Juntando o que é bom
Café com leite. Arroz com feijão. Chuchar bolachinha no leite. Tem coisas que a gente gosta separadamente, e tem coisas que, quando juntas, deixam tudo ainda melhor.
É o caso do novo Antioxidante Hidratante com Proteção Solar da Sallve, que une os benefícios do antioxidante hidratante mais aquela proteção solar que a gente precisa sempre — mesmo quando não tem Sol!
Então, já que a Sallve fez essa maravilha pra gente, queremos deixar aqui algumas ideias de união para o bem da humanidade — e do nosso carisma.
Gostou desses combos? Então cola lá no site da Sallve para conhecer o Antioxidante Hidratante com Proteção Solar. Ah, e durante dezembro tem promoção especial: nas compras acima de R$ 179, você pode escolher um dentre quatro mimos que a Sallve preparou: squeeze, sacochila, kit de viagem com refil ou toalha de academia. Tudo né?
Ah, e mais um mimo para você: usando o cupom DESCONTOPROCARISMA30 você ganha R$ 30 reais de desconto na primeira compra (acima de R$149). Corre lá!
Você tem tatuagem?
Por Camila Fremder
Eu nunca liguei pra tatuagem e só fiz uma (dá pra considerar um risco de meio centímetro na parte interna do dedo uma tatuagem?), porque o espanto de todos era certo quando dizia que não tinha nenhuma.
Também nunca fui aquela pessoa que pergunta o significado da tatuagem alheia, eu simplesmente não ligo, é como se fosse um acessório. Só que esses dias estava em um restaurante, e na mesa ao lado estava uma mulher onde no antebraço tinha escrito o nome Guilherme. A pessoa que almoçava com ela perguntou quem era Guilherme, e na mesma hora ela abriu um sorriso e disse que era seu filho, e sem nem pensar pegou o celular e começou: "Aqui é ele de boné, não é uma graça? Olha essa na casa da avó! Espera que tem outra dele comendo manga que tá muito engraçada, vou achar aqui rapidão…"
Entendi tudo. Quem não quer um bom motivo pra mostrar fotos do filho para os outros?
Até nunca mais!
Por Isabela Reis
Acabou o ano! Tá, ainda falta menos de um mês, mas eu já fui invadida pelo espírito ragatanga de fim de ano. A única coisa que quero fazer até a virada do ano é refletir sobre quem eu quero ser em 2022, minhas metas, planos, a vida que quero levar, me organizar, me planejar. Eu tô 100% focada em ser a Isabela que eu quero ser em 2022. Mas ainda chegarei nesse papo aqui com vocês da ADSC mais para frente. Para começar o fim de ano, eu quero me despedir de tudo que eu detestei, achei uó, pretendo não viver novamente, poderia ter passado sem essa e ranços outros. Vamos lá:
Puerpério. Recuperação de cesárea. Não ter licença maternidade remunerada. Pagamento em 90 dias. Introdução alimentar de bebê. Privação do sono. Sentir fome e não ter nem como cozinhar. Segunda onda de Covid. Áudios no WhatsApp. Morte do Paulo Gustavo. Não ter Carnaval. Os cactos da Juliette. Pressão para postar recebidos. Glamourização do burnout. Paraquedista de Casamento às Cegas. Mensagem de trabalho no WhatsApp às 22h. Orçamento micro pra empresa bilionária. Pedra no rim. Gil não ter ganho o BBB. Movimento childfree. Quem acha que meu filho é coitado porque não come açúcar. Quem palpita na minha vida de modo geral. Impostos. Barulhos e som alto em geral. Clubhouse (ainda existe?). Quem expõe criança chorando na internet. Perfis no Instagram de bebês que ainda nem nasceram. Outubro inteiro de chuva. Salto de desenvolvimento. Peito de frango 20 reais o quilo. Voltar a menstruar. Lives no Instagram. Atraso na vacinação. 19 milhões de brasileiros passando fome. Bolsonaro em geral. Filho doente. Tretas no Twitter: todas. Perder Marília Mendonça. Homens cis brancos héteros (menos o nosso Bruno). O WhatsApp ter voltado pro ar quando caiu. Programa No Limite. Meu marido trabalhando 100h por semana. Falta de oxigênio em Manaus. Fadinha não ter ganho ouro no skate olímpico. Reels. Ômicron e variantes diversas. Carga mental. Talibãs de volta ao poder no Afeganistão. CPI da Covid. Violência e racismo policial. Inflação. Responder e-mails. WhatsApp. É sobre isso!
