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Vou começar abrindo aspas da menina do print lá do início dessa edição "Camila, minha best imagiária". Não está sendo nada fácil viver em um mundo que de todos voltaram ao normal, mas o meu não. Embora eu tenha muitos amigos, não é todo findi que eles podem estar comigo, vida de adulto é uma bola de neve de responsabilidades, que cria uma incompatibilidade de agenda. Inclusive com minha esposa, que trabalha justamente nos dias que estou de folga. Vivo um home office desde que decretaram quarentena. No início era legal, ainda tenho os privilégios que isso permite ter, mas sem dúvidas sinto falta até das pessoas que eu desprezava no trabalho kkkk (mentira, eu não desprezava ngm, só tinha uma certa incompatibilidade hahaha). Nunca mais devolveram minha vida com piqueniques na praça Paris, bem na hora do almoço, com meus amigos que tbm trabalhavam na Cinelândia. E as escapadas para comer umas besteirinhas, comprar um livrinho na feira, comer aquele espetinho delicioso na porta do metrô, ouvir os shows de artistas de rua, as manifestações de esquerda (todas da Marielle eu estava lá), as idas para Lapa após o trabalho, os encontros com a minha amiga confidente ( o meu trabalho, era caminho pra casa dela, então era todo santo dia), que sempre me encontrava pra gente beber pra tudo (comemorar ou afogar as mágoas), os shows no circo voador, as apresentações (quase semanais) no Theatro municipal, teatro Rival, entre outros (ganhava tudo nos sorteios do meu trabalho, acho que só eu participava daquilo) e minha companheira, me buscando de bike, porque ela trabalhava na Glória, bem ao lado. Íamos pra nossa casinha, eu na garupa, às vezes até empurrando a bike pra conversar e testar uns bares no meio do caminho. Enfim, eu tinha uma vida social maneiríssima, já escutava "é nóia minha" no trabalho (eu ficava de fone a maior parte do dia pra não ter que corrigir as falas machistas e misóginas o tempo todo). Mas hoje, o programa se tornou meu escape da realidade. Ontem escutei 3 eps seguidos, enquanto arrumava a casa e praticava meu auto cuidado, fugindo um pouco da realidade pessoal, que me assombra de estar sozinha em um sábado e mais ainda, pra fugir dessa depressão social coletiva que estamos imersos. Eu até gostaria de praticar a solitude de curtir um dia sozinha, mas cadê nosso dinheiro pra isso, né?! O podcast não me faz gastar, nem sair de casa e nem a tentativa de conciliar horários. Seu trabalho é dose de serotonina para mim. Eu rio, aprendo novas gírias, vejo o que tá na boca da galera e fujo da realidade um pouquinho. Obrigada pela companhia durante a faxina, durante o horário de trabalho ou na simples ausência de uma amiga pra nos fazer rir.

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viva!! parabéns meninas, amo o noia é minha, ppkansada, calcinha larga & associação dos sem carisma <3 cami, te acompanho desde sempre e pra mim e pra muitas outras, você é minha amiga imaginária que me faz escutar os pods falando: É ISSO MESMOOO, meu deus como é bom ter alguém tao noiada quanto eu! ahhahahah

ah, e agora sou super fã do rádio endorfina tb! bertha, te ouço e consigo sentir seu nervosismo no primeiro ep mas nossa, que coragem de enfrentar esses obstáculos. admiro muito!

parabéns à todes ♥♥

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