Associação dos Sem Carisma #155
Nível de carisma do e-mail
Agora que o ano DEFINITIVAMENTE começou, voltam as trocas incessantes de e-mails de trabalho. Claro, preferimos muito mais um e-mail do que uma reunião. Facilita a nossa vida. Mas isso também não quer dizer que amamos eles. Preferimos não recebê-los, nem ter que enviá-los.
Porque e-mail é uma coisa total sem carisma, né? Vide nós aqui, na sua caixa de entrada toda sexta-feira. Mas outra coisa é a questão da despedida: demonstro carisma ou não ao dizer aquele tchau? Ou será que faltou carisma no e-mail que você recebeu?
Preparamos essa régua para você medir o nível de carisma pelo encerramento de um e-mail. Use sem moderação.
Um date
Eu sei que a gente é sem carisma e tals, mas vou propor um encontro presencial pra quem é de São Paulo (ou pra quem não é e vai estar por aqui, ou vai querer vir, vai saber, tem doido pra tudo). Como somos declaradamente desprovidos de carisma, podemos dar oi de boa, sem muito abraço, podemos ir embora quando der na telha, podemos levar um colega junto pra não ter que socializar com ninguém… Enfim, tô jogando ideias aqui, tá?
Mas o ponto é: teremos um lançamento do livro da QUIBE! Vai ser num domingo à tarde, olha que ótimo, não vou fazer ninguém sair de casa à noite! E o melhor, você pode comprar o livro ou não, pode levar um outro livro pra eu autografar, pode só me dar oi, pode levar crianças ou pets. Enfim, eu tô muito animada/nervosa porque sempre acho que não vai ter ninguém, ainda mais porque anda chovendo demais, putz, por que eu fui dizer isso, agora vai chover com certeza, me promete que vai? Eu posso distribuir capas de chuva, e vou tentar pedir sorvete do Rosner, olha só, sorvete de graça, não dá pra dizer não!
Espero muito por vocês, pelo amor de Deus, venham!
Infos no Flyer abaixo!
Se quiser falar de amor, fale com a Bebetinha!
Fiquei uns 30 minutos parada olhando para esse docs aqui, pensando no que escrever. Como eu disse no texto anterior, eu fui picada pelo bichinho do Carnaval, e aparentemente depois que ele passa, ele te dá uma sinusite daquelash, mona! KKKK A ressaca, a rebordosa, vem mesmo.
Realmente, o Carnaval não pode durar muito tempo, porque a saúde do ser humano médio não tanka, não aguenta, mais do que isso não.
De fato eu fiquei bastante tempo pensando no que ia escrever, porque também rolaram muitas coisas desde a última vez em que nos falamos por aqui. Término de relação, blocos, beijos e mais beijos, cerveja, fantasia, peruca, choro, ansiedade, trabalho, viagem, andar de bike na orla da praia, praia, Sapucaí…
Eu vivi oitenta vidas em poucos dias, o que foi bom, foi ótimo. E me fez ficar pensando na efemeridade das coisas, de como tudo é passageiro. Em uma hora tá tudo uma merda, de repente tá bem de novo e você tá rindo à toa até doer a barriga.
Pensar sobre isso, apesar de eu estar dopada de Allegra D com Tylenol Sinus, mais chuca nasal (inclusive, façam a chuca nasal, que alívio!), completamente congestionada, me confortou. E me fez lembrar que tudo passa mesmo!
Marca de nascença
Eu tenho uma marca de nascença na minha coxa direita, na parte de trás da perna, logo abaixo da bunda. Uma manchinha amarronzada clara que não é um círculo perfeito, mais parece aquele restinho de pele queimada de sol que ficou por ali.
Minha mãe tem a mesma marca, só que no braço. Igualzinha, mesmo formato sem forma e mesma cor. Se eu tivesse alguma dúvida de que era filha da minha mãe, a marca confirma: eu vim dela mesmo.
Quando pequena eu vivia sendo lembrada dessa marca. Minha mãe, sempre que ela estava aparecendo, dizia: "olha a marquinha da mãe". Quando mais pequena ainda, eu ficava analisando a manchinha da minha mãe e procurando ela em mim, fazendo um contorcionismo para enxergar a parte de trás da minha perna. Era a lembrança constante do laço entre ela e eu. Uma coisa que definitivamente é só nossa. Ninguém mais no mundo tem uma marca igual a essa.