Bom, acho que por enquanto é só. Ainda temos três semanas para o ano acabar, essa lista ainda pode crescer — e muito! Mas já é suficiente. Vamos tomar como um ritual de passagem, tipo aquele de escrever num papelzinho e queimar para nunca mais ter que lidar na vida. Cada uma dessas coisas acima me fez aprender algo, ter mais paciência com a vida, me tornar mais resiliente e todo esse blá, blá, blá. Beleza! Obrigada pelos ensinamentos, gratidão eterna e até nunca mais!
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Por Bertha Salles
Sobre se sentir excluída aos 27 anos
A gente acha que, em uma certa idade da vida, quando mais maduros, tudo estará bem resolvido e estaremos 100% seguros de nós mesmos e de como nos relacionamos com as pessoas e o mundo ao redor.
Eu achei que já estava nessa fase da vida, segura e bem resolvida comigo, rsk.
Grande ilusão…
Esses dias fui para um ambiente completamente estranho com pessoas desconhecidas, como já aconteceu diversas vezes, mas não sei por qual motivo eu não conseguia fluir e interagir com ninguém. Comecei a sentir aquela vergonha alheia própria, sabe? E fui me isolando, me emburacando.
Fazia muito tempo que isso não me acontecia e a sensação é péssima, me remete a quando troquei de escola aos 11 anos e ninguém queria conversar comigo, parecia que eu não conseguia ser eu mesma.
Nesses momentos é exatamente isso o que acontece, esquecemos quem somos e por que somos, e para mim não existe situação pior do que essa, esquecer quem sou.
Por um bom tempo da vida eu fui a pessoa que não interagia com ninguém, era uma época em que eu sentia muita raiva de tudo e todos, e depois eu virei o oposto disso, uma pessoa que conseguia conversar com qualquer um e em qualquer lugar.
Mas na vida nada é permanente, inclusive esses sentimentos que a gente acredita já estarem bem resolvidos dentro de nós.
Fiquei pensando na constante do aprendizado e do recomeçar, e como isso faz parte da nossa trajetória, por mais merda que seja, a gente nunca vai ter tudo bem resolvido. E momentos como esses podem existir, ir embora e voltar, e aí a gente começa de novo, aprende e segue se fortalecendo.
É bom o homem?
Por Taize Odelli
ATENÇÃO: ESTE TEXTO CONTÉM SPOILERS DE SUCCESSION
Estava assistindo ao último episódio que saiu de Succession e, de tantas cenas ótimas que essa série entregou até agora, teve uma que ficou matutando na minha cabeça: a conversa de Kendalll Roy com o pai, Logan.
Durante toda essa temporada, quem acompanha está vendo o Kendall finalmente se rebelar. Ele mesmo se coloca num papel de messias, como se estivesse combatendo o mal. O mal é seu pai, uma representação em carne e osso do que é ultrapassado, acabado, imoral e sem espaço nessa sociedade nova que queremos construir.
(Um parênteses: quero deixar bem claro que quero sim viver nessa sociedade onde tudo é lindo e justo. Mas as coisas são muito mais complicadas do que aquilo que nós queremos.)
Sempre considerei Kendall um filhinho de papai que quis mostrar que pode ser tão filho da puta quando aquele que o criou. Mas nessa cena especifica, Kendall intensifica o discurso da batalha entre o bem e o mal. Ele está condicionado a abrir mão de sua luta pela empresa em troca de tranquilidade, porque no seu interior ele acredita que faz o bem, enquanto o pai é o próprio diabo na Terra.
