa? O horror!
O vinho em lata da Vinho 22 salva a gente de situações como essa. E é uma ótima companhia para nós, sem carismas, aproveitarmos uma fofoca com os amigues, um convescote com a turminha mais chegada, um momento sozinha em casa… Para recuperar o carisma com moderação e sem complicação!
E fora dos stories, como tá a sua pele?
Sua pele está xoxa, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente? Só o filtro do Instagram devolve o carisma para a sua cútis? Senta aqui e vamos conversar.
Primeiramente, beba muita água. Segundamente, evite cigarro. Terceiramente, tenha bons produtinhos para passar nesse rostinho aí. E um dos que a gente mais ama aqui nesta associação é o creme antioxidante hidratante da Sallve.
O primogênito dessa marca que sempre nos apoia aqui foi feito para controlar a oleosidade dessa carinha de pau, minimizar os poros dilatados e diminuir os cravos, suavizar as manchas que os socos da vida deixaram na sua cara, diminuir as olheiras frutos de mil noites pensando nos boletos a pagar e mais um monte de benefícios.
Então entra aqui no site da Sallve para conhecer tudo o que esse produtinho pode fazer por você e seu rostinho. Pois sem carisma sim. Bonita também.
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Por Bertha Salles
Quem dá o seu valor?
Essa semana pós-insight na terapia, fiquei refletindo o quanto a gente acaba colocando o nosso valor, o próprio, abaixo do mercado e, pior, na mão de outres.
Coincidentemente, na sequência fui abarrotada por vídeos da psicanalista, feminista e perfeita Manu Xavier, indicados por uma amiga especial, a Amalu. Vídeos que falam exatamente sobre isso, o quanto a sociedade tenta estipular valores em cima de nós, mulheres.
Valores esses colocados em cima de superficialidades, como se tivéssemos que ser o melhor produto do mercado, seguindo uma padronização, sabe?
Pensei nesse mundo capitalista e, infelizmente, ainda patriarcal, e na quantidade de coisas que tem subido o preço por aí — é gasolina, carne, luz… Ok, poderia ser um texto político, mas é só uma comparação em cima de uma realidade completamente triste. E nesse comparativo acabei incluindo eles, os homens héteros cis, que parecem que a cada dia que passa tentam se colocar lá em cima, achando que eles que estipulam o nosso próprio valor através dessas comparações e padrões imbecís.
Se relacionar com o homem hétero em 2021 é praticamente impossível. Parece que eles se sentem em um lugar superior, onde não precisam ter responsabilidade afetiva, dar satisfação ou fazer o mínimo. Afinal, na cabeça deles, a oferta segue vasta.
E aí é lei do mercado, oferta e procura de Adam Smith, a mão invisível (eu prestei atenção nas aulas de geopolítica sim kk).
Mas agora pensa comigo: cade a inflação do nosso amor próprio? Kkk
Me senti cafona só de ter digitado essa frase, mas é verdade.
Eu vejo muitas amigas solteiras frustradas com as suas relações com esses homens, praticamente implorando para ter uma noite de prazer, algo casual e gostoso. O que é completamente irritante, afinal, vai ser bom para todo mundo. Eu hein!
Mulheres incríveis — inteligentes, engraçadas, lindas —, praticamente implorando para sentir prazer a dois.
E esses adjetivos pouco importam, porque não é isso que deveria estipular as relações humanas.
Acredito que isso aconteça por sermos tão instigadas durante a vida toda a deixarmos o nosso valor na mão dos outros, e esquecemos que quem o estipula somos nós mesmas. Já dizia a música: cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é, e só você sabe.
E eu acabo escrevendo esse texto como um lembrete, para eu não deixar nunca mais que alguém tente me encaixar nos seus valores.
Não há terror maior do que a vida real
Por Taize Odelli
Não sei vocês, mas eu gosto desse climinha bruxaria, fantasmas e coisas sobrenaturais que envolve o mês de outubro. Não gosto de histórias de terror tipo Jogos mortais, com cenas explícitas de sangue jorrando e violência pela violência. Mas amo aquelas histórias macabras contadas por tias velhas no meio do mato. Coisas estranhas acontecendo, objetos se movendo, barulhos que vêm do nada.
Quando pequena, me cagava de medo dessas coisas. Aquele medo que me paralisava na cama e não me deixava dormir. Mas sempre tinha um tiquinho de curiosidade que me fazia abrir o olho, escanear o quarto e até observar atentamente a janela para ver se algum vulto aparecia. Nunca vi nada. Agora, adulta, o medinho ainda existe, mas gosto de enfrentá-lo consumindo o máximo possível de conteúdo sobre fantasmas e afins. E também, depois de adulta, a gente aprende que nada é mais assustador do que a vida real.