Agora eu esqueço que tenho essa marca de nascença. Às vezes vislumbro ela no espelho quando vou checar como está a minha bunda, rs. E daí eu lembro que ela existe e todas essas lembranças voltam: minha mãe tocando na pintinha e falando "olha a pinta da mãe". Eu olhando para a pinta dela e a minha, tentando entender como essa mancha existe em mim e nela ao mesmo tempo, imaginando se alguém não teria feito ela em mim depois de nascer.
Comecei a pensar que essa marca de nascença é a principal ligação entre a Taize Adulta e a Taize Criança. Um lembrete de que essa Taize Mirim existiu. Porque agora essa marca não é mais vista pela minha mãe. É vista, geralmente, pelos caras com quem transo. Visível em posições consideradas sexuais. Nada a ver com o que essa marca significa para mim de verdade. E toda vez que volto a vê-la, me surpreendo que a Taize do passado ainda está ali. A filhinha da mamãe que compartilha a marca de nascença, a pouca paciência, a vontade de conhecer o mundo… Isso tudo ainda tá aqui.
Eu quero uma vida de loira platinada
Eu quero uma vida de loira platinada. Não sei ao certo o que significa, se é literal ou apenas uma metáfora, mas sei que aquilo que é fútil parece ser mais divertido do que o que tem um baita significado constante.
Durante minha adolescência, momentos difíceis eram resolvidos na base de fechar meus olhos debaixo das cobertas para esperar o mundo ao meu redor ir embora. As ações do dia anterior não eram realmente importantes para serem levadas ao dia seguinte. Eu poderia fazer uma cena no shopping ou dizer que odiava meus pais por não terem me dado um iPhone 4S, no meu amanhã tudo havia passado e meu colágeno continuava intacto após uma noite com a cara esmagada no travesseiro.
Agora não é mais assim. Por mais que eu esteja falando do lugar de um jovem de 19 anos, ainda com muito colágeno, eu já consigo sentir o baque que é sofrer consequências das nossas escolhas rasas. É claro que nesse momento me refiro às faturas do meu primeiro e único cartão de crédito. No entanto, por mais mínimas que tenham sido as grandes mudanças de minha vida e minha, maior crise tenha sido uma ansiedade pré-ENEM, já consigo entender que a vida real é muito mais que indecisões entre blusinhas da Shein e matérias filhas da puta do colégio, como geometria analítica.
Acho que aqui está o meu problema: minha vida de loira platinada está ficando no passado. Um passado fácil, infantil, porém muito bonito que me manteve despreocupado com questões importantes que geram a maturidade necessária para uma vida adulta. Exemplos? Não tenho muitos, mas ainda me encontro chocado com esse negócio da fatura do cartão.
Talvez essa vida adulta cheia de significados seja como aquele segundo mês em que todos os fios naturais brotam do couro cabeludo e superam a tinta clara, tornando tudo mais real e maduro. Minha opinião sobre esse acontecimento é que quero retocar minha raiz e fechar os olhos para os meses seguintes.
Para ouvir com gosto
Esse é o nosso espacinho para divulgar os podcasts das sem carismers da equipe. Não deixa de seguir cada um lá no seu Spotify e deixar aquelas 5 estrelas de avaliação. É muito importante para nós! <3
Tá na hora de dizer tchau pra relação? Não andam respeitando a sua geleia? O causo de Shakira inspirou Camila a chamar Rodrigo Rosner e Fernanda Soares para discutir o assunto no É nóia minha? Ouve aí!
O Ppkansada chegou no fim da temporada sobre diferentes tipos de relacionamento, e nesse último episódio Bertha, Isabela e Taize conversam sobre tudo o que aprenderam sobre isso. Dá o play!
O Conselhos que você pediu, da Isabela, e o Santa Reclamação de Cada Dia, da Taize, tiraram folga no Carnaval. Mas aproveitamos para deixar aqui a dica do Angu de Grilo dessa semana que comentou o Carnaval!
Atenciosamente, te amamos
E aí, como estão? Animados? Tristes? Confusos? O Carnaval te devolveu a vontade de viver ou ela ainda tá inexistente? Conta aqui pra gente nos comentários como anda esse carisma todo…
Obrigada por estar aqui em mais uma sexta-feira pensando pensamentos com a gente. E oh: guardem um carisminha para o lançamento da QUIBE, viu?
Beijos, abraços e afagos
Camila, Bertha, Taize
Lembretes de encerramento:
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E vem aqui conhecer o livro Quibe, a formiga corajosa.
Cláudio, seja bem vindo e calma que piora! Mas é bom tbm. Não sei, o carisma acabou já por aqui. 😜
Amei o texto do Claudio, bem vindo a vida adulta. Cartao de credito é totalmente sem carisma.