E eis que Logan, como sempre, joga baixo: relembra um episódio traumático da primeira temporada e joga na cara do filho que não, ele não é bom. Ele não é moralmente superior ao pai ao se colocar contra os casos de assédio e encobertamento em que a empresa está envolvida – no fundo, ele também se beneficiou disso tudo. Que ele também cometeu o mal, julgou a sua vida superior a de outro a ponto de não querer pagar pelo que fez.
E está aí a nossa impossibilidade de ser bom. Bom na concepção mais estrita da coisa: aquela pessoa que abre mão de tudo pelo bem coletivo. Que se sacrifica pelo outro. Rola um embate entre o nosso ego, quem somos e nosso lugar aqui, contra nossa consciência coletiva. É o momento em que o dedo que a gente apontava pro outro é redirecionado e aponta pra gente.
É de onde vem o meu medo e onde esbarro nos meus limites. A noção de até que ponto eu vou ser crucificada, até que ponto é válido eu crucificar o outro por coisas que eu possivelmente já fiz. Porque no fundo o Logan está certo: o homem não é bom. A humanidade não é boa. A bondade existe e ela está aí, mas sem maldade não há bondade. Sem um pouco de droga não tem um pouco de salada. Então essa visão de que somos bons, de que existe um vilão e um mocinho, vai contra a noção de humanidade em si. Porque a humanidade é confusa e complexa, e não um mapa com limites bem definidos. Os limites mudam de lugar toda hora, dependendo do contexto.
Acredito que, pela última cena desse episódio, Kendall entendeu esse recado do pai. Ele não é bom. Ele pode ter boas intenções, mas no fundo ele é só mais um filhinho de papai que correu para a figura de autoridade na primeira pisada grande de bola por medo de ser massacrado. E ao fazer isso, passou por cima da moral, da justiça, dos 10 mandamentos, e agora está se cagando de medo por isso e procurando maneiras de se afirmar como um ser iluminado para abafar o eco da culpa.
Nós fazemos muito isso. Eu faço muito isso. Eu quero um mundo bom e lindo porque no fundo não seria capaz de abrir mão dos meus confortos pela sobrevivência do outro. Eu esbarro nesse muro. A empatia acaba aí, porque tem essa membrana de ego protegendo o eu, evitando que esse eu se funda com o resto do mundo e vire um nós de verdade. E daí, lá no fundo, o homem não é bom. Mas também não é de todo mal.
Diquinhaaaaas
Dicaize
MAIS UM DOCUMENTÁRIO SOBRE CULTOS. Gente, sério, desculpa, mas ando viciada. Esses dias vi The Way Down, sobre um grupo religioso nos EUA focado em… EMAGRECIMENTO. Sério.
Ele acompanha a alçada da sua líder, uma mulher de look bem… hmm… peculiar, e tem entrevistas com ex-membros, familiares de membros, especialistas, enfim, tudo para mostrar como milhares de pessoas embarcaram nessa seita maluca onde o objetivo era emagrecer. É surreal demais como essas coisas acontecem… Fica a dica, tem lá na HBOMax.
Topcasts da semana
É Nóia Minhaaaaa?: Um papo completamente maluco sobre o surto que foi os anos 2000. Com o jornalista e podcaster Álvaro Leme e a coordenadora de moda, performer e atriz Renata Bastos.
Calcinha Larga: Milly Lacombe foi a convidada e nos chocou com uma história de traição digna de novela…
PPKANSADA: As meninas do PPK conversaram com Luísa Lamardo, Mayara Bichir e Nat Parolin, psicólogas da Rede Divam, sobre a saúde mental da mulher e como cuidamos de nós mesmas quando precisamos cuidar dos outros. Ouve lá!
Mandando aquele tchau
Já comprou o presente do amigo secreto? Já comprou o peru? Já pensou na desculpa para faltar ao Natal? Sei lá, só jogando ideias aqui para você organizar bem o fim do ano, pois ele está chegando.
Obrigada pra você, que leu até aqui. Para a Sallve, que apoiou a gente novamente. E para o universo, só porque sim.
Beijos beijos,
Noix
Amo vocês