Então hoje, para entrar no clima Dia das Bruxas, vou indicar aqui as coisas que mais gosto desse rolê, entre canais, livros e afins.
Nossa parte de noite, de Mariana Enriquez
Terminei ontem esse livro que é lançamento aqui no Brasil. Um catatau de mais de 500 páginas sobre uma ordem secreta, apenas a Ordem, que adora a Escuridão e precisa de um médium para se comunicar com ela. Esse médium é Juan, que no começo da história tenta salvar o filho, Gaspar, do seu destino de se tornar médium também. A Escuridão é uma entidade violenta e esfomeada, então as cerimônias envolvem sacrifício humano e mutilação, e chegam a custar a vida do médium às vezes. E ainda tem uma boa parcela de visões de mortos e outros acontecimentos estranhos. Se passa na Argentina ali entre os anos 1980 e 1990, com um flashback bem legal na Londres nos anos 1970. Para quem ama terror, esse livro é tudo. Eu apenas não queria que ele acabasse.
Saco de ossos, de Stephen King
King tem muitas histórias de terror, mas a que eu mais gosto é Saco de ossos. Um escritor que perdeu a esposa volta para uma pequena cidade onde cresceu para voltar a escrever, e começa a ser assombrado por alguma coisa que tenta se comunicar com ele via sons na parede e movendo objetos pela casa. Tem também um lance amoroso que rola entre ele e uma moradora de lá, mas o que pega mesmo é o clima assombrado que King cria dentro da cabeça do próprio personagem. Recomendo ler em um lugar bem silencioso.
Buzzfeed Unsolved: supernatural
Essa série de vídeos do canal Buzzfeed Unsolved é uma das minhas favoritas, e está agora em sua última temporada — triste. Ryan é super crente de que fantasmas existem, enquanto Shane é o cético do rolê. Na versão sobrenatural da série — que começou falando sobre crimes reais sem solução —, eles vão investigar se fantasmas existem ou não nos locais com fama de serem assombrados. Dá uns calafrios, mas os dois são tão engraçados que você até esquece que tá vendo vídeos sobre fantasmas.
Slapped Ham
Para quem curte ver vídeos de supostas aparições de fantasmas, alienígenas e afins, esse canal é cheio de coisa esquisita. Kallen, o apresentador e narrador, sempre faz uma seleção de vídeos esquisitíssimos. Apesar de gostar de ver, eu sou bem cética quanto a veracidade de muitos dos vídeos e fotos que ele mostra, mas é legal mesmo assim para perceber como a gente molda o que vê com a nossa mente para representar aquilo que gostaríamos de estar vendo. Dá para perder umas boas horas assistindo aos vídeos dele.
Nexpo
Outro canal que amo acompanhar e que traz tanto compilados de coisas estranhas que ele encontra pela internet quanto histórias macabras que ele narra de um jeito bem assustador. Porque muito do medo está na ambientação: a voz de suspense, a trilha assustadora, a edição que te deixa ansioso quanto ao que vai acontecer a seguir. Bom para ver depois da meia-noite, sozinho, no escuro.
Turismo macabro
Essa é uma série documental da Netflix em que um jornalista viaja para diversos lugares do mundo atrás de pontos turísticos pouco… comuns. Desde um tour de Pablo Escobar a um ritual no meio da África. E é interessante ver como muito da estranheza que sentimos ao falar sobre a morte ou coisas do tipo vem apenas de uma falta de contato com diferentes culturas. É uma série muito legal para aprender que o que é assustador para a gente é super comum para os outros. Se bem que o episódio sobre tietes de serial killers realmente é assustador, rs.
Espero que gostem das diquinhas dessa vez. Pode te dar medo, mas também pode te fazer esquecer medos reais que assombram a gente todos os dias. Aproveitem.
Tem podcast pra ouvir
É Nóia Minha?: Essa semana teve Dandara Pagu e Lorelay Fox no Nóia? para falar sobre términos. E novamente esclarecendo que o paraquedista de Casamento às Cegas NÃO É O EX DA CAMILA. Ouve lá!
O Calcinha Larga ainda está de férias, mas logo logo tem nova temporada. Vai relembrando seus episódios favoritos enquanto isso.
E o PPKANSADA também está de férias! Mas calma, em duas semanas Bela, Isabela e Taize voltam com novos episódios. Então se não ouviu tudo, bora aproveitar para ouvir.
Beijinho beijinho, ai ai ai
Mais uma semana sem carisma vencida! Se você notou a ausência de nossa presidenta, ela precisou de uma pausa merecida, mas semana que vem voltaremos à programação normal.
Aproveite o Dia das Bruxas para dizer que sua fantasia é de alguém se escondendo de um fantasma. E cuidem-se nesse feriado.
Beijos assombrados,
Nóix